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exercicios portugues redacao niveis de linguagem

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THÔNG TIN TÀI LIỆU

Nội dung

Jỏ estỏ entregue (Luớs Fernando Verớssimo) Exercớcios com Gabarito de Portuguờs Nớveis de Linguagem 1) (FGV-2001) Nos trờs primeiros quadrinhos, a linguagem utilizada ộ mais formal e, no ỳltimo, mais informal Assinale a alternativa que traga, primeiro, uma marca da formalidade e, depois, uma marca da informalidade presentes nos quadrinhos a) Vilania; vosso b) Vús; vocờ c) Estou; vocờ d) Tenhais; segui e) Notớcias; falem 2) (UFSCar-2002) Texto Atộ o fim (Chico Buarque) Quando eu nasci veio um anjo safado O chato dum querubim E decretou que eu tava predestinado A ser errado assim Jỏ de saớda a minha estrada entortou Mas vou atộ o fim Texto Poema de Sete Faces (Carlos Drummond de Andrade) Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida ( ) O anjo ộ um elemento comum aos dois textos a) De que forma sóo tratados os anjos nos textos? b) Nos versos de Chico Buarque, o querubim decretou; nos de Drummond, o anjo disse Qual a diferenỗa desses verbos na caracterizaỗóo querubim e anjo? 3) (Fuvest-2004) Capitulaỗóo Delivery Atộ pra telepizza ẫ um exagero Hỏ quem negue? Um povo com vergonha Da prúpria lớngua a) O tớtulo dado pelo autor estỏ adequado, tendo em vista o conteỳdo poema? Justifique sua resposta b) O exagero que o autor vờ no emprego da palavra delivery se aplicaria tambộm a telepizza? Justifique sua resposta 4) (UFSCar-2004) Precisamos de um novo software para acessar o mundo As soluỗừes que serviam hỏ 30 anos jỏ nóo valem mais Os jovens atuais nóo copiam nada, pelo contrỏrio: sóo filhos da era pús-industrial e estóo criando uma nova cultura Os toques foram dados pelo psicanalista lacaniano Jorge Forbes, durante a palestra ẫdipo, adeus: o enfraquecimento pai Hỏ uma nova ordem social no mundo Muitos pais, educadores, psicanalistas, pensadores, todos ainda apresentam velhas soluỗừes para novos problemas, mas ộ o momento de observar as mudanỗas, de agir de acordo com elas Forbes lembrou que, antigamente, o jovem reclamava por nóo ter liberdade de escolha Hoje, ele tem essa liberdade e se sente completamente perdido Isso leva, entre outras coisas, s drogas e depressóo O jovem moderno ộ diferente daquele da geraỗóo de 68, que levantava bandeiras e pregava planos de reforma da educaỗóo e da sociedade A globalizaỗóo provocou mudanỗas Antes, as pessoas queriam pertencer a grandes corporaỗừes ou ter profissừes reconhecidas Nóo ộ mais uma honra ficar no mesmo emprego por mais de cinco anos e acabou essa histúria de sujar a carteira, termo usado para quem ficava pouco tempo num sú trabalho A globalizaỗóo pulverizou os ideais e exige de cada pessoa uma escolha meio angustiante: serỏ que realmente queremos o que desejamos? No lugar papel contestador da geraỗóo 68, temos hoje uma geraỗóo jovem que exibe fracasso escolar, menosprezo e desinteresse pelo saber orientado O jovem nóo vờ razóo em se formar; em ser doutor, bỳssola da geraỗóo dos seus pais Vivemos uma vida que foi despadronizada Somos passageiros de um novo mundo, acrescentou o psicanalista (Adaptado de Janete Trevisan, Jornal Cambuớ.) a) A que se refere a palavra toques, em Os toques foram dados pelo psicanalista lacaniano Jorge Forbes? b) Construa uma frase com a palavra toque, no sentido empregado pela autora 5) (UFSCar-2004) Precisamos de um novo software para acessar o mundo As soluỗừes que serviam hỏ 30 anos jỏ nóo valem mais Os jovens atuais nóo copiam nada, pelo contrỏrio: sóo filhos da era pús-industrial e estóo criando uma nova cultura Os toques foram dados | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br pelo psicanalista lacaniano Jorge Forbes, durante a palestra ẫdipo, adeus: o enfraquecimento pai Hỏ uma nova ordem social no mundo Muitos pais, educadores, psicanalistas, pensadores, todos ainda apresentam velhas soluỗừes para novos problemas, mas ộ o momento de observar as mudanỗas, de agir de acordo com elas Forbes lembrou que, antigamente, o jovem reclamava por nóo ter liberdade de escolha Hoje, ele tem essa liberdade e se sente completamente perdido Isso leva, entre outras coisas, s drogas e depressóo O jovem moderno ộ diferente daquele da geraỗóo de 68, que levantava bandeiras e pregava planos de reforma da educaỗóo e da sociedade A globalizaỗóo provocou mudanỗas Antes, as pessoas queriam pertencer a grandes corporaỗừes ou ter profissừes reconhecidas Nóo ộ mais uma honra ficar no mesmo emprego por mais de cinco anos e acabou essa histúria de sujar a carteira, termo usado para quem ficava pouco tempo num sú trabalho A globalizaỗóo pulverizou os ideais e exige de cada pessoa uma escolha meio angustiante: serỏ que realmente queremos o que desejamos? No lugar papel contestador da geraỗóo 68, temos hoje uma geraỗóo jovem que exibe fracasso escolar, menosprezo e desinteresse pelo saber orientado O jovem nóo vờ razóo em se formar; em ser doutor, bỳssola da geraỗóo dos seus pais Vivemos uma vida que foi despadronizada Somos passageiros de um novo mundo, acrescentou o psicanalista (Adaptado de Janete Trevisan, Jornal Cambuớ.) A autora utiliza alguns elementos da tecnologia para traduzir seu pensamento no texto a) Transcreva um trecho em que isso acontece b) Qual o sentido, no ỳltimo parỏgrafo texto, da frase Vivemos uma vida que foi despadronizada? 6) (Fuvest-1994) "A princesa Diana jỏ passou por poucas e boas Tipo quando seu ex-marido Charles teve um love affair com lady Camille revelado para Deus e o mundo." (Folha de S Paulo, 5/11/93) No texto acima, hỏ expressừes que fogem ao padróo culto da lớngua escrita a) Identifique-as b) Reescreva-as conforme o padróo culto 7) (Fatec-1995) "Ela insistiu: - Me dỏ esse papel aớ." Na transposiỗóo da fala personagem para o discurso indireto, a alternativa correta ộ: a) Ela insistiu que desse aquele papel aớ b) Ela insistiu em que me desse aquele papel ali c) Ela insistiu em que me desse aquele papel aớ d) Ela insistiu por que lhe desse este papel aớ e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali 8) (Fuvest-2001) As pessoas ficam zoando, falando que a gente nóo conseguiria entrar em mais nada, por isso vamos prestar Letras, diz a candidata ao vestibular Entre os motivos que a ligaram carreira estóo o gosto por literatura e inglờs, que estuda hỏ oito anos (Adaptado da Folha de S Paulo, 22/10/00) a) As aspas assinalam, no texto acima, a fala de uma pessoa entrevistada pelo jornal Identifique duas marcas de coloquialidade presentes nessa fala b) No trecho que nóo estỏ entre aspas ocorre um desvio em relaỗóo norma culta Reescreva o trecho, fazendo a correỗóo necessỏria 9) (Fuvest-2002) O que dúi nem ộ a frase (Quem paga seu salỏrio sou eu), mas a postura arrogante Vocờ fala e o aluno nem presta atenỗóo, como se vocờ fosse uma empregada. (Adaptado de entrevista dada por uma professora Folha de S Paulo, 03/06/01) a) A quem se refere o pronome vocờ, tal como foi usado pela professora? Esse uso ộ prúprio de que variedade lingỹớstica? b) No trecho como se vocờ fosse uma empregada, fica pressuposto algum tipo de discriminaỗóo social? Justifique sua resposta 10) (FGV-2001) A concisóo ộ uma qualidade da comunicaỗóo Transcreva as frases abaixo, mas elimine o que for redundante a) Compre dois sabonetes e ganhe grỏtis o terceiro b) O jogador encarou de frente o adversỏrio c) O advogado ộ um elo de ligaỗóo entre o cliente e a Justiỗa d) Certos paớses mundo vivem em constante conflito e) No momento nóo temos esse produto, mas vamos recebờ-lo futuramente 11) (Enem Cancelado-2009) A escrita ộ uma das formas de expressóo que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem vỏrias finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever Assim, o conhecimento acerca das variedades lingỹớsticas sociais, regionais e de registro torna-se necessỏrio para que se use a lớngua nas mais diversas situaỗừes comunicativas Considerando as informaỗừes acima, imagine que vocờ estỏ procura de um emprego e encontrou duas empresas que precisam de novos funcionỏrios Uma delas exige uma carta de solicitaỗóo de emprego Ao redigi-la, vocờ a) farỏ uso da linguagem metafúrica b) apresentarỏ elementos nóo verbais c) utilizarỏ o registro informal | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br d) evidenciarỏ a norma padróo e) farỏ uso de gớrias 12) (ENEM-2006) A linguagem na ponta da lớngua tóo fỏcil de falar e de entender A linguagem na superfớcie estrelada de letras, sabe lỏ o que quer dizer? Professor Carlos Gúis, ele e quem sabe, e vai desmatando 10 o amazonas de minha ignorõncia Figuras de gramỏtica, esquemỏticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me 1Ja esqueci a lớngua em que comia, em que pedia para ir lỏ fora, em que levava e dava pontapộ, a lớngua, breve lớngua entrecortada namoro com a priminha O portuguờs sóo dois; o outro, mistộrio Carlos Drummond de Andrade Esquecer para lembrar Rio de Janeiro: Josộ Olympio, 1979 No poema, a referencia a variedade padróo da lớngua esta expressa no seguinte trecho: a)A linguagem / na ponta da lớngua (v.1 e 2) b) A linguagem / na superfớcie estrelada de letras (v.5 e 6) c) [a lingua] em que pedia para ir lỏ fora (v.14) d) [a lingua] em que levava e dava pontapộ (v.15) e) [a lớngua] namoro com a priminha (v.17) 13) (Unicamp-1998) A transcriỗóo que vocờ vai ler a seguir foi retirada de uma aula de Histúria Contemporõnea ministrada no Rio de Janeiro no final da dộcada de 70 Como se trata de um texto falado, ộ bastante entrecortado e repetitivo, caracterớsticas tidas como inapropriadas para a lớngua escrita Leia o trecho como se vocờ estivesse "ouvindo" a aula; em seguida, a) responda com uma ỳnica frase: qual ộ o principal propúsito da passagem transcrita? b) elimine os traỗos de oralidade texto e resuma a aula no mỏximo em 30 palavras nús vimos que ela assinala como disse o colega aớ a elevaỗóo da sociedade burguesa e capitalista ora pode-se jỏ ver nisso o que ộ uma revoluỗóo uma revoluỗóo significa o quờ? Uma mudanỗa de classe em assumindo o poder vocờ vờ por exemplo a Revoluỗóo Francesa o que ela significa? Nús vimos vocờ tem uma classe que sobe e outra classe que desce nóo ộ isso? A burguesia cresceu ela ti/ a burguesia possuớa o poder econụmico mas ela nóo tem prestớgio social nem poder polớtico entóo atravộs desse poder econụmico da burguesia que controlava o comộrcio que tinha nas móos a economia da Franỗa tava nas móos da classe burguesa que crescera desde o sộculo quinze com a Revoluỗóo Comercial nús temos o crescimento da burguesia essa burguesia quer quer o poder ela quer o poder polớtico ela quer o prestớgio social ela quer entrar em Versalhes entóo nús vamos ver que atravộs de uma Revoluỗóo ela vai de forma violenta ela vai conseguir o poder isso ộ uma revoluỗóo porque significa a ascensóo de uma classe e a queda de outra mas qual ộ a classe que cai? ẫ a aristocracia tanto que o Rei teve a cabeỗa cortada nóo ộ isso? caiu o poder das classes privilegiadas e uma nova classe subiu ao poder vocờ diz por exemplo que a Revoluỗóo Russa de dezessete ộ uma verdadeira revoluỗóo por quờ? porque significa a ascensóo duma classe nova que tem o poder ou melhor que assume o poder o proletariado (Dinah Callou (org.) A linguagem falada culta na cidade Rio de Janeiro - materiais para seu estudo: Elocuỗừes formais Rio: Fujb, 1991 pp.104-105) 14) (UFSCar-2000) A tribo se acabara, a famớlia virara sombras, a maloca ruớra minada pelas saỳvas e Macunaớma subira pro cộu, porộm ficara o aruaớ sộquito daqueles tempos de dantes em que o herúi fora o grande Macunaớma imperador E sú o papagaio no silờncio Uraricoera preservava esquecimento os casos e a fala desaparecida Sú o papagaio conservava no silờncio as frases e os feitos herúi Tudo ele contou pro homem e depois abriu asa rumo de Lisboa E o homem sou eu, minha gente, e eu fiquei pra vos contar a histúria Por isso que vim aqui Me acocorei em riba destas folhas, catei meus carrapatos, ponteei na violinha e em toque rasgado botei a boca no mundo cantando na fala impura as frases e os casos de Macunaớma, herúi de nossa gente Tem mais nóo (Mỏrio de Andrade: Macunaớma - o herúi sem nenhum carỏter Ediỗóo crớtica de Telờ Porto Ancona Lopez Rio de Janeiro: Livros Tộcnicos e Cientớficos; Sóo Paulo: Secretaria de Cultura, Ciờncia e Tecnologia, 1978, p 148.) No texto, o narrador qualifica a sua linguagem como fala impura, ou seja, como linguagem mal tolerada pelos gramỏticos comeỗo sộculo, principalmente por aqueles que defendiam o parnasianismo e o realismo acadờmico a) Destaque trờs expressừes segundo parỏgrafo que exemplificam a fala impura b) Explique por que essas expressừes podem ser consideradas exemplos de fala impura e, em seguida, transforme-as em fala pura 15) (Fuvest-1997) A ỳnica frase inteiramente de acordo com as normas gramaticais padróo culto ộ: | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br a) A secretỏria pretende evitar que novos mandados de seguranỗa ou liminares contra o decreto sejam expedidas b) O CONTRU interditou vỏrias dependờncias prộdio, inclusive o Salóo Azul, cujo o madeiramento forro foi atacado por cupins c) O ministro da Agricultura da Inglaterra declarou que por hora nóo hỏ motivo para sacrificar os animais d) A poucos dias da eleiỗóo, os candidatos enfrentam agora uma verdadeira maratona e) "Posso vencờ-las, mesmo que usem drogas, pois nóo ộ isso que as tornaróo invencớveis", declarou a nadadora 16) (Fuvest-2001) a) Se eu nóo tivesse atento e olhado o rútulo, o paciente teria morrido, declarou o mộdico Reescreva a frase acima, corrigindo a impropriedade gramatical que nela ocorre b) A econologia, combinaỗóo de princớpios da economia, sociologia e ecologia, ộ defendida por ambientalistas como maneira de se viabilizarem formas alternativas de desenvolvimento Reescreva a frase acima, transpondo-a para a voz ativa 17) (Fuvest-1999) Amantes dos antigos bolachừes penam nóo sú para encontrar os discos, que ficam a cada dia mais raros A dificuldade aparece tambộm na hora de trocar a agulha, ou de levar o toca-discos para o conserto (Jornal da Tarde, 22/10/98, p 1C) a) Tendo em vista que no texto acima falta paralelismo sintỏtico, reescreva-o em um sú perớodo, mantendo o mesmo sentido e fazendo as alteraỗừes necessỏrios para que o paralelismo se estabeleỗa b) Justifique as alteraỗừes efetuadas 18) (ENEM-2007) Antigamente Acontecia o indivớduo apanhar constipaỗóo; ficando perrengue, mandava o prúprio chamar o doutor e, depois, ir botica para aviar a receita, de cỏpsulas ou pớlulas fedorentas Doenỗa nefasta era a phtớsica, feia era o gỏlico Antigamente, os sobrados tinham assombraỗừes, os meninos, lombrigas ( ) Carlos Drummond de Andrade Poesia completa e prosa Rio de Janeiro: Companhia Josộ Aguilar, p 1.184 O texto acima estỏ escrito em linguagem de uma ộpoca passada Observe uma outra versóo, em linguagem atual Antigamente Acontecia o indivớduo apanhar um resfriado; ficando mal, mandava o prúprio chamar o doutor e, depois, ir farmỏcia para aviar a receita, de cỏpsulas ou pớlulas fedorentas Doenỗa nefasta era a tuberculose, feia era a sớfilis Antigamente, os sobrados tinham assombraỗừes, os meninos, vermes ( ) Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na segunda versóo, houve mudanỗas relativas a a) vocabulỏrio b) construỗừes sintỏticas c) pontuaỗóo d) fonộtica e) regờncia verbal 19) (Fuvest-2002) As aspas marcam o uso de uma palavra ou expressóo de variedade lingỹớstica diversa da que foi usada no restante da frase em: a) Essa visóo desemboca na busca ilimitada lucro, na apologia empresỏrio privado como o grande herúi contemporõneo b) Pude ver a obra de Machado de Assis de vỏrios õngulos, sem participar de nenhuma visóo oficialesca c) Nas recentes discussừes sobre os fundamentos da economia brasileira, o governo deu ờnfase ao equilớbrio fiscal d) O prờmio Darwin, que homenageia mortes estỳpidas, foi instituớdo em 1993 e) Em fazendas de Minas e Santa Catarina, quem aprecia o campo pode curtir o frio, ouvindo causos beira da fogueira 20) (IME-1996) AS CARIDADES ODIOSAS Foi uma tarde de sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhada nos meus pensamentos, como s vezes acontece Foi quando meu vestido me reteve: alguma coisa enganchara na minha saia Voltei-me e vi que se tratava de uma móo pequena e escura Pertencia a uma menino a que a sujeira e o sangue interno davam um tom quente de pele O menino estava de pộ no degrau da grande confeitaria Seus olhos, mais que suas palavras meio engolidas, informavam-me de sua paciente afliỗóo Paciente demais Percebi vagamente um pedido, antes de compreender o seu sentido concreto Um pouco aturdida eu o olhava, ainda em dỳvida se fora a móo da crianỗa que me ceifara os pensamentos - Um doce, moỗa, compre um doce para mim Acordei finalmente O que estivera eu pensando antes de encontrar o menino? O fato ộ que o pedido deste pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria uns goles de ỏgua Sem olhar para os lados, por pudor talvez, sem querer espiar as mesas da confeitaria onde possivelmente algum conhecido tomava sorvete, entrei, fui ao balcóo e disse com uma dureza que sú Deus sabe explicar: um doce para o menino De que tinha eu medo? Eu nóo olhava a crianỗa, queria que a cena, humilhante para mim terminasse logo Perguntei-lhe: que doce vocờ Antes de terminar, o menino disse apontando depressa com o dedo: aquelezinho ali, com chocolate por cima Por | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br um instante perplexa, eu me recompus logo e ordenei, com aspereza, caixeira que o servisse - Que outro doce vocờ quer? perguntei ao menino escuro Este, que mexendo as móos e a boca ainda esperava com ansiedade pelo primeiro, interrompeu-se, olhou-me um instante e disse com delicadeza insuportỏvel, mostrando os dentes: nóo precisa de outro nóo Ele poupava a minha bondade - Precisa sim, cortei eu ofegante, empurrando-o para frente O menino hesitou e disse: aquele amarelo de ovo Recebeu um doce em cada móo, levantando as duas acima da cabeỗa, com medo talvez de apertỏ-los Mesmo os doces estavam tóo acima menino escuro E foi sem olhar para mim que ele, mais que foi embora, fugiu A caixeira olhava tudo: -Afinal uma alma caridosa apareceu Esse menino estava nesta porta hỏ mais de uma hora, puxando todas as pessoas que passavam, mas ninguộm quis dar Fui embora, com o rosto corada de vergonha De vergonha mesmo? Era inỳtil querer voltar aos pensamentos anteriores Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidóo, revolta e vergonha Mas, como se costuma dizer, o Sol parecia brilhar com mais forỗa Eu tivera a oportunidade de E para isso fora necessỏrio um menino magro e escuro E para isso fora necessỏrio que outros nóo lhe tivessem dado um doce E as pessoas que tomavam sorvete? Agora, o que eu queria saber com autocrueldade era o seguinte: temera que os outros me vissem ou que os outros nóo me vissem? O fato ộ que, quando atravessei a rua, o que teria sido piedade jỏ se estrangulara sob outro sentimento E, agora sozinha, meus pensamentos voltaram lentamente a ser os anteriores, sú que inỳteis "Ele poupava a minha bondade", no texto Que atitude menino levou a narradora a essa constataỗóo? 21) (Fatec-2002) AS COUSAS DO MUNDO Neste mundo ộ mais rico o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa; Com sua lớngua, ao nobre o vil decepa: O velhaco maior sempre tem capa Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem móo de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheiro tiver, pode ser Papa A flor baixa se inculca por tulipa; Bengala hoje na móo, ontem garlopa, Mais isento se mostra o que mais chupa Para a tropa trapo vazo a tripa E mais nóo digo, porque a Musa topa Em apa, epa, ipa, opa, upa (Gregúrio de Matos Guerra, Seleỗóo de Obras Poộticas) Devido quer aos hỏbitos lingỹớsticos quer s preferờncias literỏrias de sua ộpoca, o autor vale-se de algumas palavras e expressừes que poderiam ser traduzidas para uma forma contemporõnea e mais corrente Assinale a alternativa em que aparece o equivalente de sentido adequado ao contexto: a) [ ] ao nobre o vil decepa= o nobre corta o mal pela raiz b) [ ] ộ mais rico o que mais rapa = ộ tanto mais rico aquele que rouba mais c) Quem mais limpo se faz, tem mais carepa = quem mais se limpa, mais perde cabelos d) O velhaco maior sempre tem capa = idosos tờm mais necessidade de agasalho e) A flor baixa se inculca por tulipa = a flor rasteira teima em crescer mais alto 22) (ENEM-2005) As dimensừes continentais Brasil sóo objeto de reflexừes expressas em diferentes linguagens Esse tema aparece no seguinte poema: ( ) Que importa que uns falem mole descansado Que os cariocas arranhem os erres na garganta Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais? Que tem se o quinhentos rộis meridional Vira cinco tostừes Rio pro Norte? Junto formamos este assombro de misộrias e grandezas, Brasil, nome de vegetal! ( ) (Mỏrio de Andrade Poesias completas ed Sóo Paulo: Martins Editora, 1980.) O texto poộtico ora reproduzido trata das diferenỗas brasileiras no õmbito a) ộtnico e religioso b) lingỹớstico e econụmico c) racial e folclúrico d) histúrico e geogrỏfico e) literỏrio e popular 23) (ITA-2000) Assinale a opỗóo em que a manchete de jornal estỏ mais em acordo com os cõnones da objetividade jornalớstica: a) O mestre samba volta em grande forma O Estado de S Paulo, 17/7/1999.) b) O pior sertóo na festa dos 500 anos (O Estado de S Paulo, 17/7/1999.) c) Proteớna direciona cộlulas no cộrebro (Folha de S Paulo, 24/7/1999.) d) A farra dos juros saiu mais cara que a da casa prúpria (Folha de S Paulo, 13/6/1999.) e) Dono de telas falsas diz existir armaỗóo O Estado de S Paulo, 21/7/1999.) | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br 24) (UEPB-2006) Assinale o item que encerra linguagem exclusivamente padróo: a) No Brasil jỏ existe uma alface que pode servir de vacina contra a leishmaniose, doenỗa que contamina 12 milhừes de pessoas por ano em todo o planeta. (Veja, n 20, ano 38, 18/05/05) b) Xiiiiiii Acabei de enviar o e-mail pra todo mundo E agora? ESSA ERA J ERA (Publicidade - Veja, n 20, ano 38, 18/05/05) c) A sua ộ escalar o Himalaia? A sua ộ dropar Fernando de Noronha? A sua ộ o Terra (Publicidade - Veja, n 20, ano 38, 18/05/05) d) Equador, jornalista, romancista e tevờ-man portuguờs Miguel Sousa Tavares, jỏ vendeu mis exemplares. (Millụr - Veja, n 20, ano 38, 18/05/05) e) Quando eu disse que era para cortar os pulsos, eu tava falando da conta telefụnica. (Veja, n 20, ano 38, 18/05/05) 25) (FGV-2004) Caetano Veloso acaba de gravar uma canỗóo, filme Lisbela e o Prisioneiro Trata-se de Vocờ nóo me ensinou a te esquecer A propúsito tớtulo da canỗóo, pode-se dizer que: a) A regra da uniformidade tratamento ộ respeitada, e o estilo da frase revela a linguagem regional autor b) O desrespeito norma sempre revela falta de conhecimento idioma; nesse caso nóo ộ diferente c) O correto seria dizer Vocờ nóo me ensinou a lhe esquecer d) Nóo deveria ocorrer a preposiỗóo nessa frase, jỏ que o verbo ensinar ộ transitivo direto e) Desrespeita-se a regra da uniformidade de tratamento Com isso, o estilo da frase acaba por aproximar- se da fala 26) (UFV-2005) Cair no vestibular ộ muito mais que um escritor menos-que-perfeito pode aspirar na vida Escritores menos-que-perfeitos, caso vocờ nóo saiba, sóo aqueles que se negam a usar a forma sintộtica maisque-perfeito Um escritor menos-que-perfeito jamais fizera, nunca ouvira e em hipútese nenhuma falara E no Brasil, se vocờ ộ um sujeito que escrevera, vocờ ộ respeitado; mas, se vocờ apenas tinha escrito, entóo vocờ nóo ộ nada, e sú cai no vestibular por engano (FREIRE, Ricardo Xongas ẫpoca Sóo Paulo, 28 jun 2004.) b) Cair no vestibular ộ muito mais que um escritor menos-que-perfeito pode aspirar na vida. Explique o emprego termo aspirar no fragmento acima 27) (Mack-2007) Certa vez, chamaram minha atenỗóo para um erro de portuguờs no samba Comprimido ẫ a crụnica de um sujeito que briga com a mulher Ela dỏ uma dentada nele, que resolve deixar a marca para provar a agressóo Ganhou esse nome para enfatizar a idộia de que o indivớduo estava pressionado, a ponto de tomar um comprimido e morrer Lỏ pelo fim texto, hỏ o erro: Noite de samba/ Noite comum de novela/ Ele chegou/ Pedindo um copo dỏgua/ Pra tomar um comprimido/ Depois cambaleando/ Foi pro quarto/ E se deitou/ Era tarde demais/ Quando ela percebeu que ele se envenenou Entóo me deram um toque Aớ, tentei mudar Nada encaixava Um desespero Aớ decidi deixar assim, com erro mesmo Nunca reclamaram Adaptado de entrevista de Paulinho da Viola O texto permite afirmar, com correỗóo, que a) hỏ um contraste entre o nớvel de linguagem relato e o da canỗóo; nesta, o autor usa de maior de informalidade b) a entrevista apresenta, como marca de oralidade, o uso de aớ (linhas 10 e 11) para conectar partes da narrativa c) a letra de Comprimido apresenta diversos deslizes em relaỗóo concordõncia d) a inversóo da ordem comum nas frases que compừem os versos de Comprimido serve para criar suspense em relaỗóo ao desfecho da histúria e) o entrevistado relata o que lhe aconteceu certa vez dispondo os fatos em ordem cronolúgica, sem fazer uso de interrupỗừes, explicaỗừes ou comentỏrios 28) (UEPB-2006) Com base nos textos da questóo anterior, seria apropriado, portanto, afirmar: a) Expressừes como J ERA, A SUA, MIS e TAVA sóo inadmissớveis em textos de divulgaỗóo b) Os meios de comunicaỗóo estóo cada vez mais desprezando a linguagem correta, usando gớrias e outros vớcios de linguagem c) O uso de gớrias pela mớdia contribui para as deformaỗừes constantes que se observam na lớngua portuguesa d) Os usos da lớngua estóo estreitamente ligados a sua funỗóo social e) Expressừes como J ERA, A SUA, MIS e TAVA provam o analfabetismo de nossa populaỗóo 29) (UNIFESP-2005) Considere as afirmaỗừes: a) No texto, o autor distingue escritores menos-queperfeitos de escritores mais-que-perfeitos Por que o autor se define como um escritor menos-que-perfeito? Que justificativa o autor teria para optar por uma forma verbal coloquialmente mais simples? | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br 31) (UFPB-2006) Em algumas narrativas da obra Oito contos de amor, de Lygia Fagundes Telles, a sondagem psicolúgica das personagens se realiza atravộs uso fluxo de consciờncia, tộcnica narrativa que introduz inovaỗừes na prosa moderna Identifique a(s) proposiỗóo(ừes) verdadeira(s), relativa(s) ao uso dessa tộcnica: (Veja, 12.05.2004.) I Os pronomes sua e seu referem-se ao receptor da mensagem, que pode ser uma pessoa sexo masculino ou sexo feminino II Se a conjunỗóo Quando fosse substituớda por Se, os verbos teriam outra flexóo III Embora possua classificaỗóo gramatical diferente da conjunỗóo Quando, Se poderia configurar na propaganda, pois apresentaria a idộia de forma coerente IV Num nớvel de linguagem bastante informal, a ỳltima frase poderia assumir a seguinte forma: Facinho agradar sua móe, nộ? Estóo corretas somente as afirmaỗừes: a) I e II b) II e IV c) III e IV d) I, II e III e) I, III e IV 30) (UFSC-2006) Dentre as proposiỗừes abaixo, algumas ferem a norma padróo Assinale aquelas que nóo apresentam desvio gramatical 01 Se todos houvessem seguido as normas, nóo haveria tantas reclamaỗừes 02 O desrespeito natureza ộ tanto que, naquele lugar, jỏ nóo existem animais daquela espộcie 04 Havia apenas uma saớda para o problema, mas outras poderiam haver caso analisỏssemos o problema com mais calma 08 O desafio que me refiro implica em fazer escolhas 16 Restabelecer-se-iam, de imediato, as ligaỗừes, se houvessem tộcnicos de plantóo 32 Hóo de trazer o que me prometeram! Ora, se hóo! 01 As fronteiras entre passado e presente, realidade e imaginaỗóo sóo bem delimitadas 02 Os acontecimentos aparecem em ordem cronolúgica e se passam apenas no plano da realidade 04 Os momentos de vivờncia interior dos personagens sóo explorados, misturando-se realidade e fantasia 08 Os fatos sóo apresentados em uma ordem linear, ocorrendo uma distinỗóo entre presente e passado 16 A seqỹờncia lúgica dos acontecimentos se perde, permitindo o curso livre dos pensamentos dos personagens A soma dos valores atribuớdos (s) proposiỗóo(ừes) verdadeira(s) ộ igual a 32) (FGV-2001) Em cada um dos perớodos abaixo, hỏ palavras ou expressừes cujo emprego os gramỏticos recomendam evitar Identifique essas palavras ou expressừes e transcreva os perớodos, fazendo as substituiỗừes adequadas a) A nớvel de eficiờncia, ele ộ útimo b) Este funcionỏrio nóo se adộqua ao perfil da empresa c) Durante a entrevista, ele colocou que a questóo salarial seria adiada d) Na prúxima semana, vamos estar enviando nosso programa de atividades a todos os associados 33) (UFES-2002) Em meio a opiniừes favorỏveis ou contrỏrias aos estrangeirismos, o uso de palavras de outras lớnguas, como se observa na tirinha abaixo, ộ corrente no portuguờs Brasil Ciỗa O pato In: Hiron Cardoso Goidanich Enciclopộdia dos quadrinhos Porto Alegre: L&PM, 1990: 118 Assinale a alternativa que NO contộm estrangeirismo: | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br a) [ ] Era impressionante o seu mister de busca incessante de recursos para construir o novo prộdio e depois para continuar de pộ aquela importante obra. (Alencar Garcia de Freitas, A Gazeta - 6/8/2001) b) [ ] Em dezembro de 1998 o quadro mundial era mais tenso [ ] e o Brasil conseguiu US$ 41 bilhừes fundo e de um pool de bancos. (ngelo Passos, A Gazeta 6/8/2001) c) [ ] A crise ganha status de vớrus letal, contra o qual nóo hỏ remộdio e cura. (Milton Mira Assumpỗóo, A Gazeta - 22/8/2001) d) [ ] O momento da eleiỗóo, longe de ser motivo de reflexóo, de troca de idộias entre os eleitores [ ] transforma-se num grande show. (Sộrgio Fonseca, A Gazeta - 2/9/2001) e) [ ] No mesmo perớodo, o sistema portuỏrio Estado ocupou segundo lugar no ranking nacional em valor de produtos embarcados. (A Gazeta - 4/9/2001) 34) (Fuvest-2003) Entre as mensagens abaixo, a ỳnica que estỏ de acordo com a norma escrita culta ộ: a) Confira as receitas incrớveis preparadas para vocờ Clica aqui! b) Mostra que vocờ tem bom coraỗóo Contribua para a campanha agasalho! c) Cura-te a ti mesmo e seja feliz! d) Nóo subestime o consumidor Venda produtos de boa procedờncia e) Em caso de acidente, nóo siga viagem Pede o apoio de um policial 35) (Fuvest-2003) Eu te amo Ah, se jỏ perdemos a noỗóo da hora, Se juntos jỏ jogamos tudo fora, Me conta agora como hei de partir Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios, Rompi com o mundo, queimei meus navios, Me diz pra onde ộ que inda posso ir ( ) Se entornaste a nossa sorte pelo chóo, Se na bagunỗa teu coraỗóo Meu sangue errou de veia e se perdeu ( ) Como, se nos amamos como dois pagóos, Teus seios inda estóo nas minhas móos, Me explica com que cara eu vou sair Nóo, acho que estỏs sú fazendo de conta, Te dei meus olhos pra tomares conta, Agora conta como hei de partir (Tom Jobim - Chico Buarque) Neste texto, em que predomina a linguagem culta, ocorre tambộm a seguinte marca da linguagem coloquial: a) emprego de hei no lugar de tenho b) falta de concordõncia quanto pessoa nas formas verbais estỏs, tomares e conta c) emprego de verbos predominantemente na segunda pessoa singular d) redundõncia semõntica, pelo emprego repetido da palavra conta na ỳltima estrofe e) emprego das palavras bagunỗa e cara 36) (Unicamp-2005) Foi no tempo em que a Bandeirantes recộm-inaugurara suas novas instalaỗừes no Morumbi Nóo havia transporte pỳblico atộ o nosso local de trabalho, e a direỗóo da casa organizou um serviỗo com viaturas prúprias ( ) Paranỏ era um dos motoristas ( ) Numa das subidas para o Morumbi fechou sem nenhuma maldade um automúvel O cidadóo que o dirigia estava com os filhos, era diretor Sóo Paulo F.C., e largou o verbo em cima pobre Paranỏ Que respondeu altura Logo depois que a perua chegou ao Morumbi, todo mundo de ponto batido, o automúvel pỏra em frente da porta dos funcionỏrios, e o seu condutor desce bufando: Onde estỏ o motorista dessa perua? (e lỏ vinha chegando o Paranỏ) Vocờ me ofendeu na frente dos meus filhos Nóo tem o direito de agir dessa forma, me chamar nome que me chamou Vou falar ao Joóo Saad, que ộ meu amigo! E o Paranỏ, jỏ fuzilando, dedo em riste, tonitruou em seu sotaque mais que explớcito: Le chamei e le chamo de novo veado veado Nóo houve reaỗóo da parte ofendida (Flỏvio Araỳjo, O rỏdio, o futebol e a vida Sóo Paulo: Editora Senac Sóo Paulo, 2001, p 50-1) a) Na seqỹờncia ( ) e largou o verbo em cima pobre Paranỏ Que respondeu altura, se trocarmos o ponto final que aparece depois de Paranỏ por uma vớrgula, ocorrem mudanỗas na leitura? Justifique b) O trecho da resposta de Paranỏ Le chamei e le chamo de novo chama a atenỗóo leitor para a sintaxe da lớngua Explique c) Substitua tonitruou por outra palavra ou expressóo 37) (UFSCar-2002) Freqỹentemente se lờ sobre falar e escrever como necessidades ser humano Do ponto de vista acadờmico e profissional, por exemplo, sóo competờncias que podem garantir sucesso a muitas pessoas O que ộ importante para falar e escrever com competờncia, ou seja, de forma que as intenỗừes de comunicaỗóo dos indivớduos sejam plenamente satisfeitas de acordo com a situaỗóo com que se defrontam? Leia os textos a seguir e, depois, a proposta de redaỗóo Texto No grupo escolar Eu vou agora descrever o jeito como se ensinava "linguagem" Era o jeito como se aprendia a ler, a escrever e a redigir na escola pỳblica e na particular | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br Jỏ podemos falar de um "era uma vez" um mundo em que a professora primỏria era levada a sộrio, por isso ela nóo media esforỗos em ensinar seus alunos Nesse tempo, nos boletins, alộm da nota de linguagem, aritmộtica e conteỳdos, existia nota de ordem, aplicaỗóo e comportamento Sú por aớ jỏ vemos que capricho, atenỗóo e modos respeitosos jỏ foram valores a merecer menỗóo ( ) No ensino de linguagem, a escrita se fazia por meio de cúpia, ditado, descriỗóo e composiỗóo Em geral, a professora escrevia no quadro-negro, e os alunos copiavam, e essa cúpia era depois religiosamente corrigida pela professora Copiar ộ ver e repetir o que se viu ( ) Essa ộ uma etapa importante, em que se mistura o ler com o escrever Jỏ o ditado, pavor das criancinhas recộm-alfabetizadas, pede outras aptidừes Escuta-se e transforma-se o som em sớmbolos grỏficos da escrita de que a cúpia nos dỏ o domớnio Automatizar esse processo exige mais tarefas de nosso sistema nervoso E os ditados tambộm eram corrigidos um a um Jỏ sabemos escrever o que vemos (cúpia) e sabemos escrever o que ouvimos (ditado) ẫ chegada a hora de escrever o que percebemos Agora jỏ cabe a quem escreve fazer o ritmo e a respiraỗóo, isto ộ, criar o texto que, na cúpia e no ditado, vinham prontos Cada sala de aula tinha um caderno enorme com desenhos que os alunos tinham de colocar em palavras Sú depois vinham as composiỗừes Para tanto, precisỏvamos ser capazes de realizar todas as aptidừes desenvolvidas nas outras etapas Por termos praticado a transposiỗóo de vỏrios estớmulos para a escrita, podớamos, finalmente, transpor tambộm desejos, esperanỗas e fantasias Isto ộ, sentimentos ou, sendo mais especớfica, subjetividade Se faremos isso pobremente ou genialmente, depende em parte exercitar-se e, em parte, das quantidades de que dispomos de cada uma dessas aptidừes, da importõncia que o comunicar-se tem no meio social em que a criatura vive etc etc ( ) E depois das composiỗừes praticỏvamos cartas, relatúrios, tudo lỏ no curso primỏrio grupo escolar onde as professoras eram muitớssimo respeitadas e corrigiam, reviam, ensinavam Ainda bem que o computador trouxe de volta a importõncia da escrita, e por isso vale a pena lembrar como se fazia no tempo em que mal-e-mal em alguns escritúrios algumas pessoas escreviam a mỏquina, mas todos tinham de ter uma letra legớvel A caligrafia parece, Mas ela voltarỏ ( ) Nóo ộ porque sabemos escrever complexos relatos que deixamos de precisar saber fazer cúpia, ditado e descriỗóo Como passar um procedimento se nóo soubermos descrever, por exemplo? A escrita estỏ em todos os lugares nosso cotidiano moderno E seu ensino ficou precỏrio ao privilegiar a criaỗóo em detrimento da precisóo (Equilớbrio, Folha de S Paulo, 20.09.2001.) Texto A dificuldade com a clareza ộ um traỗo cultural no Brasil Num paớs com tantas carờncias educacionais, falar de maneira rebuscada ộ indicador de status, mesmo que o falante nóo esteja dizendo coisa com coisa, afirma o professor Francisco Platóo Savioli, da Universidade de Sóo Paulo Esse amor pelas palavras difớceis tem origem na ộpoca da transiỗóo Impộrio para a Repỳblica, no fim sộculo XIX Conforme explica Sộrgio Buarque de Holanda, em seu clỏssico Raớzes Brasil, com o advento da Repỳblica o curso superior passou a ser o principal parõmetro de reconhecimento social Na ộpoca, estavam em voga as escolas de direito Assim, para ser alguộm na sociedade daquele tempo, era necessỏrio nóo apenas ser advogado, mas tambộm falar como advogado ẫ daớ que surge, segundo Sộrgio Buarque, a linguagem bacharelesca Esse estilo floresceu no comeỗo sộculo XX e, a partir modernismo, seu prestớgio foi decaindo O portuguờs empolado persiste, no entanto, atộ hoje, em formas degeneradas Uma delas ộ o chamado burocratờs, a linguagem dos memorandos das empresas, nos quais mesmo para solicitar uma caixa de clipes sóo necessỏrias vỏrias saudaỗừes e salamaleques Outra ộ a retúrica de parte dos polớticos O linguajar pomposo tambộm sobrevive nas teses acadờmicas e, como era de esperar, no discurso dos advogados ( ) A dificuldade brasileiro em falar e escrever de forma a se fazer entender nóo ộ apenas conseqỹờncia da tradiỗóo bacharelesca Hỏ outros fatores Para comeỗar, lờ-se pouco no Brasil A Cõmara Brasileira Livro divulgou recentemente um estudo que mostra que, na verdade, os brasileiros lờem em mộdia apenas 1,2 livro por ano Nóo cultivar a leitura ộ um desastre para quem deseja expressar-se bem Ela ộ condiỗóo essencial para melhorar a linguagem oral e escrita Quem lờ interioriza as regras gramaticais bỏsicas e aprende a organizar o pensamento (Veja, 07.11.2001, pỏg 108-9.) Texto Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos Farroupilhas estiveram lỏ em casa numa mesma missóo, designada por seu professor de Portuguờs: saber se eu considerava o estudo da Gramỏtica indispensỏvel para aprender e usar a nossa ou qualquer outra lớngua ( ) Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, ộ um meio de comunicaỗóo e que deve ser julgada exclusivamente como tal Respeitadas algumas regras bỏsicas da Gramỏtica, para evitar os vexames mais gritantes, as outras sóo dispensỏveis A sintaxe ộ uma questóo de uso, nóo de princớpios Escrever bem ộ escrever claro, nóo necessariamente certo ( ) E adverti que minha implicõncia com a Gramỏtica na certa se devia minha pouca intimidade com ela Sempre fui pộssimo em Portuguờs Mas - isso eu disse - vejam vocờs, a | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br intimidade com a Gramỏtica ộ tóo indispensỏvel que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocờncia na matộria (Luớs Fernando Verớssimo O gigolụ das palavras.) Baseando-se nos textos apresentados e valendo-se de outras informaỗừes de seu domớnio, elabore um texto dissertativo em que seja analisada a questóo: OS PRINCPIOS BSICOS QUE DEFINEM O BOM USO DA LNGUA 38) (Vunesp-2003) INSTRUầO: A questừes abaixo toma por base um fragmento da crụnica Conversa de Bastidores, ficcionista brasileiro Graciliano Ramos (1892-1953), e um trecho da narrativa O Burrinho Pedrờs, ficcionista brasileiro Joóo Guimaróes Rosa (1908-1967) Conversa de Bastidores [] Em fim de 1944, Ildefonso Falcóo, aqui de passagem, apresentou-me J Guimaróes Rosa, secretỏrio de embaixada, recộm-chegado da Europa - O senhor figurou num jỳri que julgou um livro meu em 1938 - Como era o seu pseudụnimo? - Viator - Ah! O senhor ộ o mộdico mineiro que andei procurando Ildefonso Falcóo ignorava que Rosa fosse mộdico, mineiro e literato Fiz camaradagem rỏpida com o secretỏrio de embaixada - Sabe que votei contra o seu livro? - Sei, respondeu-me sem nenhum ressentimento Achando-me diante de uma inteligờncia livre de mesquinhez, estendi-me sobre os defeitos que guardara na memúria Rosa concordou comigo Havia suprimido os contos mais fracos E emendara os restantes, vagaroso, alheio aos futuros leitores e crớtica [] Vejo agora, relendo Sagarana (Editora Universal - Rio 1946), que o volume de quinhentas pỏginas emagreceu bastante e muita consistờncia ganhou em longa e paciente depuraỗóo Eliminaram-se trờs histúrias, capinaram-se diversas coisas nocivas As partes boas se aperfeiỗoaram: O Burrinho Pedrờs, A Volta Marido Prúdigo, Duelo, Corpo Fechado, sobretudo Hora e Vez de Augusto Matraga, que me faz desejar ver Rosa dedicar-se ao romance Achariam aớ campo mais vasto as suas admirỏveis qualidades: a vigilõncia na observaỗóo, que o leva a nóo desprezar minỳcias na aparờncia insignificante, uma honestidade quase múrbida ao reproduzir os fatos Jỏ em 1938 eu havia atentado nesse rigor, indicara a Prudente de Morais numerosos versos para efeito onomatopaico intercalados na prosa [] A arte de Rosa ộ terrivelmente difớcil Esse antimodernista repele o improviso Com imenso esforỗo escolhe palavras simples e nos dỏ impressóo de vida numa nesga de caatinga, num gesto de caboclo, uma conversa cheia de provộrbios matutos O seu diỏlogo ộ rebuscadamente natural: desdenha o recurso ingờnuo de cortar ss, ll e rr finais, deturpar flexừes, e aproximar-se, tanto quanto possớvel, da lớngua interior Devo acrescentar que Rosa ộ um animalista notỏvel: fervilham bichos no livro, nóo convenỗừes de apúlogo, mas irracionais, direitos exibidos com peladuras, esparavừes e os necessỏrios movimentos de orelha e de rabos Talvez o hỏbito de examinar essas criaturas haja aconselhado o meu amigo a trabalhar com lentidóo bovina Certamente ele farỏ um romance, romance que nóo lerei, pois, se for comeỗado agora, estarỏ pronto em 1956, quando os meus ossos comeỗarem a esfarelar-se (Graciliano Ramos, Conversa de bastidores In: Linhas tortas) O Burrinho Pedrờs [] Nenhum perigo, por ora, com os dois lados da estrada tapados pelas cercas Mas o gado gordo, na marcha contraớda, se desordena em turbulờncias Ainda nóo abaixaram as cabeỗas, e o trote ộ duro, sob vez de aguilhoadas e gritos - Mais depressa, ộ para esmoer?! - ralha o Major - Boiada boa! Galhudos, gaiolos, estrelos, espỏcios, combucos, cubetos, lobunos, lompardos, caldeiros, cambraias, chamurros, churriados, corombos, cornetos, bocalvos, borralhos, chumbados, chitados, vareiros, silveiros E os tocos da testa mocho macheado, e as armas antigas boi cornalóo - Pra trỏs, boi-vaca! - Repele Juca Viu a brabeza dos olhos? Vai com sangue no cangote - Sú ruindade e mais ruindade, de em-desde o redemunho da testa atộ na volta da pỏ! Este eu nóo vou perder de olho, que ele ộ boi espirrador Apuram o passo, por entre campinas ricas, onde pastam ou ruminam outros mil e mais bois Mas os vaqueiros nóo esmorecem nos eias e cantigas, porque a boiada ainda tem passagens inquietantes: alarga-se e recomprime-se, sem motivo, e mesmo dentro da multidóo movediỗa hỏ giros estranhos, que nóo os deslocamentos normais gado em marcha - quando sempre alguns disputam a colocaỗóo na vanguarda, outros procuram o centro, e muitos se deixam levar, empurrados, sobrenadando quase, com os mais fracos rolando para os lados e os mais pesados tardando para trỏs, no coice da procissóo - Eh, boi lỏ! Eh-ờ-ờ-eh, boi! Tou! Tou! Tou As ancas balanỗam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, na massa embolada, com atritos de couros, estralos de guampas, estrondos e baques, e o berro queixoso gado junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza, saudade dos campos, querờncia dos pastos de lỏ sertóo 10 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br quer fazer ỏrea de livre comộrcio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras medidas que seróo de extrema importõncia para a preservaỗóo da soberania nacional, a saber: Nenhum cidadóo carioca ou gaỳcho poderỏ dizer Tu vai em espaỗos pỳblicos territúrio nacional; Nenhum cidadóo paulista poderỏ dizer Eu lhe amo e retirar ou acrescentar o plural em sentenỗas como Me vờ um chopps e dois pastel; Nenhum dono de borracharia poderỏ escrever cartaz com a palavra borraxaria e nenhum dono de banca de jornal anunciarỏ Vende-se cigarros; Nenhum livro de gramỏtica obrigarỏ os alunos a utilizar colocaỗừes pronominais como casar-me-ei ou ver-seóo PIZA, Daniel Uma proposta imodesta O Estado de S Paulo, Sóo Paulo, 8/04/2001 No texto acima, o autor a) mostra-se favorỏvel ao teor da proposta por entender que a lớngua portuguesa deve ser protegida contra deturpaỗừes de uso b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e socioculturais da lớngua c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordõncia verbal e nominal pelo falante brasileiro d) revela-se preconceituoso em relaỗóo a certos registros lingỹớsticos ao propor medidas que os controlem e) defende o ensino rigoroso da gramỏtica para que todos aprendam a empregar corretamente os pronomes 70) (Vunesp-2001) Solar Encantado Sú, dominando no alto a alpestre serrania, Entre alcantis, e ao pộ de um rio majestoso, Dorme quedo na nộvoa o solar misterioso, Encerrado no horror de uma lenda sombria Ouve-se noite, em torno, um clamor lamentoso, Piam aves de agouro, estruge a ventania, E brilhando no chóo por sobre a selva fria, Correm chamas sutis de um fulgor nebuloso Dentro um luxo funộreo O silờncio por tudo Apenas, alta noite, uma sombra de leve Agita-se a tremer nas trevas de veludo Ouve-se, acaso, entóo, vaguớssimo suspiro, E na sala, espalhando um claróo cor de neve, Resvala como um sopro o vulto de um vampiro SILVA, Vớtor In: RAMOS, P.E da Silva Poesia parnasiana antologia.Sóo Paulo: Melhoramentos, 1967, p 245 A Alma Apartamento Mora na Varanda No terraỗo de 128m , a famớlia toma sol, recebe amigos para festas e curte a vista dos Jardins, em Sóo Paulo Os espaỗos generosos deste apartamento dos anos 50 recebem luz e brisa constantes graỗas s grandes janelas Os aromas desse apartamento de 445m2 denunciam que ele vive os primeiros dias: o ar recende a pintura fresca Basta apurar o olfato para tambộm descobrir a predileỗóo dono da casa por charutos, lớrios e velas, espalhados pelos ambientes sociais Sobre o fundo branco piso e dos sofỏs, surgem os toques de cores vivas nas paredes e nos objetos Percebi que a personalidade meu cliente ộ forte Nóo tinha nada a ver usar tons suaves, diz Nesa Cộsar, a profissional escolhida para fazer a decoraỗóo Quando o dia estỏ bonito, sair para a varanda ộ expor-se a um banho de sol, pois o piso claro reflete a luz O espaỗo resgata um pedaỗo Mediterrõneo, com múveis brancos e paredes azuis Parece a Grộcia, diz a filha proprietỏrio Ele, um publicitỏrio carioca que adora sol e festa, acredita que a alma apartamento estỏ ali MEDEIROS, Edson G & PATRCIO, Patrớcia A alma apartamento mora na varanda In: Casa Clỏudia.Sóo Paulo, Editora Abril, n 4, ano 23, abril/99, p 69-70 Saudosa Maloca Se o sinhụ nóo tỏ lembrado, Dỏ licenỗa de contỏ Que aqui onde agora estỏ Esse adifớcio arto Era uma casa vộia, Um palacete assobradado Foi aqui, seu moỗo, Que eu, Mato Grosso e o Joca Construớmos nossa maloca Mais, um dia, - Núis nem pode se alembrỏ -, Veio os homens cas ferramentas, O dono mandụ derrubỏ Peguemos todas nossas coisas E fumos pro meio da rua Preciỏ a demoliỗóo Que tristeza que núis sentia Cada tauba que caớa Duớa no coraỗóo Mato Grosso quis gritỏ Mais em cima eu falei: Os homens tỏ ca razóo, Núis arranja otro lugỏ Sú se conformemos quando o Joca falụ: Deus dỏ o frio conforme o cobertụ E hoje núis pega paia nas gramas jardim E pra esquecờ núis cantemos assim: Saudosa maloca, maloca querida, dim, dim, Donde núis passemos dias feliz de nossa vida 19 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br BARBOSA, Adoniran In: Demụnios da Garoa - Trem das 11 CD 903179209-2, Continental-Warner Music Brasil, 1995 A letra de Saudosa Maloca pode ser considerada como realizaỗóo de uma linguagem artớstica poeta, estabelecida com base na sobreposiỗóo de elementos uso popular ao uso culto Uma destas sobreposiỗừes ộ o emprego pronome oblớquo de terceira pessoa se em lugar de nos, diferentemente que prescreve a norma culta (o poeta emprega se conformemos em vez de nos conformamos; se alembrỏ em vez de nos lembrar) Considerando este comentỏrio, a) descreva e exemplifique o que ocorre, na linguagem artớstica compositor, com o -r final e com o -lh- medial das palavras, em relaỗóo ao uso oral culto; b) estabeleỗa as diferenỗas que apresentam, em relaỗóo ao uso culto, as seguintes formas verbais da primeira pessoa plural presente indicativo empregadas pelo compositor: pode (verso 11), arranja (verso 23) e pega (verso 26) 71) (FUVEST-2007) Sou feliz pelos amigos que tenho Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernỏculo Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informaỗừes sobre as regras da gramỏtica, que eu nóo respeitava, e sobre a grafia correta dos vocỏbulos, que eu ignorava Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra no ỳltimo Quarto de Badulaques Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em varreỗóo - verbo varrer De fato, tratava-se de um equớvoco que, num vestibular, poderia me valer uma reprovaỗóo Pois o meu amigo, paladino da lớngua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da pỏgina 827 dicionỏrio ( ) O certo ộ varriỗóo, e nóo varreỗóo Mas estou com medo de que os mineiros da roỗa faỗam troỗa de mim, porque nunca os ouvi falar de varriỗóo E se eles rirem de mim nóo vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da pỏgina dicionỏrio ( ) Porque para eles nóo ộ o dicionỏrio que faz a lớngua ẫ o povo E o povo, lỏ nas montanhas de Minas Gerais, fala varreỗóo, quando nóo barreỗóo O que me deixa triste sobre esse amigo oculto ộ que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se ộ bonito ou se ộ feio Toma a minha sopa, nóo diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato estỏ rachado Rubem Alves http://rubemalves.uol.com.br/quartodebadulaques Ao manifestar-se quanto ao que seja correto ou incorreto no uso da lớngua portuguesa, o autor revela sua preocupaỗóo em a) atender ao padróo culto, em fi-lo, e ao registro informal, em varriỗóo b) corrigir formas condenỏveis, como no caso de barreỗóo, em vez de varreỗóo c) valer-se o tempo todo de um registro informal, de que ộ exemplo a expressóo missivas eruditas d) ponderar sobre a validade de diferentes usos da lớngua, em diferentes contextos e) negar que costume cometer deslizes quanto grafia dos vocỏbulos 72) (Fuvest-2002) Sua histúria tem pouca coisa de notỏvel Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pỏtria; aborrecerase porộm negúcio, e viera ao Brasil Aqui chegando, nóo se sabe por proteỗóo de quem, alcanỗou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos Mas viera com ele no mesmo navio, nóo sei fazer o quờ, uma certa Maria da hortaliỗa, quitandeira das praỗas de Lisboa, saloia rechonchuda e bonitota O Leonardo, fazendo-se-lhe justiỗa, nóo era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganóo3 Ao sair Tejo, estando a Maria encostada borda navio, o Leonardo fingiu que passava distraớdo por junto dela, e com o ferrado sapatóo assentou-lhe uma valente pisadela no pộ direito A Maria, como se jỏ esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada gracejo, e deu-lhe tambộm em ar de disfarce um tremendo beliscóo nas costas da móo esquerda Era isto uma declaraỗóo em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscóo, com a diferenỗa de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tóo extremosos e familiares, que pareciam sờ-lo de muitos anos (Manuel Antụnio de Almeida, Memúrias de um sargento de milớcias) Glossỏrio: algibebe: mascate, vendedor ambulante saloia: aldeó das imediaỗừes de Lisboa maganóo: brincalhóo, jovial, divertido No excerto, o narrador incorpora elementos da linguagem usada pela maioria das personagens da obra, como se verifica em: a) aborrecera-se porộm negúcio b) de que o vemos empossado c) rechonchuda e bonitota d) envergonhada gracejo e) amantes tóo extremosos 73) (UFSCar-2007) Suave Mari Magno Lembra-me que, em certo dia, Na rua, ao sol de veróo, Envenenado morria Um pobre cóo Arfava, espumava e ria, De um riso espỳrio e bufóo, Ventre e pernas sacudia Na convulsóo Nenhum, nenhum curioso Passava, sem se deter, Silencioso, 20 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br Junto ao cóo que ia morrer, Como se lhe desse gozo Ver padecer (Machado de Assis, Obra Completa, vol III, p 161.) Seqỹờncia Eu era pequena A cozinheira Lizarda tinha nos levado ao mercado, minha irmó, eu Passava um homem com um abacate na móo e eu inconsciente: Ome, me dỏ esse abacate O homem me entregou a fruta madura Minha irmó, de pronto: vou contar pra móe que ocờ pediu abacate na rua. Eu voltava trocando as pernas bambas Meus medos, crescidos, enormes A denỳncia confirmada, o auto, a comprovaỗóo delito O impulso materno conseqỹờncia obscura da escravidóo passada, o ranỗo dos castigos corporais Eu, aos gritos, esperneando O abacate esmagado, pisado, me sujando toda Durante muitos anos minha repugnõncia por esta fruta trazendo a recordaỗóo permanente castigo cruel Sentia, sem definir, a recreaỗóo dos que ficaram de fora, assistentes, acusadores Nada mais aprazớvel no tempo, que presenciar a crianỗa indefesa espernear numa coỗa de chineladas ộ pra seu bem, diziam, doutra vez nóo pedi fruita na rua. (Cora Coralina, Vintộm de cobre, p 131-132.) Mas, afinal, o que ộ lớngua padróo? Jỏ sabemos que as lớnguas sóo um conjunto bastante variado de formas lingỹớsticas, cada uma delas com a sua gramỏtica, a sua organizaỗóo estrutural Do ponto de vista cientớfico, nóo hỏ como dizer que uma forma lingỹớstica ộ melhor que outra, a nóo ser que a gente se esqueỗa da ciờncia e adote o preconceito ou o gosto pessoal como critộrio Entretanto, ộ fato que hỏ uma diferen-ciaỗóo valorativa, que nasce nóo da diferenỗa desta ou daquela forma em si, mas significado social que certas formas lingỹớsticas adquirem nas sociedades Mesmo que nunca tenhamos pensado objetivamente a respeito, nús sabemos (ou procuramos saber o tempo todo) o que ộ e o que nóo ộ permitido Nús costumamos medir nossas palavras, entre outras razừes, porque nosso ouvinte vai julgar nóo somente o que se diz, mas tambộm quem diz E a linguagem ộ altamente reveladora: ela nóo transmite sú informaỗừes neutras; revela tambộm nossa classe social, a regióo de onde viemos, o nosso ponto de vista, a nossa escolaridade, a nossa intenỗóo Nesse sentido, a linguagem tambộm ộ um ớndice de poder Assim, na rede das linguagens de uma dada sociedade, a lớngua padróo ocupa um espaỗo privilegiado: ela ộ o conjunto de formas consideradas como o modo correto, socialmente aceitỏvel, de falar ou escrever FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristúvóo Prỏtica de texto: lớngua portuguesa para nossos estudantes ed Petrúpolis: Vozes, 1992, p 30 Texto Depois de comparar os dois textos: a) explicite o que hỏ de comum entre eles b) no segundo texto, cite pelo menos trờs formas de linguagem que refletem a oralidade Portuguờs Brasil 74) (ITA-2002) Tem gente que junta os trapos, outros juntam os pedaỗos No texto, a marca da coloquialidade apresenta-se como transgressóo gramatical Assinale a alternativa que corresponde ao fato: a) Ausờncia conectivo b) Escolha das palavras c) Emprego verbo ter d) Repetiỗóo verbo juntar e) Emprego da vớrgula 75) (UFSC-2005) Texto CUITELINHO* Cheguei na bera porto onde as onda se espaia As garỗa dỏ meia volta, senta na bera da praia E o cuitelinho nóo gosta que o botóo de rosa caia Quando eu vim de minha terra, despedi da parentaia Eu entrei no Mato Grosso, dei em terras paraguaia Lỏ tinha revoluỗóo, enfrentei fortes bataia A tua saudade corta como aỗo de navaia O coraỗóo fica aflito, bate uma, a outra faia E os oio se enche dỏgua que atộ a vista se atrapaia 21 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br *Cuitelinho - pequeno cuitelo ou beija-flor (Cantiga popular brasileira de Paulo Vanzolin) Texto Domingo tarde, o polớtico vờ um programa de televisóo Um assessor passa por ele e pergunta: Firme? O polớtico responde: Nóo Sớrvio Santos POSSENTI, Sớrio Os humores da lớngua Campinas: Mercado de Letras, 1998, p 34 Assinale a(s) proposiỗóo(ừes) CORRETA(S) a respeito dos Textos 1, e 01 Quando Faraco e Tezza, no Texto 1, dizem que hỏ uma diferenciaỗóo valorativa, (linhas 10 a 11) estóo se referindo apenas a variedades regionais 02 O falante, tendo envolvimento mỳltiplo nas relaỗừes sociais, normalmente domina mais de uma variedade da lớngua Costuma medir suas palavras (linha 19 Texto 1) conforme a situaỗóo Nesse sentido, ele ộ um camaleóo lingỹớstico: adapta a sua fala situaỗóo em que se encontra 04 O Texto registra uma variedade regional interior de algumas cidades brasileiras, conhecida como dialeto caipira Essa variedade, ilustrada em espaia, parentaia, bataia e atrapaia, ộ normalmente estigmatizada pela sociedade, servindo, muitas vezes, de piada 08 Quem domina apenas um dialeto caipira, a exemplo das variedades usadas no Texto e no Texto 3, nóo terỏ dificuldade para ler um texto escrito em lớngua padróo, ou para produzir textos com ela 16 O efeito da piada (Texto 3) estỏ relacionado com os dois sentidos que a palavra firme manifesta: um, como cumprimento informal Tudo bem? e outro, como variante popular de filme 76) (UFSC-2005) Texto Mas, afinal, o que ộ lớngua padróo? Jỏ sabemos que as lớnguas sóo um conjunto bastante variado de formas lingỹớsticas, cada uma delas com a sua gramỏtica, a sua organizaỗóo estrutural Do ponto de vista cientớfico, nóo hỏ como dizer que uma forma lingỹớstica ộ melhor que outra, a nóo ser que a gente se esqueỗa da ciờncia e adote o preconceito ou o gosto pessoal como critộrio Entretanto, ộ fato que hỏ uma diferen-ciaỗóo valorativa, que nasce nóo da diferenỗa desta ou daquela forma em si, mas significado social que certas formas lingỹớsticas adquirem nas sociedades Mesmo que nunca tenhamos pensado objetivamente a respeito, nús sabemos (ou procuramos saber o tempo todo) o que ộ e o que nóo ộ permitido Nús costumamos medir nossas palavras, entre outras razừes, porque nosso ouvinte vai julgar nóo somente o que se diz, mas tambộm quem diz E a linguagem ộ altamente reveladora: ela nóo transmite sú informaỗừes neutras; revela tambộm nossa classe social, a regióo de onde viemos, o nosso ponto de vista, a nossa escolaridade, a nossa intenỗóo Nesse sentido, a linguagem tambộm ộ um ớndice de poder Assim, na rede das linguagens de uma dada sociedade, a lớngua padróo ocupa um espaỗo privilegiado: ela ộ o conjunto de formas consideradas como o modo correto, socialmente aceitỏvel, de falar ou escrever FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristúvóo Prỏtica de texto: lớngua portuguesa para nossos estudantes ed Petrúpolis: Vozes, 1992, p 30 Texto CUITELINHO* Cheguei na bera porto onde as onda se espaia As garỗa dỏ meia volta, senta na bera da praia E o cuitelinho nóo gosta que o botóo de rosa caia Quando eu vim de minha terra, despedi da parentaia Eu entrei no Mato Grosso, dei em terras paraguaia Lỏ tinha revoluỗóo, enfrentei fortes bataia A tua saudade corta como aỗo de navaia O coraỗóo fica aflito, bate uma, a outra faia E os oio se enche dỏgua que atộ a vista se atrapaia *Cuitelinho - pequeno cuitelo ou beija-flor (Cantiga popular brasileira de Paulo Vanzolin) Texto Domingo tarde, o polớtico vờ um pro-grama de televisóo Um assessor passa por ele e pergunta: Firme? O polớtico responde: Nóo Sớrvio Santos POSSENTI, Sớrio Os humores da lớngua Campinas: Mercado de Letras, 1998, p 34 22 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br Ainda, sobre o Texto 1, ộ CORRETO afirmar que: 01 o trecho a nóo ser que a gente se esqueỗa da ciờncia e adote o preconceito ou o gosto pessoal como critộrio (linhas a 9) pode ser assim parafraseado: a nóo ser que a ciờncia seja esquecida e seja adotado o preconceito ou o gosto pessoal como critộrio 02 os pronomes a gente (linha 7) e nús (linha 16) foram usados com o mesmo significado referencial Esse recurso se caracteriza como variaỗóo lingỹớstica e pode ser observado tanto na linguagem padróo como na linguagem coloquial 04 o conector assim (linha 29) foi usado com valor exemplificativo e complementar O parỏgrafo introduzido por ele serviu para confirmar o que foi dito antes 08 no trecho ela nóo transmite sú informaỗừes neutras (linha 23), as palavras sublinhadas indicam que existem informaỗừes neutras, alộm de outras informaỗừes 16 a expressóo nóo somente mas tambộm em: nosso ouvinte vai julgar nóo somente o que se diz, mas tambộm quem diz (linhas 20 a 22) estabelece uma relaỗóo de retificaỗóo argumento da primeira afirmaỗóo com o argumento da segunda e acrescenta uma nova informaỗóo 77) (UFSC-2005) Texto Mas, afinal, o que ộ lớngua padróo? Jỏ sabemos que as lớnguas sóo um conjunto bastante variado de formas lingỹớsticas, cada uma delas com a sua gramỏtica, a sua organizaỗóo estrutural Do ponto de vista cientớfico, nóo hỏ como dizer que uma forma lingỹớstica ộ melhor que outra, a nóo ser que a gente se esqueỗa da ciờncia e adote o preconceito ou o gosto pessoal como critộrio Entretanto, ộ fato que hỏ uma diferen-ciaỗóo valorativa, que nasce nóo da diferenỗa desta ou daquela forma em si, mas significado social que certas formas lingỹớsticas adquirem nas sociedades Mesmo que nunca tenhamos pensado objetivamente a respeito, nús sabemos (ou procuramos saber o tempo todo) o que ộ e o que nóo ộ permitido Nús costumamos medir nossas palavras, entre outras razừes, porque nosso ouvinte vai julgar nóo somente o que se diz, mas tambộm quem diz E a linguagem ộ altamente reveladora: ela nóo transmite sú informaỗừes neutras; revela tambộm nossa classe social, a regióo de onde viemos, o nosso ponto de vista, a nossa escolaridade, a nossa intenỗóo Nesse sentido, a linguagem tambộm ộ um ớndice de poder Assim, na rede das linguagens de uma dada sociedade, a lớngua padróo ocupa um espaỗo privilegiado: ela ộ o conjunto de formas consideradas como o modo correto, socialmente aceitỏvel, de falar ou escrever FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristúvóo Prỏtica de texto: lớngua portuguesa para nossos estudantes ed Petrúpolis: Vozes, 1992, p 30 Texto CUITELINHO* Cheguei na bera porto onde as onda se espaia As garỗa dỏ meia volta, senta na bera da praia E o cuitelinho nóo gosta que o botóo de rosa caia Quando eu vim de minha terra, despedi da parentaia Eu entrei no Mato Grosso, dei em terras paraguaia Lỏ tinha revoluỗóo, enfrentei fortes bataia A tua saudade corta como aỗo de navaia O coraỗóo fica aflito, bate uma, a outra faia E os oio se enche dỏgua que atộ a vista se atrapaia *Cuitelinho - pequeno cuitelo ou beija-flor (Cantiga popular brasileira de Paulo Vanzolin) Texto Domingo tarde, o polớtico vờ um pro-grama de televisóo Um assessor passa por ele e pergunta: Firme? O polớtico responde: Nóo Sớrvio Santos POSSENTI, Sớrio Os humores da lớngua Campinas: Mercado de Letras, 1998, p 34 Considerando o livro de Dias Gomes Sucupira, ame-a ou deixe-a, e, ainda, os Textos 1, e 3, ộ CORRETO afirmar que: 01 as diferentes variedades da lớngua, ilustradas nos Textos 1, e 3, podem tambộm ser observadas nas falas dos personagens de Dias Gomes, caracterizando diversos tipos, como o prefeito Odorico Paraguaỗu: Faỗa assentamento dos prús e dos contraprús (p 44), e o (ex)jagunỗo Zeca Diabo: eu tou um burro vộio (p 21), por exemplo 02 o recurso estilớstico da retúrica com o significado de adorno empolado ou pomposo de um discurso (cf 23 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br Aurộlio) pode ser observado na fala de diversos personagens de Dias Gomes, com exceỗóo de Odorico Paraguaỗu 04 a fala de Odorico Paraguaỗu apresenta, em grande escala, o uso de neologismos, que sóo possớveis, considerando o processo de derivaỗóo lingỹớstica, como nos exemplos: descompetente e desinaugurado, para indicar negaỗóo O mesmo processo pode ser encontrado em formas jỏ reconhecidas, como descontente e descuidado 08 no trecho a linguagem tambộm ộ um ớndice de poder (linhas 27 e 28 Texto 1), o uso da palavra tambộm faz pressupor algum outro significado, alộm fato de que o valor dado s diferentes formas lingỹớsticas vai depender da importõncia de quem as utiliza 16 na cantiga Cuitelinho (Texto 2), sobrepừem-se, ao significado denotativo de um termo, significados paralelos, como pode ser ilustrado nos versos: A tua saudade corta/como aỗo de navaia (linhas 13 e 14) 78) (PUC - RJ-2007) TEXTO A revoluỗóo cộrebro O seu cộrebro ộ capaz de quase qualquer coisa Ele consegue parar o tempo, ficar vỏrios dias numa boa sem dormir, ler pensamentos, mover objetos a distõncia e se reconstruir de acordo com a necessidade Parecem superpoderes de histúrias em quadrinhos, mas sóo apenas algumas das descobertas que os neurocientistas fizeram ao longo da ỳltima dộcada Algumas dessas faỗanhas sempre fizeram parte seu cộrebro e sú agora conseguimos perceber Outras sóo fruto da ciờncia: ao decifrar alguns mecanismos da nossa mente, os pesquisadores estóo encontrando maneiras de realizar coisas que antes pareciam impossớveis O resultado ộ uma revoluỗóo como nenhuma outra, capaz de mudar nóo sú a maneira como entendemos o cộrebro, mas tambộm a imagem que fazemos mundo, da realidade e de quem somos nús [ ] O seu corpo, ao que parece, ộ muito pequeno para conter uma mỏquina tóo poderosa quanto o cộrebro Prova disso veio em julho, quando foram divulgadas as aventuras de Matthew Nagle, um americano que ficou paralớtico em uma briga em 2001 Trờs anos depois, cientistas da Universidade Brown, EUA, e de quatro outras instituiỗừes implantaram eletrodos na parte cộrebro dele responsỏvel pelos movimentos dos braỗos e registraram os disparos de mais de 100 neurụnios Enviados a um computador, esses sinais permitiram que ele controlasse um cursor em uma tela, abrisse e-mails, jogasse videogames e comandasse um braỗo robútico Somente com o pensamento, Nagle conseguiu mover objetos [ ] Foi [ ] uma prova de que o nosso cộrebro ộ capaz de comandar objetos fora corpo uma idộia que pode mudar nossa relaỗóo com o mundo Extraớdo da Revista Superinteressante, Editora Abril, agosto de 2006, pp.50-59 TEXTO O sộculo louco Do sộculo XX, no futuro, se dirỏ que foi louco Um sộculo que usou ao mỏximo o poder cộrebro para manipular as coisas mundo e nóo usou o coraỗóo para fazer isso com sentimento solidỏrio Um sộculo no qual a palavra inteligờncia perdeu o seu sentido pleno, porque o raciocớnio foi capaz de manipular a natureza nos limites da curiosidade cientớfica, mas nóo foi usado para fazer um mundo melhor e mais belo para todos A inteligờncia sộculo XX foi burra Foi capaz de fabricar uma bomba atụmica, liberar a energia escondida dentro dos ỏtomos, mas incapaz de evitar que se usassem duas delas, matando centenas de milhares de pessoas O que se pode dizer da bomba atụmica, como sớmbolo sộculo XX, vale para o conjunto das tộcnicas usadas nestes cem anos loucos: fomos capazes de tudo, menos de fazer o mundo mais decente como teria sido possớvel Vivemos um tempo em que a inteligờncia humana conseguiu fazer robụs que substituem os trabalhadores, mas no lugar de libertar o homem da necessidade trabalho, os robụs provocam a misộria desemprego Inventamos a maravilha automúvel e aumentamos o tempo perdido para ir de casa ao trabalho Fizemos armas inteligentes, que acertam os alvos sem necessidade de arriscar a vida de pilotos, mas pừem em risco a paz entre os povos.[ ] BUARQUE, Cristovam Os instrangeiros A aventura da opinióo na fronteira dos sộculos Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2002, pp 113-115 a) Retire, Texto 1, uma expressóo que tem um carỏter excessivamente informal em relaỗóo ao restante mesmo b) Fazendo todas as modificaỗừes necessỏrias, reescreva o perớodo abaixo sem empregar a conjunỗóo integrante que Enviados a um computador, esses sinais permitiram que ele controlasse um cursor em uma tela, abrisse e-mails, jogasse videogame e comandasse um braỗo robútico. c) Reescreva o perớodo abaixo, utilizando a conjunỗóo embora para marcar a relaỗóo estabelecida entre as duas oraỗừes Inventamos a maravilha automúvel e aumentamos o tempo perdido para ir de casa ao trabalho. 79) (Fatec-2002) Texto I Entóo Macunaớma pụs reparo numa criadinha com um vestido de linho amarelo pintado com extrato de tatajuba 24 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br Ela jỏ ia atravessando atravessando o corgo pelo pau Depois dela passar o herúi gritou pra pinguela: - Viu alguma coisa, pau? - Via a graỗa dela! - Quỏ! quỏ! quỏ quaquỏ! Macunaớma deu uma grande gargalhada Entóo seguiu atrỏs par Eles jỏ tinham brincado e descansavam na beira da lagoa A moỗa estava sentada na borda duma igaritộ encalhada na praia Toda nua inda banho comia tambiỳs vivos, se rindo pro rapaz Ele deitara de bruỗos na ỏgua rente dos pộs da moỗa e tirava os lambarizinhos da lagoa pra ela comer A crilada das ondas amontoava nas costas dele porộm escorregando no corpo nu molhado caớa de novo na lagoa com risadinhas de pingos A moỗa batia com os pộs nỏgua e era feito um repuxo roubado da Luna espirrando jeitoso, cegando o rapaz Entóo ele enfiava a cabeỗa na lagoa e trazia a boca cheia de ỏgua A moỗa apertava com os pộs as bochechas dele e recebia o jato em cheio na barriga, assim A brisa fiava a cabeleira da moỗa esticando de um em um os fios lisos na cara dela O moỗo pụs reparo nisso Firmando o queixo no joelho da companheira ergueu o busto da ỏgua, estirou o braỗo pro alto e principiou tirando os cabelos da cara da moỗa pra que ela pudesse comer sossegada os tambiỳs Entóo pra agradecer ela enfiou trờs lambarizinhos na boca dele e rindo muito fastou o joelho depressa O busto rapaz nóo teve apoio mais e ele no sufragante focinhou nỏgua atộ o fundo, a moỗa inda forỗando o pescoỗo dele com os pộs Ele ia escorregando sem perceber de tanta graỗa que achava na vida Ia escorregando e afinal a canoa virou Pois deixai ela virar! A moỗa levou um tombo engraỗado por cima rapaz e ele enrolou-se nela talqualmente um apuizeiro carinhoso Todos os tambiỳs fugiram enquanto os dois brincavam nỏgua outra vez (Mỏrio de Andrade, Macunaớma O herúi sem nenhum carỏter) Texto II De outras e muitas grandezas vos poderớamos ilustrar, senhoras Amazonas, nóo fora persignar demasiado esta epớstola; todavia, com afirmar-vos que esta ộ, por sem dỳvida, a mais bela cidade terrỏquea, muito hemos feito em favor destes homens de prol Mas cair-nos-iam as faces, si ocultỏramos no silờncio, uma curiosidade original deste povo Ora sabereis que a sua riqueza de expressóo intelectual ộ tóo prodigiosa, que falam numa lớngua e escrevem noutra Assim chegado a estas plagas hospitalares, nos demos ao trabalho de bem nos inteirarmos da etnologia da terra, e dentre muita surpresa e assombro que se nos deparou, por certo nóo foi das menores tal originalidade lingỹớstica Nas conversas utilizam-se os paulistanos dum linguajar bỏrbaro e multifỏrio, crasso de feiỗóo e impuro na vernaculidade, mas que nóo deixa de ter o seu sabor e forỗa nas apústrofes, e tambộm nas vozes brincar Destas e daquelas nos inteiramos, solớcito; e nos serỏ grata empresa vo-las ensinarmos aớ chegado Mas si de tal desprezớvel lớngua se utilizam na conversaỗóo os naturais desta terra, logo que tomam da pena, se despojam de tanta asperidade, e surge o Homem Latino, de Lineu, exprimindo-se numa outra linguagem, mui prúxima da vergiliana, no dizer dum panegirista, meigo idioma, que, com imperecớvel galhardia, se intitula: lớngua de Camừes! De tal originalidade e riqueza vos hỏ-de ser grato ter ciờncia, e mais ainda vos espantareis com saberdes, que grande e quase total maioria, nem essas duas lớnguas bastam, senóo que se enriquecem mais lớdimo italiano, por mais musical e gracioso, e que por todos os recantos da urbs ộ versado (Mỏrio de Andrade, Macunaớma O herúi sem nenhum carỏter) Assinale a alternativa que transcreve e converte, correta e respectivamente, a frase registro coloquial da linguagem, extraớda Texto I, em seu correspondente na modalidade culta a) Pois deixai ela virar / Pois deixa-a virar b) Ele deitara de bruỗos na ỏgua / Ele tinha deitado de bruỗos na ỏgua c) Depois dela passar / Depois de ela passar d) ele enrolou-se nela talqualmente um apuizeiro carinhoso / ele enrolou-se nela mesmo sendo um apuizeiro carinhoso e) Ia escorregando e afinal a canoa virou / Ia escorregando e atộ que enfim a canoa virou 80) (ENEM-2007) Texto I Agora Fabiano conseguia arranjar as idộias O que o segurava era a famớlia Vivia preso como um novilho amarrado ao mouróo, suportando ferro quente Se nóo fosse isso, um soldado amarelo nóo lhe pisava o pộ nóo ( ) Tinha aqueles cambừes pendurados ao pescoỗo Deveria continuar a arrastỏ-los? Sinha Vitúria dormia mal na cama de varas Os meninos eram uns brutos, como o pai Quando crescessem, guardariam as reses de um patróo invisớvel, seriam pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo Graciliano Ramos Vidas Secas Sóo Paulo: Martins, 23.ê ed., 1969, p 75 Texto II Para Graciliano, o roceiro pobre ộ um outro, enigmỏtico, impermeỏvel Nóo hỏ soluỗóo fỏcil para uma tentativa de incorporaỗóo dessa figura no campo da ficỗóo ẫ lidando com o impasse, ao invộs de fỏceis soluỗừes, que Graciliano vai criar Vidas Secas, elaborando uma linguagem, uma estrutura romanesca, uma constituiỗóo de narrador em que narrador e criaturas se tocam, mas nóo se identificam Em grande medida, o debate acontece porque, para a intelectualidade brasileira naquele momento, o pobre, a despeito de aparecer idealizado em certos aspectos, ainda ộ visto como um ser humano de segunda categoria, 25 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br simples demais, incapaz de ter pensamentos demasiadamente complexos O que Vidas Secas faz ộ, com pretenso nóo envolvimento da voz que controla a narrativa, dar conta de uma riqueza humana de que essas pessoas seriam plenamente capazes Luớs Bueno Guimaróes, Clarice e antes In: Teresa Sóo Paulo: USP, n. 2, 2001, p 254 No texto II, verifica-se que o autor utiliza a) linguagem predominantemente formal, para problematizar, na composiỗóo de Vidas Secas, a relaỗóo entre o escritor e o personagem popular b) linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor c) linguagem coloquial, para narrar coerentemente uma histúria que apresenta o roceiro pobre de forma pitoresca d) linguagem formal com recursos retúricos prúprios texto literỏrio em prosa, para analisar determinado momento da literatura brasileira e) linguagem regionalista, para transmitir informaỗừes sobre literatura, valendo-se de coloquialismo, para facilitar o entendimento texto 81) (FATEC-2006) Texto II Na ciờncia e na tecnologia o progresso ộ real, mas sú faz aumentar o conhecimento e o poder homem, e esse poder pode ser usado tanto para os mais benignos objetivos quanto para os mais desastrosos Quando o conceito de progresso ộ aplicado ộtica e polớtica, ele ộ uma ilusóo perigosa Veja-se, por exemplo, o caso dos gregos e dos romanos antigos ẫ claro que eles acreditavam no desenvolvimento de novas ferramentas Mas eles nóo transferiam essa noỗóo de progresso tộcnico para a ộtica ou a polớtica ẫ úbvio, tambộm, que eles acreditavam no bem e no mal, que as sociedades podiam ser melhores ou piores, e que a prosperidade ộ preferớvel fome e pobreza No entanto, para gregos e romanos, os jogos da ộtica e da polớtica estavam sujeitos a avanỗos e retrocessos Ou seja, a histúria humana era cớclica, com diferentes perớodos se alternando, como ocorre na natureza A ciờncia, no geral, chega mais perto da verdade mundo que outros sistemas de crenỗa, e nús temos testemunhado seu sucesso pragmỏtico em aumentar o poder humano Mas, ponto de vista ộtico, o conhecimento ộ neutro, desprovido de valor - pode tanto nos levar a realizaỗừes maravilhosas quanto atender a propúsitos terrớveis (John Gray, em Veja, 23 de novembro de 2005.) Assinale a alternativa em que os trechos texto, reescritos, apresentam pontuaỗóo, concordõncia e colocaỗóo de pronomes de acordo com a norma culta a) Com a ciờncia, no geral chega-se mais perto da verdade, que chega-se com outros sistemas de crenỗa b) ẫ certo, portanto, que se sujeitavam os jogos da ộtica e da polớtica a avanỗos e retrocessos c) Aplicando-se ộtica e polớtica conceitos, como o de progresso, ộ que vờ-se que ộ: uma ilusóo perigosa d) Na Grộcia e na Roma antigas, jỏ acreditavam-se em novas ferramentas desenvolvidas pela tecnologia e) Ainda se prefere, que a fome e a pobreza, dờ lugar prosperidade 82) (FATEC-2006) Texto I Os bem vizinhos de Naziazeno Barbosa assistem ao pega com o leiteiro Por detrỏs das cercas, mudos, com a mulher e um que outro filho espantado jỏ de pộ quela hora, ouvem Todos aqueles quintais conhecidos tờm o mesmo silờncio Noutras ocasiừes, quando era apenas a briga com a mulher, esta, como um ỳltimo desaforo de vớtima, dizialhe: Olha, que os vizinhos estóo ouvindo Depois, hora da saớda, eram aquelas caras curiosas janela com os olhos fitos nele, enquanto ele cumprimentava O leiteiro diz-lhe aquelas coisas, despenca-se pela escadinha que vai portóo atộ rua, toma as rộdeas burro e sai a galope, fustigando o animal, furioso, sem olhar para nada Naziazeno ainda fica um instante ali sozinho (A mulher havia entrado.) Um ou outro olhar de crianỗa fuzila atravộs das frestas das cercas As sombras tờm uma frescura que cheira a ervas ỳmidas A luz ộ doirada e anda ainda por longe, na copa das ỏrvores, no meio da estrada avermelhada Naziazeno encaminha-se entóo para dentro de casa Vai atộ ao quarto A mulher ouve-lhe os passos, o barulho de abrir e fechar um que outro múvel Por fim, ele aparece no pequeno comedouro, o chapộu na móo Senta-se mesa, esperando Ela lhe traz o alimento Ele nóo aceita mais desculpas Naziazeno nóo fala A mulher havia-se sentado defronte dele, enquanto ele toma o cafộ Vai nos deixar ainda sem leite Ele engole o cafộ, nervoso, com os dedos ossudos e cabeỗudos quebrando o póo em pedaỗos miudinhos, sem olhar a mulher ẫ o que tu pensas Temores Cortar um fornecimento nóo ộ coisa fỏcil Porque tu nóo viste entóo o jeito dele quando te declarou: Lhe dou mais um dia! (Dyonộlio Machado, Os ratos.) Leia o trecho: A mulher havia-se sentado defronte dele, enquanto ele toma o cafộ Vai nos deixar ainda sem leite 26 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br Assinale a alternativa que substitui o discurso direto pelo discurso indireto, sem que ocorram infraỗừes da norma culta a) A mulher lhe disse que o leiteiro ainda iria deixỏ-los sem leite b) A mulher o disse que o leiteiro ainda lhes irỏ deixar sem leite c) A mulher diz-lhe que o leiteiro ainda deixaria eles sem leite d) A mulher nos disse que o leiteiro lhes deixaria sem leite e) A mulher disse-lhe que o leiteiro ainda nos deixarỏ sem leite b) Parar ộ chatear-se, e lỏ vamos nús: a gastanỗa tempo, a gula de digeri-lo, o consumo compulsivo ( ) c) Quem nóo consegue capota, estỏ fora ritmo, fora de seu tempo, e pronto com isso chegamos ao telefone celular d) Nesse processo, uma das criaỗừes mais caracterớsticas sộculo foi a indỳstria da urgờncia 85) (Mack-2005) TURMA DA MễNICA Mauricio de Sousa 83) (Fuvest-2004) Texto para a questóo a seguir Uma flor, o Quincas Borba Nunca em minha infõncia, nunca em toda a minha vida, achei um menino mais gracioso, inventivo e travesso Era a flor, e nóo jỏ da escola, senóo de toda a cidade A móe, viỳva, com alguma cousa de seu, adorava o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso pajem atrỏs, um pajem que nos deixava gazear a escola, ir caỗar ninhos de pỏssaros, ou perseguir lagartixas nos morros Livramento e da Conceiỗóo, ou simplesmente arruar, toa, como dous peraltas sem emprego E de imperador! Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas festas Espớrito Santo De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general, uma supremacia, qualquer que fosse Tinha garbo o traquinas, e gravidade, certa magnificờncia nas atitudes, nos meneios Quem diria que Suspendamos a pena; nóo adiantemos os sucessos Vamos de um salto a 1822, data da nossa independờncia polớtica, e meu primeiro cativeiro pessoal (Machado de Assis, Memúrias pústumas de Brỏs Cubas) Embora pertenỗa modalidade escrita da lớngua, este texto apresenta marcas de oralidade, que tờm finalidades estilớsticas Dos procedimentos verificados no texto e indicados abaixo, o ỳnico que constitui marca tớpica da modalidade escrita ộ: a) uso de frase elớptica em Uma flor, o Quincas Borba b) repetiỗóo de palavras como nunca e pajem c) interrupỗóo da frase em Quem diria que d) emprego de frase nominal, como em E de imperador! e) uso das formas imperativas suspendamos e nóo adiantemos 84) (UEMG-2007) Traỗos de oralidade/coloquialidade podem ser observados em todas as citaỗừes textuais constantes das alternativas abaixo, EXCETO em: a) De repente um monte de gente percebeu que tem pressa, nóo pode esperar, que ộ urgente chamar, ộ urgente ser chamado ( ) Alộm da pronỳncia ocờ, ộ possớvel encontrar, entre os diferentes grupos de falantes portuguờs Brasil, as formas cờ e vocờ Considere os enunciados abaixo e assinale a alternativa correta a respeito deles I Vocờ vem conosco? II Trouxe este presente para vocờ. a) Na fala popular e informal, ocờ e cờ poderiam substituir vocờ tanto em I quanto em II b) Em usos informais da lớngua, cờ poderia ser encontrado apenas em I c) Em ambientes rurais, como o de Chico Bento, as formas vocờ e cờ jamais ocorrem em I e em II d) Em usos coloquiais da lớngua, especialmente no meio rural, ocờ aparece apenas em II e) A gramỏtica normativa aceita as trờs variantes (cờ, ocờ e vocờ), na escrita e na fala 86) (Mack-2005) TURMA DA MễNICA Mauricio de Sousa O qui ộ qui eu tụ tocando? Sobre a construỗóo destacada acima, ộ correto afirmar que a) foi empregada por Maurớcio de Souza para evidenciar que a pergunta ộ uma espộcie de charada ou enigma b) complementa o verbo estar, utilizado como transitivo direto na pergunta c) ộ semelhante, na linguagem informal, a outras construỗừes usadas em interrogaỗừes (como ộ que, por que ộ que, onde ộ que etc.) d) apresenta dois pronomes relativos, com funỗóo de sujeito e) seria preservada se invertờssemos a ordem da pergunta, iniciando-a por eu tụ tocando 27 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br 87) (Fuvest-2000) Vocờ pode dar um rolờ de bike, lapidar o estilo a bordo de um skate, curtir o sol tropical, levar sua gata para surfar Considerando-se a variedade lingỹớstica que se pretendeu reproduzir nesta frase, ộ correto afirmar que a expressóo proveniente de variedade diversa ộ a) dar um rolờ de bike b) lapidar o estilo c) a bordo de um skate d) curtir o sol tropical e) levar sua gata para surfar 28 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br GABARITO 1) Alternativa: B 2) a) O anjo de Drummond vem desenhado bem no estilo grave que lhe impừe a lớngua literỏria, culta; jỏ o anjo de Chico Buarque, vem no estilo bem popular com que o autor o coloca na sua composiỗóo safado, chato e menos culto, bem na linhagem dos malandros que costumam ser brindados nas composiỗừes autor b) O verbo dizer passa apenas a idộia neutra de uma informaỗóo; jỏ decretar deixa clara a imposiỗóo a que parece nóo pode o sujeito esquivar-se de obedecer A prúpria figura querubim, na escala angelical ộ superior simples anjo, o que justifica a diferente escolha lexical 3) a) Sim Capitulaỗóo significa submissóo, e o autor entende que o povo tem vergonha da prúpria lớngua (com vergonha / Da prúpria lớngua), e, portanto, capitula diante da invasóo dos estrangeirismos b) Segundo o autor, nóo Primeiro, porque o termo delivery poderia ser facilmente substituớdo por expressừes da lớngua portuguesa, como entrega em domớcilio; segundo, pelo uso da expressóo atộ 4) a) Toques, termo coloquial, informal, significa indicaỗừes ou, numa variante consagrada na gớria escolar, dicas b) Hỏ inỳmeras possibilidades Uma delas: Vou te dar um toque: evite comprar brigas com esse professor 5) a) Precisamos de um novo software para acessar o mundo. (Este ộ o ỳnico trecho em que a autora utiliza alguns elementos da tecnologia para traduzir seu pensamento, embora a formulaỗóo da pergunta transcreva um trecho - implique a existờncia de outros trechos.) b) No mundo presente, a vida nóo mais ộ moldada por valores e modelos (padrừes) tradicionais 6) a) por poucas e boas; tipo quando; teve um love affair; lady; para Deus e o mundo b) A princesa Diana jỏ passou por momentos difớceis Por exemplo, quando seu ex-marido Charles manteve um relacionamento extraconjugal com a senhora Camille, revelado mundialmente 7) Alternativa: E 8) a) As marcas sóo: Uso de 'a gente' em lugar de 'nús', mas fazendo a concordõncia com 'nús' (a gente vamos prestar) Uso verbo 'zoar' b) Entre os motivos que a ligaram carreira estỏ o gosto por literatura e inglờs, que estuda hỏ oito anos 9) a) O pronome vocờ estỏ sendo usado de maneira generalizante, referindo-se a qualquer pessoa (s pessoas em geral) Esse uso ộ tớpico da linguagem oral, coloquial b) Sim O fato de o aluno nem prestar atenỗóo ộ colocado como algo bastante negativo para a professora e, ao mesmo tempo, como comum empregada Portanto, fica subentendido que o que a empregada fala nóo ộ merecedor de atenỗóo 10) a) Compre dois sabonetes e ganhe o terceiro b) O jogador encarou o adversỏrio c) O advogado ộ um elo entre o cliente e a Justiỗa d) Certos paớses vivem em conflito e) No momento nóo temos esse produto, mas vamos recebờ-lo 11) Alternativa: D 12) Alternativa: B 13) a) O principal propúsito da passagem transcrita ộ definir o significado histúrico de Revoluỗóo b) Revoluỗóo significa mudanỗa de classe no poder, atravộs de violờncia Assim como foi a queda da aristocracia e conseqỹente ascensóo da burguesia, na Revoluỗóo Francesa, e a vitúria proletariado na Rỳssia 14) a) Hỏ mais que trờs Sóo elas: Tudo ele contou pro homem e eu fiquei pra vos contar a histúria Por isso que vim aqui Me acocorei em riba destas folhas botei a boca no mundo b) Pro ộ uma contraỗóo de para + o, mas ainda nóo dicionarizada "Pra" ộ uma forma reduzida de para, tambộm ainda nóo dicionarizada O que da expressóo Por isso que vim aqui ộ expletivo, traỗo marcante da coloquialidade Segundo a Gramỏtica tradicional, nóo se inicia uma oraỗóo com pronome pessoal oblớquo ỏtono, tal como ocorreu em Me acocorei A expressóo em riba de ộ marcadamente coloquial A expressóo botei a boca no mundo" tambộm ộ marcadamente coloquial Transformando-as em "fala pura", terớamos: Tudo ele contou para o homem e eu fiquei para vos contar a histúria Por isso vim aqui Acocorei-me sobre estas folhas alardeei para todos 29 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br Alternativas Corretas: 01, 02 e 32 15) Alternativa: D 31) Resposta: 20 16) a) Se eu nóo estivesse atento e nóo tivesse olhado o rútulo, o paciente teria morrido b) Ambientalistas defendem a econologia, combinaỗóo de princớpios da economia, sociologia e ecologia, como maneira de viabilizar formas alternativas de desenvolvimento Obs: Hỏ outras ordens possớveis, tal como: Como maneira de viabilizar formas alternativas de desenvolvimento, ambientalistas defendem a econologia, combinaỗóo de princớpios da economia, sociologia e ecologia 32) a) Quanto eficiờncia, ele ộ útimo b) Este funcionỏrio nóo ộ adequado ao perfil da empresa c) Durante a entrevista, ele afirmou que a questóo salarial seria adiada d) Na prúxima semana, enviaremos nosso programa de atividades a todos os associados 33) Alternativa: A 34) Alternativa: D 35) Alternativa: A 17) a) a cada dia mais raros como tambộm ou e tambộm ou mas tambộm (penam) na hora de trocar b) O paralelismo ộ estabelecido a partir da relaỗóo coordenativa de adiỗóo: nóo sú mas tambộm 18) Alternativa: A 19) Alternativa: A 20) O fato de o menino dispensar a oferta de mais um doce, oferecido pela narradora 21) Alternativa: B 22) Alternativa: B 23) Alternativa: C 24) Alternativa: A 25) Alternativa: E 26) a) Porque nóo usa formas verbais menos comuns, como o mais-que-perfeito Hỏ vỏrias possibilidades para o autor ter utilizado essa forma, mas, principalmente, o fato de ambas as formas serem equivalentes semanticamente e a forma composta ser mais comum e, portanto, de mais fỏcil entendimento, o que aproximaria o autor de seu pỳblico b) O verbo aspirar, no contexto, significa desejar, querer, pretender, almejar 27) Alternativa: B 28) Alternativa: D 29) Alternativa: E 30) Resposta: 35 36) a) O candidato tanto pode responder sim quanto nóo, desde que justifique adequadamente A referờncia a Paranỏ, estabelecida pelo que, nóo se altera com a troca pela vớrgula O que muda ộ a ờnfase sobre a relaỗóo entre as duas frases e, conseqỹentemente, o ritmo, a entonaỗóo Ocorrem, portanto, mudanỗas prosúdicas A vớrgula imprime continuidade entre as duas frases, ressaltando o sentido de causa e conseqỹờncia entre largou o verbo e respondeu altura, com menor ờnfase sobre cada uma das aỗừes afirmadas O ponto final imprime maior independờncia entre essas aỗừes, e tambộm entre as personagens b) Esse trecho da resposta de Paranỏ chama a atenỗóo para a sintaxe da lớngua pelo uso de le, nóo esperado segundo a norma gramatical padróo A resposta de Paranỏ, pela presenỗa pronome oblớquo, traz uma tentativa de estruturaỗóo formal, que fica em dessintonia com a substituiỗóo de lhe por lờ e por sua colocaỗóo na frase c) Esbravejou, gritou, trovejou (entre outras) As substituiỗừes que se aproximarem mais sentido de tonitruou seróo mais valorizadas, mas todas as substituiỗừes possớveis seróo consideradas Esta questóo chama a atenỗóo para a importõncia de reflexừes sobre a pontuaỗóo, a prosúdia, a sintaxe e a sinonớmia nos processos de leitura e escrita No item a), hỏ uma articulaỗóo entre a pontuaỗóo e a prosúdia Seria interessante que o candidato reconhecesse a importõncia da prosúdia para a interpretaỗóo Contudo, como jỏ afirmado, nóo se penalizarỏ aquele candidato cuja resposta venha pautada por uma perspectiva mais referencial No item b), espera-se que candidato reflita sobre a norma padróo da lớngua, e que, ao mesmo tempo, considere a sintaxe como parte integrante processo de leitura O item c) incide sobre a possibilidade de o candidato compreender o sentido de uma palavra mesmo que nunca a tenha encontrado anteriormente As relaỗừes sinonớmicas nóo se restringem troca de uma palavra por outra, o que significa que essa questóo nóo ộ de vocabulỏrio, mas de leitura 30 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br Fonte: Banca examinadora da Unicamp 37) Resposta pessoal aluno 38) a) Graciliano Ramos quer dizer que Guimaróes Rosa nóo era uma pessoa mesquinha e nóo guardaria ressentimentos diante das crớticas b) - Mais depressa, ộ para esmoer?! Nota-se como o r nóo foi cortado (esmoờ seria o recurso ingờnuo) 39) Alternativa: B 40) Alternativa: D 41) A ambigỹidade foi produzida pelo pronome dele, presente na expressóo " casa dele" que tanto pode referir-se casa de Carlos quanto de Joóo: assim, ficamos sem saber casa de quem o sujeito foi Para evitar essa duplicidade de sentido, poderớamos redigir a frase de duas formas diferentes: a) Carlos foi casa dele com Joóo b) Carlos foi casa de Joóo com ele Apresentaỗóo dos sentimentos e estados cientista: me causou arrepios, uma terrớvel dor de dentes b) O uso da voz passiva sintộtica, em que o agente ộ indeterminado 47) Alternativa: C 48) a) O verso Eh, carvoero!, repetido trờs vezes ao longo poema, substitui o registro culto (carvoeiro) pela variante coloquial, reproduzida por aproximaỗóo sonora, que elide a vogal i O prúprio poema fornece a prova da aproximaỗóo, ao apresentar, no primeiro verso, a forma culta carvoeiros b) Embora o poema pertenỗa a uma fase de transiỗóo para a estộtica desencadeada pela Semana de 1922, seu autor, Manuel Bandeira, tornou-se uma das principais personalidades da nova escola Explorando a variante popular da linguagem, o texto incorpora alguns traỗos caracterớsticos Modernismo: a focalizaỗóo de personagens populares, em tarefas corriqueiras cotidiano (neste caso, os meninos carvoeiros); a preocupaỗóo social (presente na referờncia Pequenina, ingờnua misộria! das crianỗas) e a liberdade formal (patente na adoỗóo de versos livres e brancos) 49) Alternativa: D 42) Alternativa: A 43) Alternativa: D 44) A lớngua escrita ộ bastante diferente da lớngua falada, como bem mostra o texto de Jụ Soares A lớngua escrita nóo ộ uma mera transcriỗóo fonộtica da fala, uma vez que em sua composiỗóo contribuem tambộm fatores etimolúgicos Se a lớngua escrita fosse igual falada, nóo seria possớvel a unidade da lớngua portuguesa, uma vez que existem inỳmeros modos de pronỳncia nas vỏrias regiừes paớs, ou atộ mesmo dentro de uma mesma regióo 45) a) - dar bola: prestar atenỗóo, ter interesse por - campos: assuntos, matộrias b) Boleiros sob medida permite, de acordo com o texto, as seguintes interpretaỗừes: - Atletas que se encaixam perfeitamente em uma posiỗóo - Atletas que sóo submetidos a avaliaỗừes constantes 46) a) De forma: Uso da primeira pessoa: me, fui, pendurei, meus De conteỳdo: Digressóo: onde, por sinal,pendurei uma tela de Bruegel, um dos meus favoritos Subjetividade e emotividade: dia cinzento e triste, um dos meus favoritos 50) a) O radical -logia (-tologia) usualmente identifica campos de conhecimento (como em geologia, ecologia), mas embromar nóo ộ um desses campos de conhecimento b) Achỏvamos nojento o cheiro de bicho, de bosta e de mijo, mas a ecologia nos fez achar isso genial c) e estava escrito que ộ pausterizado, ou pasteurizado, sei lỏ, tem vitamina 51) Alternativa: A PERCENTUAIS DE RESPOSTA NO EXAME A B C D E 34 16 16 19 15 O efeito de parúdia, explorado como recurso estilớstico pelo autor desse poema, apresenta-se na utilizaỗóo de expressừes retomadas ora da carta de Pero Vaz de Caminha ora da linguagem coloquial corrente de ộpoca, gerando um efeito de humor crớtico Uma condiỗóo essencial para compreender o problema proposto nessa questóo - identificar os arcaớsmos e os coloquialismos existentes no poema - ộ conhecer o contexto de produỗóo texto e sua relaỗóo intratextual Se o participante desconhece ou nóo considera o contexto histúrico poema, a identificaỗóo serỏ parcial, jỏ que o enunciado indica como pressuposto a criaỗóo de um efeito de contraste na utilizaỗóo das expressừes Possivelmente a 31 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br utilizaỗóo de contraste como critộrio de interpretaỗóo justifica os percentuais de escolhas dos distratores Uma outra possớvel explicaỗóo para esses percentuais deve-se ao fato de os participantes terem considerado apenas os termos arcaớsmo e coloquialismo e, nóo tendo elementos para analisỏ-los, provavelmente deslocaram o texto contexto e apoiaram-se em outros elementos para resolver a questóo Fonte: relatúrio pedagúgico ENEM 2001 52) Alternativa: A 53) Alternativa: A 54) a) Sim, porque o campo semõntico das metỏforas (estribo, rộdeas, algibeira) ộ compatớvel com o interlocutor, o fazendeiro Matraga b) Hỏ mais de uma Sóo elas: nóo tira o estribo pộ de arrependido nenhum o Reino Cộu, que ộ o que mais vale, ninguộm tira de sua algibeira 55) Alternativa: A 56) Alternativa: A 57) Alternativa: D 58) Alternativa: A 59) a) No verso e no idioma pedra se fala doloroso ocorrem duas derivaỗừes imprúprias: o substantivo pedra foi empregado com valor adjetivo; o adjetivo doloroso foi utilizado como advộrbio b) Nesse verso, a palavra todo pode se relacionar tanto a tempo quanto a trabalho Possibilitam-se, assim, duas leituras para o verso: num caso, esse trabalho toma o tempo todo; noutro, todo esse trabalho toma tempo americanos encontraram uma soluỗóo bastante simples, mas nunca antes imaginada 62) a) O discurso falado tem como caracterớsticas principais a presenỗa de interlocutores e um ỳnico espaỗo e tempo Como marcas dessas caracterớsticas, temos a primeira pessoa plural, nús, que marca tanto o emissor quanto o interlocutor e a seqỹờncia de perguntas, com o efeito de introduzir o interlocutor de alguma forma no diỏlogo Os pronomes esta e aquela, cujos referenciais sú podem ser obtidos no momento da fala, tambộm sóo indớcios fortes discurso oral b) Dinamicidade O perớodo ộ marcado pela coordenaỗóo, que cria um efeito dinõmico, de sucessóo de aỗừes 63) a) Orientaỗóo para o uso deste medicamento Antes de usar este medicamento, verifique se no (tambộm ộ aceitỏvel do) rútulo constam as seguintes informaỗừes: seu nome, o nome de seu mộdico, as datas de manipulaỗóo e de validade, e a fúrmula medicamento solicitado b) O pronome seu faz referờncia pessoa que comprou o medicamento Essa conclusóo ộ possớvel porque o pronome seu aparece, com o mesmo referente, na expressóo seu mộdico e como nóo faz sentido que o remộdio tenha um mộdico, o pronome seu sú pode estar referindo-se ao leitor 64) a) acentuaỗóo: Prộmio (duas vezes); grafia: facto, actual b) As construỗừes tớpicas portuguờs europeu sóo beneficiava, a assinar, a pedir; os equivalentes brasileiros sóo beneficiaria, assinando, pedindo c) o critộrio actual ộ o dos mais traduzidos 65) Alternativa: A 66) Alternativa: C 67) Alternativa: A 68) Alternativa: B 60) a) "Aớ", "deita e rola", "estỏ por cima da carne-seca", "seria um inferno", "entrar em parafuso" b) "Aớ" = dessa forma, assim, entóo "deita e rola" = faz o que quer "estỏ por cima da carne-seca" = estỏ em situaỗóo privilegiada "seria um inferno" = seria traumỏtico, difớcil "entrar em parafuso" = perder o controle 61) Hỏ inỳmeras possibilidades Uma delas ộ: A ciờncia procura expedientes engenhosos para combater o cõncer, mas desta vez parece que pesquisadores 69) Alternativa: B 70) a) o - r final: desaparece, independentemente da vogal que o precede ou da classe a que pertence a palavra: contỏ por contar (verso 2) derrubỏ por derrubar (verso 13) sinhụ por senhor (verso 1) cobertụ por cobertor (verso 25) esquecờ por esquecer (verso 27) o - lh medial das palavras: ộ substituớdo pela vogal i (que passa a formar ditongo com a vogal anterior: vộia por velha (verso 5) paia por palha (verso 26) 32 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br b) No padróo culto, as formas seriam: podemos, arranjamos e pegamos Comparando-as com as formas usadas, fica evidente que o processo de conjugaỗóo no padróo usado no poema elimina as desinờncias -mos, conjugando os verbos como se estivessem na terceira pessoa singular 82) Alternativa: A 83) Alternativa: A 84) Alternativa: D 85) Alternativa: B 71) Alternativa: D 86) Alternativa: C 72) Alternativa: C 87) Alternativa: B 73) a) A sensaỗóo de prazer diante sofrimento alheio: em Suave Mari Magno, sóo os pedestres que tờm prazer de ver o cóo que ia morrer; em Seqỹờncia, sóo as pessoas que gostam de presenciar a / crianỗa indefesa / espernear numa coỗa de chineladas b) Em Seqỹờncia, podem-se citar as palavras Ome, pra, ocờ, fruita, bem como a prúclise em me sujando e a enumeraỗóo no final segundo verso, com o pronome reto na posiỗóo de objeto direto (minha móe, eu) 74) Alternativa: C 75) 01 02 04 F V V TOTAL = 22 08 F 16 V 76) 01 02 04 08 16 V V V V V TOTAL = 31 77) 01 02 04 08 16 V F V V V TOTAL = 29 78) a) numa boa b) Enviados a um computador, esses sinais permitiram a ele controlar um cursor em uma tela, abrir e-mails, jogar videogame e comandar um braỗo robútico c) Embora tenhamos inventado a maravilha automúvel, aumentamos o tempo perdido para ir de casa ao trabalho 79) Alternativa: C 80) Alternativa: A 81) Alternativa: B 33 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br [...]... serỏ que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? - Tem, meu filho Deus mede a espora pela rộdea, e nóo tira o estribo do pộ de arrependido nenhum ( ) Sua vida foi entortada no verde, mas nóo fique triste, de modo nenhum, porque a tristeza ộ aboio de chamar demụnio, e o Reino do Cộu, que ộ o que vale, ninguộm tira de sua algibeira, desde que vocờ... regióo de onde viemos, o nosso ponto de vista, a nossa escolaridade, a nossa intenỗóo Nesse sentido, a linguagem tambộm ộ um ớndice de poder Assim, na rede das linguagens de uma dada sociedade, a lớngua padróo ocupa um espaỗo privilegiado: ela ộ o conjunto de formas consideradas como o modo correto, socialmente aceitỏvel, de falar ou escrever FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristúvóo Prỏtica de texto:... regióo de onde viemos, o nosso ponto de vista, a nossa escolaridade, a nossa intenỗóo Nesse sentido, a linguagem tambộm ộ um ớndice de poder Assim, na rede das linguagens de uma dada sociedade, a lớngua padróo ocupa um espaỗo privilegiado: ela ộ o conjunto de formas consideradas como o modo correto, socialmente aceitỏvel, de falar ou escrever FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristúvóo Prỏtica de texto:... regióo de onde viemos, o nosso ponto de vista, a nossa escolaridade, a nossa intenỗóo Nesse sentido, a linguagem tambộm ộ um ớndice de poder Assim, na rede das linguagens de uma dada sociedade, a lớngua padróo ocupa um espaỗo privilegiado: ela ộ o conjunto de formas consideradas como o modo correto, socialmente aceitỏvel, de falar ou escrever FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristúvóo Prỏtica de texto:... significado de adorno empolado ou pomposo de um discurso (cf 23 | Projeto Medicina www.projetomedicina.com.br Aurộlio) pode ser observado na fala de diversos personagens de Dias Gomes, com exceỗóo de Odorico Paraguaỗu 04 a fala de Odorico Paraguaỗu apresenta, em grande escala, o uso de neologismos, que sóo possớveis, considerando o processo de derivaỗóo lingỹớstica, como nos exemplos: descompetente e desinaugurado,... pỏra me deixou numa espộcie de felicidade pensativa Tento explicar por quờ Cazuza mordeu a vida com todos os dentes A doenỗa e a morte parecem ter-se vingado de sua paixóo exagerada de viver ẫ impossớvel sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale mais, a preservaỗóo de nossas forỗas, que garantiria uma vida mais longa, ou a livre procura da mỏxima intensidade e variedade de experiờncias?... lớngua portuguesa deve ser protegida contra deturpaỗừes de uso b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e socioculturais da lớngua c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordõncia verbal e nominal pelo falante brasileiro d) revela-se preconceituoso em relaỗóo a certos registros lingỹớsticos ao propor medidas que os controlem e) defende o... conteỳdo que vóo contra a idộia de que o cientista nóo deve falar b) O autor exemplifica com uma seqỹờncia de verbos a idộia de que o estilo deve ser impessoal Que estratộgia de construỗóo ộ usada para transmitir o ideal de impessoalizaỗóo? 47) (Fuvest-2002) MACUMBA DE PAI ZUSẫ Na macumba do Encantado Nego vộio pai de santo fez mandinga No palacete de Botafogo Sangue de branca virou ỏgua Foram vờ estava... chegado Mas si de tal desprezớvel lớngua se utilizam na conversaỗóo os naturais desta terra, logo que tomam da pena, se despojam de tanta asperidade, e surge o Homem Latino, de Lineu, exprimindo-se numa outra linguagem, mui prúxima da vergiliana, no dizer dum panegirista, meigo idioma, que, com imperecớvel galhardia, se intitula: lớngua de Camừes! De tal originalidade e riqueza vos hỏ -de ser grato ter... converte, correta e respectivamente, a frase do registro coloquial da linguagem, extraớda do Texto I, em seu correspondente na modalidade culta a) Pois deixai ela virar / Pois deixa-a virar b) Ele deitara de bruỗos na ỏgua / Ele tinha deitado de bruỗos na ỏgua c) Depois dela passar / Depois de ela passar d) ele enrolou-se nela talqualmente um apuizeiro carinhoso / ele enrolou-se nela mesmo sendo um apuizeiro ... correspondente na modalidade culta a) Pois deixai ela virar / Pois deixa-a virar b) Ele deitara de bruỗos na ỏgua / Ele tinha deitado de bruỗos na ỏgua c) Depois dela passar / Depois de ela passar... verde, mas nóo fique triste, de modo nenhum, porque a tristeza ộ aboio de chamar demụnio, e o Reino Cộu, que ộ o que vale, ninguộm tira de sua algibeira, desde que vocờ esteja com a graỗa de Deus,... Sú ruindade e mais ruindade, de em-desde o redemunho da testa atộ na volta da pỏ! Este eu nóo vou perder de olho, que ele ộ boi espirrador Apuram o passo, por entre campinas ricas, onde pastam

Ngày đăng: 24/04/2016, 00:09

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