modelo gen rico de gest o da informa o cient fica para institui es de pesquisa na perspectiva da comunica o cient fica e do acesso aberto

32 1 0
modelo gen rico de gest o da informa o cient fica para institui es de pesquisa na perspectiva da comunica o cient fica e do acesso aberto

Đang tải... (xem toàn văn)

Tài liệu hạn chế xem trước, để xem đầy đủ mời bạn chọn Tải xuống

Thông tin tài liệu

Modelo genộrico de gestóo da informaỗóo cientớca para instituiỗừes de pesquisa na perspectiva da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto Fernando César Lima Leite Sely Maria de Souza Costa * Artículo recibido: 26 de agosto de 2014 Artículo aceptado: 14 de mayo de 2015 Resumo Este artigo relata resultados de pesquisa que teve como objetivo geral propor modelo genérico de gestóo da informaỗóo cientớca para instituiỗừes de pesquisa, tendo por base os fundamentos da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto Trata-se de uma pesquisa de natureza teórica e exploratória Do ponto de vista metodológico, é um estudo de abordagem mista que adotou a estratộgia de triangulaỗóo concomitante Os dados foram coletados por meio da aplicaỗóo de questionỏrios, realizaỗóo de entrevistas e lista de vericaỗóo e, em seguida, submetidos anỏlise estatística e de texto Além da coleta e análise de dados empớricos, realizou-se anỏlise de modelos de comunicaỗóo * Ambos autores pertenecen a la Universidade de Brasília, Brasil (fernandodfc@ gmail.com); (selmar@unb.br) INVESTIGACIÓN BIBLIOTECOLÓGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X pp 43-73 43 INVESTIGACIÓN BIBLIOTECOLÓGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 científica e de gestóo da informaỗóo identicados na literatura O universo da pesquisa foi constituído dos pesquisadores vinculados às unidades de pesquisa Ministộrio da Ciờncia, Tecnologia e Inovaỗóo e a base amostral, definida a partir de amostragem não probalística intencional, foram os pesquisadores Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e Museu de Astronomia e Ciências Afins Como principal resultado da investigaỗóo apresenta-se modelo genộrico de gestóo da informaỗóo cientớca para institutos de pesquisa, tendo por base a comunicaỗóo cientớca e o acesso aberto, em sua versão gráfica e textual No modelo, uxos de entrada e saớda de informaỗóo sóo sistematizados por processos de gestóo da informaỗóo cientớca que estóo envolvidos pela perspectiva da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto Sua estrutura, além de embutir conceitos essenciais, considera o ambiente instituto de pesquisa como um sistema aberto onde ocorre o uxo da informaỗóo cientớca O modelo proposto ộ constituớdo tambộm por elementos flexíveis que representam especificidades institucionais e disciplinares, e que variam em funỗóo dos contextos dos institutos de pesquisa Alộm disso, todo o conjunto de elementos e relaỗừes entre eles estóo sob inuờncia constante de forỗas provenientes da comunidade cientớca em uma perspectiva ampla Palabras-chave: Comunicaỗóo Cientớca; Acesso Aberto; Gestóo da Informaỗóo; Informaỗóo Cientớca; Comunicaỗóo na Ciờncia Abstract A generic model of scientific information management for research institutes based on principles of scientific communication and open access Fernando César Lima-Leite and Sely Maria de SouzaCosta 44 This paper presents theoretical and exploratory research whose aim is to propose a generic model of scientific information management for research institutes based on principles of scientific communication and open access The mixed methodological approach adopts the concurrent triangulation strategy Data collected using questionnaires, interviews and checklists MODELO GENÉRICO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO CIENTÍFICA were subjected to statistical and text analyses In addition to collecting and analyzing empirical data, the study also presents an examination of the literature on communications and information management models The object of study consisted of scientists associated with the Ministry of Science, Technology and Innovation; and the sample was acquired using intentional, non-probabilistic sampling of researchers of the Brazilian Centre for Physics Research and the Museum of Astronomy and Related Sciences The study concludes with a generic model of scientific information management for research institutes built on the basis of scientific communication and open access to texts and graphical elements In the model, the information input and output flows are systemized through scientific information management processes Beyond imbedding keys, the structure approaches the research institute domain as an open system in which scientific information flows The model proposed also offers flexible elements representing institutional and disciplinary particularities that vary depending on the context of each research institute This set of elements and their interrelationships are, broadly speaking, under the constant influence of forces arising from the scientific community Keywords: Scientific Communication; Open Access; Information Management; Scholarly Information; Scientic Information; Communication in Science Introduỗóo D iante das realidades da informaỗóo digital em rede, da mutaỗóo modo de produỗóo conhecimento e suas demandas diferenciadas de acesso, uso e disseminaỗóo da informaỗóo no ambiente cientớco, da necessidade de reestruturaỗóo sistema de comunicaỗóo cientớca e subversóo de sua lúgica, instituiỗừes cientớcas estóo imersas em um cenỏrio de incerteza cujo ambiente informacional requer transformaỗừes concretas Mais que nunca, ộ necessỏrio que as instituiỗừes sistematizem processos que otimizem o ciclo da informaỗóo que alimenta e que resulta das atividades de pesquisa As prỏticas e metodologias de gestóo da informaỗóo científica pautadas na 45 INVESTIGACIĨN BIBLIOTECOLĨGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 46 estrutura modelo tradicional de comunicaỗóo da ciờncia jỏ nóo sóo sucientes para atender a estas expectativas A implementaỗóo de processos sistemỏticos de gestóo da informaỗóo cientớca norteados pelas demandas novo ambiente informacional, promovem e otimizam uxos de informaỗóo que sóo suportados pelo sistema de comunicaỗóo cientớca, de maneira que suas funỗừes sejam potencializadas e ampliadas A gestóo da informaỗóo cientớca deve, portanto, considerar a nova perspectiva informacional e comunicacional sistema cientớco A comunicaỗóo da informaỗóo cientớca ộ um processo complexo que envolve e está presente ao longo de toda a cadeia de produỗóo conhecimento, ou seja, desde o momento em que pesquisadores formulam o problema de pesquisa até o momento uso novo conhecimento produzido por parte de outros pesquisadores Assim, quanto mais apropriados ao contexto forem os processos de gestóo da informaỗóo cientớca, mais coerentes e uidos seróo o processos de comunicaỗóo cientớca Desse modo, processos de gestóo da informaỗóo cientớca devem corresponder s expectativas e comportamentos dos atores envolvidos e, ao mesmo tempo, serem compatíveis com a natureza da informaỗóo e conhecimento cientớco e de sua produỗóo e, naturalmente, com as forỗas e propriedades que governam e influenciam o seu fluxo Desta feita, toda e qualquer inuờncia sofrida pelo sistema de comunicaỗóo cientớca deve ser reetida nas prỏticas de gestóo da informaỗóo cientớca Desde o surgimento da Internet, o maior evento que transformou, e não apenas modernizou, as bases sobre as quais o sistema de comunicaỗóo cientớca se estruturou foi a emergờncia de um movimento mundialmente conhecido como Acesso Aberto Informaỗóo Cientớca Na realidade, o acesso aberto constitui uma reaỗóo da comunidade cientớca lúgica sistema de comunicaỗóo tradicional de comunicaỗóo da ciờncia, especialmente ao sistema de publicaỗừes Seus pressupostos e estratộgias compatibilizam esforỗos que contribuem para reestruturar/reformar o sistema de comunicaỗóo científica de modo que sejam removidas as barreiras presentes no uxo da informaỗóo cientớca, como aquelas relacionadas com tecnologias, custos e direitos autorais A principal intenỗóo ộ fazer com que resultados de pesquisa científica estejam pública e permanentemente acessíveis e sem custo a quem possa interessar Aliado a isso, por ser constituớdo tambộm de processos de comunicaỗóo cientớca mais exớveis, o modelo permite maior vazão a demandas das novas de formas de produỗóo, compartilhamento e uso conhecimento cientớco A abordagem acesso aberto tem se instituído gradativamente como modelo alternativo de comunicaỗóo da ciờncia Por promoverem as condi- MODELO GENẫRICO DE GESTO DA INFORMAầO CIENTFICA ỗừes que favorecem um maior controle institucional da informaỗóo cientớca, as estratộgias acesso aberto, como uma expressão emergente de um novo cenário da comunicaỗóo cientớca, torna-se aspecto fundamental a ser considerado em iniciativas de gestóo da informaỗóo cientớca em nớvel individual, institucional, nacional e internacional Os resultados aqui relatados têm origem em pesquisa que teve como objetivo geral propor modelo genérico de gestóo da informaỗóo cientớca para instituiỗừes de pesquisa, tendo por base os fundamentos da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto O modelo genộrico foi proposto a partir da i) identicaỗóo e descriỗóo de modelos de gestóo da informaỗóo e de comunicaỗóo cientớca, incluindo seus elementos e processos, da ii) identicaỗóo da percepỗóo de pesquisadores, caracterớsticas das atividades de produỗóo conhecimento científico e iii) mapeamento das atividades de busca, acesso e uso da informaỗóo, assim como hỏbitos de comunicaỗóo cientớca de pesquisadores de institutos de pesquisa Relaỗừes entre gestóo da informaỗóo cientớca, comunicaỗóo cientớca e acesso aberto: uma perspectiva conceitual Tendo em vista o objetivo geral da pesquisa, que foi propor modelo genộrico de gestóo da informaỗóo cientớca para instituiỗừes de pesquisa tendo por base os fundamentos da comunicaỗóo científica e acesso aberto, foi realizada uma análise da literatura A fundamentaỗóo teúrica construớda a partir da literatura permitiu explicitar as relaỗừes conceituais entre gestóo da informaỗóo cientớca, comunicaỗóo cientớca e acesso aberto Tais relaỗừes sóo apresentados a seguir como plataforma teórica sobre a qual o desenvolveu o estudo A primeira parte da construỗóo teúrica formulada evidencia as relaỗừes mais amplas existentes entre gestóo da informaỗóo cientớca, comunicaỗóo cientớca e acesso aberto Nesse sentido, a partir de diferentes perspectivas acerca entendimento que constitui a gestóo da informaỗóo (Choo, 1998; Davenport, 1998; Detlor, 2009; Fairer-Wessels, 1997; Jaeger et al., 2005; Middleton, 2002; White, 1985; Wilson, 2002) a gestão da informaỗóo cientớca foi denida como o conjunto de polớticas e processos que sistematizam a identicaỗóo de necessidades, coleta/aquisiỗóo, organizaỗóo, armazenamento e preservaỗóo, recuperaỗóo, disseminaỗóo e uso da informaỗóo cientớca no contexto das instituiỗừes que a produzem Levando em consideraỗóo os nớveis de gestóo da informaỗóo propostos por Rowley (1998) - sobretudo aquele que define os contextos informacionais, assim como o funcionamento sistema de comunicaỗóo cientớca e de seus processos (Hills, 1983; Hurd, 1996, 2000, 2004; Shearer e Birdsall, 2002) foi possível definir a finali- 47 INVESTIGACIĨN BIBLIOTECOLĨGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 48 dade da gestóo da informaỗóo cientớca no õmbito de instituiỗừes de pesquisa Tal nalidade diz respeito a promoỗóo de condiỗừes para que a informaỗóo que alimenta e que resulta das atividades de pesquisa esteja disponível e acessível para que pesquisadores, dentro ou fora da instituiỗóo, gerem novos conhecimentos e, consequentemente, contribuam para o avanỗo da ciờncia Das consideraỗừes feitas resultou o entendimento de que para que a gestão da informaỗóo cientớca ocorra de modo apropriado, ộ necessỏrio que seja levada em consideraỗóo uma sộrie de peculiaridades ambiente que envolve as comunidades científicas, sobretudo, aquelas que impactam, em qualquer medida, o uxo da informaỗóo cientớca Ou seja, as forỗas que inuenciam o sistema de comunicaỗóo cientớca (Borgman, 2007), por impactarem o uxo da informaỗóo, inuenciam, mesmo modo, os processos de gestóo da informaỗóo (Choo, 1998; Davenport, 1998) nesse ambiente Por outro lado, tendo em vista a ideia da inseparabilidade da comunicaỗóo cientớca das atividades a que serve, ressaltado por Goffman e Warren (1980) e Meadows (1999), a comunicaỗóo científica pode ser definida como um complexo sistema que viabiliza os uxos da informaỗóo cientớca entre pesquisadores, de modo que estes possam, em uma dinâmica cíclica, acessar, usar, gerar e disseminar informaỗóo durante a realizaỗóo de suas atividades como pesquisadores A partir de dessa deniỗóo, considera-se que a comunicaỗóo cientớca e a gestóo da informaỗóo cientớca estóo inexorỏvel e funcionalmente unidas A primeira promove/gera os uxos de informaỗóo enquanto que a segunda os sistematiza Na relaỗóo entre comunicaỗóo cientớca e gestóo da informaỗóo cientớca destaca-se a perspectiva da interdependờncia e complementaridade De um lado a gestóo da informaỗóo cientớca que pressupõe, além entendimento ambiente em que os principais atores da comunidade científica estão inseridos (Birdsall, 2005; Mikhailov et al., 1984; Shearer e Birdsall, 2002), o envolvimento com processos e estruturas de comunicaỗóo cientớca Estes, por sua vez, promovem, com a legitimidade conferida pela comunidade científica, o fluxo da informaỗóo na ciờncia Do outro lado, o prúpria comunicaỗóo cientớca, que, per se, não dispõe de estratégias, mecanismos e procedimentos necessỏrios para lidar com a sistematizaỗóo requerida pelo volume crescente de informaỗóo cientớca, especialmente em ambiente digital, de modo que suas funỗừes sejam efetivamente alcanỗadas Nenhuma das abordagens ộ capaz de lidar, isoladamente, com questões estruturais emergentes que dizem respeito ao acesso e disseminaỗóo da informaỗóo cientớca Essas questừes surgem exatamente de deciờncias ou limitaỗừes existentes tanto da gestóo da informaỗóo cientớca quanto na comunicaỗóo cientớca, elencadas no Quadro MODELO GENẫRICO DE GESTO DA INFORMAầO CIENTFICA Limitaỗừes para promoỗóo acesso e disseminaỗóo da informaỗóo cientớca Comunicaỗóo científica Demandas relacionadas com o aumento da visibilidade e impacto dos resultados de pesquisa, provenientes da comunidade científica, em funỗóo das quais torna-se imperativo o deslocamento da ờnfase nos sub-processos organizaỗóo, armazenamento e preservaỗóo da informaỗóo para os sub-processos de disseminaỗóo e promoỗóo de seu uso Tais demandas foram identificadas em obras de pesquisadores como, por exemplo, Borgman (2007), Houghton, Steele e Henty (2003), Swan (2004, 2006) Swan e Brown (2004, 2005) Desenvolvimento de tecnologias, metodologias e mecanismos que correspondam s especicidades da informaỗóo cientớca, de seu uxo e seu contexto de geraỗóo e uso Volume crescente da informaỗóo cientớca e emergờncia digital como formato predominante para o acesso e disseminaỗóo da informaỗóo cientớca (Borgman, 2007) Diversicaỗóo de suporte para a veiculaỗóo da informaỗóo cientớca (Houghton, Steele e Henty, 2003) Gestóo da informaỗóo cientớca Restriỗừes de acesso e disseminaỗóo de resultados de pesquisa publicados em artigos de periódicos científicos, impostas pelo modelo de direito de cópia, o qual preconiza que o autor ceda direitos patrimoniais exclusivos aos editores Isso conduz ao monopólio sistema por editores científicos comerciais que impõem custos exorbitantes às assinaturas de periódicos ao ponto que nem mesmo instituiỗừes de paớses ricos sóo capazes viabilizar a manutenỗóo de suas coleỗừes (Brody et al., 2004; Costa, 2006; Declaraỗóo de Berlin, 2003; Jacobs, 2006; Suber, 2007; Willinsky, 2006) Mudanỗas nas atividades de produỗóo conhecimento cientớco, decorrentes, sobretudo, uso crescente de tecnologias de informaỗóo e comunicaỗóo Tais mudanỗas, alộm de interferir nas maneiras como a pesquisa cientớca ộ conduzida, requerem transformaỗừes nos modos como seus resultados são gerenciados e comunicados (Houghton, Steele e Henty, 2003) Aumento crescente das atividades científicas, e, consequentemente, volume de informaỗóo cientớca produzida e disseminada, principalmente em formato digital Necessidade de acesso amplo a uma variedade cada vez maior de recursos e fontes de informaỗóo de modo a subsidiar a produỗóo conhecimento cientớco e que, alộm disso, transcendam limites disciplinares e favoreỗam a interaỗóo entre ỏreas conhecimento (Houghton, Steele e Henty, 2003; Maron e Smith, 2008) Demanda de uso de tecnologias de informaỗóo e comunicaỗóo como suporte ao trabalho colaborativo entre pesquisadores e instituiỗừes (Borgman, 2007; Haridasan e Khan, 2009; Hine, 2006; Olson et al., 2008) Necessidade de armazenamento, preservaỗóo, acesso, disseminaỗóo e reutilizaỗóo de recursos informacionais nóo convencionais que, mesmo modo, resultam das atividades de pesquisas como, por exemplo, conjuntos de dados brutos de pesquisa, simulaỗừes, software, objetos multimídia e outros (Houghton, Steele e Henty, 2003) Os aspectos em destaque figuram entre os principais que se impõem como fatores limitantes para que ambas as abordagens - gestóo da informaỗóo cientớca e comunicaỗóo cientớca - a partir de processos, mecanismos e estratégias próprias, respondam satisfatoriamente às necessidades da comunidade científica Ou seja, nem uma nem outra prática, isoladamente, dispõe de ferramental suficiente para lidar com o cenário atual dos uxos de informaỗóo que alimentam e que resultam das atividades de pesquisa Entretanto, em razão dos entraves sistema de comunicaỗóo cientớca tradicional, como aqueles que zeram culminar a crise dos periúdicos, a prúpria comunidade cientớca empreendeu esforỗos em direỗóo remoỗóo de barreiras ao u- 49 INVESTIGACIểN BIBLIOTECOLÓGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 xo da informaỗóo cientớca, resultando no movimento mundial em favor acesso aberto (Odlyzko, 2006; Willinsky, 2006) O acesso aberto ộ responsỏvel pela reestruturaỗóo de processos de comunicaỗóo cientớca relacionados com a produỗóo, disseminaỗóo e uso conhecimento A despeito de suas motivaỗừes primỏrias estarem ligadas a tais aspectos, sua operacionalizaỗóo somente ộ viỏvel pelo fato de que suas aỗừes estarem pautadas por processos de gestóo da informaỗóo científica, conforme denotam características e estratégias apontadas por diversos autores (Brody et al., 2004; Costa, 2006; Declaraỗóo de Berlin, 2003; Jacobs, 2006; Suber, 2007; Willinsky, 2006) Considerando a vinculaỗóo funcional entre acesso aberto e gestóo da informaỗóo cientớca, assume-se que, para otimizar o uxo da informaỗóo cientớca, reformulando processos de comunicaỗóo cientớca, o acesso aberto recorre a processos sistematizados de gestóo da informaỗóo cientớca Desse modo, conforme representado na Figura 1, parte-se pressuposto que, na abordagem acesso aberto, a soluỗóo de problemas de comunicaỗóo cientớca passa, necessariamente, pelo gerenciamento apropriado da informaỗóo cientớca Esta, por sua vez, deve considerar aspectos prúprios da comunicaỗóo cientớca - como ộ o caso das estratộgias de acesso aberto, como esforỗo de melhoria dos processos de comunicaỗóo da informaỗóo no contexto cientớco Nesse sentido, como jỏ destacado, revela-se a relaỗóo de interdependờncia e complementaridade entre as duas abordagens, cuja intersecỗóo corresponde ao acesso aberto, conforme ilustrado na Figura Portanto, a análise da literatura proveniente das duas abordagens permitiu sugerir que o acesso aberto constitui a intersecỗóo existente entre a gestóo da informaỗóo cientớca e a comunicaỗóo cientớca Figura Relacionamento entre os túpicos gestóo da informaỗóo cientớca e comunicaỗóo cientớca e acesso aberto Fonte: Elaboraỗóo prúpria 50 MODELO GENẫRICO DE GESTO DA INFORMAầO CIENTFICA Figura Acesso aberto como a intersecỗóo entre gestóo da informaỗóo cientớca e comunicaỗóo cientớca Fonte: Elaboraỗóo própria Metodologia Trata-se de uma pesquisa de abordagem mista, ou seja, foi operacionalizada com base na combinaỗóo de mộtodos qualitativos e quantitativos para a coleta e análise dos dados Nesta perspectiva, adotou a estratộgia de triangulaỗóo concomitante, onde dados quantitativos e qualitativos foram coletados simultaneamente e, em seguida, integraỗóo e comparados lado a lado A pesquisa teve como sujeito pesquisadores vinculados aos institutos de pesquisa Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovaỗóo (MCTI) Estabeleceu-se como parõmetro para a escolha de duas instituiỗừes a aplicaỗóo dos critộrios produtividade cientớca e representaỗóo de diferentes divisões conhecimento Para o primeiro critério, adotou-se a quantidade de recursos de informaỗóo indexados na plataforma Web of Knowledge De acordo com a plataforma, entre os institutos de pesquisa vinculados ao MCTI, o Centro Brasileiro de Pesquisas Fớsicas (CBPF) encabeỗou a lista, e, portanto, foi selecionado para o estudo dentro critộrio produtividade Da aplicaỗóo primeiro critộrio para a deniỗóo da amostra, que resultou na escolha CBPF, foi possível aplicar o segundo critério, que foi a representaỗóo de diferentes divisừes conhecimento Por contemplar tanto disciplinas das ciências sociais quanto das humanidades, ponto de vista das prỏticas de produỗóo conhecimento, o MAST foi considerado o instituto de pesquisa que mais se diferencia CBPF Desse modo, a amostra foi constituída de todos os pesquisadores doutores das ambas as instituiỗừes O modelo genộrico de gestóo da informaỗóo cientớca fundamentado na perspectiva da comunicaỗóo cientớca e 51 INVESTIGACIÓN BIBLIOTECOLÓGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 acesso aberto, objetivo maior da pesquisa, foi construído com base nos dados coletados a partir de três estratégias distintas, resumidas na Figura Figura Procedimentos para a coleta de dados para a proposiỗóo modelo de GIC Fonte: Elaboraỗóo prúpria Os resultados apresentados a seguir dizem respeito ao modelo proposto resultante da pesquisa realizada Resultados da investigaỗóo a partir da qual o modelo foi derivado encontram em Leite (2011), onde é possível realizar uma leitura detalhada que permite verificar a origem de cada um dos seus elementos e das relaỗừes entre eles Modelo de gestóo da informaỗóo cientớca Locus: os institutos de pesquisa 52 O modelo proposto tem como locus os próprios institutos de pesquisa, vistos como um sistema aberto (espaỗo cor-de-rosa da representaỗóo grỏca) Os institutos de pesquisa interagem e intercambiam recursos com seu ambiente, dentre os quais estỏ a informaỗóo cientớca, um dos principais insumos e resultados de suas principais atividades: a produỗóo conhecimento cientớco INVESTIGACIểN BIBLIOTECOLểGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 60 por exemplo o Dublin Core, e o Protocolo para a Coleta de Metadados da Iniciativa de Arquivos Abertos (OAI-PMH) Nesse caso, muito embora o OAI-PMH não se refira a qualquer processo de representaỗóo da informaỗóo, sua presenỗa no processo de organizaỗóo ộ justicỏvel Infraestruturas desse tipo sóo capazes de permitir a exposiỗóo de metadados das coleỗừes de recursos de informaỗóo cientớca de modo a permitir sua coleta por outras instituiỗừes; t Preservaỗóo: embora o acesso aberto informaỗóo cientớca nóo tenha como principal objetivo a preservaỗóo da informaỗóo digital, mas sim a maximizaỗóo dos impactos de pesquisa por meio da maximizaỗóo seu acesso a uso, algumas de suas estratộgias necessariamente a promovem Repositúrios institucionais de acesso aberto informaỗóo científica, caso sejam bem planejados, além de terem como uma de suas linhas de atuaỗóo a preservaỗóo da produỗóo cientớca da instituiỗóo, criam condiỗừes fộrteis e objetivas para o desenvolvimento de programas de preservaỗóo digital baseadas em modelos internacionalmente recomendados (Crow, 2002; Lynch, 2003) Do mesmo modo, a adoỗóo de identicadores persistentes contribuem para a preservaỗóo acesso permanente aos recursos de informaỗóo; t Recuperaỗóo: a recuperaỗóo da informaỗóo ộ potencializada caso o sistema tenha por base mecanismos de acesso aberto e interoperáveis (Borgman, 2007; Crow, 2002; Hurd, 2004; Lagoze e Van de Sompel, 2001; Lynch, 2003) Tais mecanismos, além de possuớrem relaỗóo direta com o processo de organizaỗóo da informaỗóo, promovem melhores condiỗừes para que recursos de informaỗóo tornem-se mais encontráveis e recuperáveis por diversos sistemas distribuídos em todo o mundo Nesse sentido, a partir de uma única interface, ou mesmo poucas interfaces, usuários podem realizar buscas simultâneas em centenas de provedores de dados (instituiỗừes que alimentam e mantộm os ambientes de acesso aberto) mesmo desconhecendo autores ou as instituiỗừes que os mantộm A recuperaỗóo da informaỗóo na perspectiva acesso aberto beneficia ao mesmo tempo a descoberta facilitada de informaỗóo para pesquisadores dos institutos, ao tempo que torna sua produỗóo cientớca encontrỏvel e recuperỏvel em todo o mundo Este ponto tem a ver com o próximo processo; t disseminaỗóo: na perspectiva acesso aberto, sistemas de informaỗóo passam a atender a demandas dos pesquisadores por aumento da visibilidade de sua produỗóo cientớca e de si mesmos (Brody et al., 2004; Costa, 2006; Declaraỗóo de Berlin, 2003; Jacobs, 2006; Suber, 2007; Willinsky, 2006) Este aspecto talvez tenha sido um daqueles MODELO GENÉRICO DE GESTÃO DA INFORMÃO CIENTÍFICA que bibliotecas e centros de documentaỗóo mais mantinham distõncia durante muito tempo, pois se tratava de uma prerrogativa, sobretudo, de editores de publicaỗừes cientớcas A partir desenvolvimento de aỗừes acesso aberto, muitas dessas funỗừes foram alteradas (Crow, 2002) As instituiỗừes dos pesquisadores, por meio de seus serviỗos de informaỗóo, passaram a atuar sobre a construỗóo de gerenciamento de vias alternativas de comunicaỗóo cientớca, como aquelas representadas por repositúrios institucionais Esses serviỗos de informaỗóo passaram entóo a nóo apenas constituir e organizar acervos de informaỗóo, mas principalmente, como nunca antes, disseminỏ-los amplamente, graỗas ao modo como os processos de gestóo da informaỗóo cientớca anteriores disseminaỗóo foram estruturados Nessa forma de atuaỗóo ộ possớvel atender s demandas por promoỗóo da visibilidade dos resultados de pesquisa, pesquisador e da própria instituiỗóo Aspectos relacionados com esse processos foram analisados e discutidos na pesquisa realizada, mais especificamente na análise e discussão dos dados sobre hỏbitos de comunicaỗóo; t Uso: todos os processos anteriores visam, em ỳltima anỏlise, promover o uso da informaỗóo cientớca de modo que novos processos de geraỗóo de conhecimento sejam iniciados Este constitui um dos objetivos imediatos acesso aberto, que é aumentar o impacto dos resultados de pesquisa, leia-se, aumento das taxas de citaỗóo, por meio da maximizaỗóo seu acesso e uso (Harnad e Brody, 2004; Swan, 2010) Ou seja, na medida que os processos anteriores são potencializados pelo o acesso aberto, o uso também o é Nesse momento é importante frisar que os processos de coleta, organizaỗóo, preservaỗóo, recuperaỗóo e disseminaỗóo sóo conduzidos a partir da implementaỗóo de repositúrio institucional de acesso aberto informaỗóo cientớca (Crow, 2002, Costa, 2006; Suber, 2007) Por esta razão, na versóo grỏca modelo de gestóo da informaỗóo cientớca, tais processos estão destacados e em verde Esta é a mesma cor que representa o repositório institucional sinalizado, um círculo verde inserido no elemento acervo de informaỗóo cientớca institucional Desse modo, a informaỗóo cientớca que resulta das atividades de pesquisa no instituto de pesquisa ộ incorporada ao acervo de informaỗóo institucional, a partir de seu repositório E é a partir desse mesmo repositúrio institucional que os processos de gestóo da informaỗóo científica em destaque (verde) são realizados 61 INVESTIGACIĨN BIBLIOTECOLĨGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 62 Elementos flexíveis modelo Por outro lado, além da inuờncia direta da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto, o modelo de gestóo da informaỗóo cientớca tambộm prevờ a influência de um conjunto de elementos internos ao ambiente dos institutos de pesquisa Esses elementos constituem as partes flexíveis modelo, ou seja, aquelas que variam em razão dos ambientes institucionais e das diferenỗas disciplinares existentes entre as ỏreas conhecimento, conforme indicaỗóo dos resultados presentes na seỗóo de anỏlise e discussão É importante ressaltar que o modelo é genérico Por esta razão, prevê a influência de tais elementos, porém, nóo considera em sua constituiỗóo a explicitaỗóo de particularidades da infraestrutura da instituiỗóo nem tóo pouco as diferenỗas disciplinares relacionadas com necessidades, busca, acesso uso e hỏbitos de comunicaỗóo da informaỗóo Atộ entóo, todos os elementos descritos, assim como as relaỗừes entre eles, constituem partes presentes modelo genộrico, que tem nas partes flexíveis mais alguns de seus componentes Tais partes correspondem s representaỗừes circulares internas ao instituto na versóo gráfica modelo Cada um desses elementos e o modo como inuenciam a gestóo da informaỗóo cientớca sóo explorados a seguir: t Infraestrutura organizacional, tecnolúgica, polớtica e legal: essa forỗa de influência aglutina um conjunto de aspectos fundamentais para a gestóo da informaỗóo cientớca No quesito infraestrutura organizacional, presume-se a existờncia de departamento ou ỏrea especớca cujas funỗừes primordiais estejam relacionadas com atividades informacionais (Fairer-Wessels, 1997; Detlor, 2009; Søndergaard et al., 2003; UNISIST, 1971) Normalmente essas funỗừes estóo reunidas em torno de bibliotecas de pesquisa ou centros de documentaỗóo (Birdsall, 2005; Lancaster e Smith, 1978; Shearer e Birdsall, 2002) Decorrente disso, presume-se que a infraestrutura organizacional requer suporte financeiro e recursos humanos qualicados nóo apenas em relaỗóo s tộcnicas de gestóo da informaỗóo mas tambộm quanto ao funcionamento das comunidades cientớcas, da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto No quesito infraestrutura tecnológica, estão inseridos todos os aspectos inerentes provisão da malha tecnolúgica e de redes necessỏria implantaỗóo modelo de gestóo da informaỗóo cientớca (Choo, 1998; Detlor, 2009; Fairer-Wessels, 1997; Rowley, 1998) Isso requer o conhecimento técnico de software livres e padrões utilizados em iniciativas de acesso aberto bem como também é necessária a ciência MODELO GENÉRICO DE GESTÃO DA INFORMÃO CIENTÍFICA dos analistas quanto ao funcionamento das comunidades cientớcas, da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto (Borgman, 2007; Brody et al., 2004; Costa, 2006; Jacobs, 2006; Hurd, 2004; Lagoze e Van de Sompel, 2001; Willinsky, 2006; Suber, 2007) A infraestrutura política, por seu turno, encerra uma importante funỗóo na governanỗa da gestóo da informaỗóo cientớca A legitimaỗóo corporativa alcance dos novos processos de gestóo da informaỗóo cientớca, ou mesmo da mudanỗa de processos jỏ existentes, depende de sua institucionalizaỗóo formal, a ser promovida por instõncia de nível estratégico Exemplo disso são as políticas institucionais de acesso aberto, que podem, ao mesmo tempo, estimular a publicaỗóo de resultados de pesquisa em veículos de acesso aberto e requerer que a produỗóo cientớca de seus pesquisadores seja depositada em repositório institucional de acesso aberto (Bailey, 2006; Carr et al., 2006; Moore, 2011; Harnad, 2006; Suber, 2010) Aỗừes polớticas, incluindo as de convencimento, provenientes também dessas instâncias junto aos pesquisadores, sóo fundamentais para que a gestóo da informaỗóo cientớca, tal como prevista pelo modelo, possa ser instituída e praticada na organizaỗóo A infraestrutura legal, por seu turno, constitui uma importante condiỗóo que viabiliza ou inviabiliza a prỏtica de gestóo da informaỗóo cientớca Uma situaỗóo comum em instituiỗừes de pesquisa ộ a coexistờncia da pressóo por produtividade cientớca (publicaỗóo) e os conflitos decorrentes da cessão de direitos patrimoniais dos resultados de pesquisa publicados, sobretudo, em artigos de periódicos científicos (Bailey, 2006; Moore, 2011; Suber, 2010) Ou seja, as instituiỗừes passam a não ter controle sobre aquilo que produziram em razão da pressóo, exercida por ela mesma, por publicaỗóo em periúdicos internacionais de prestígio que, via de regra, tomam de assalto os direitos de cúpia em troca da publicaỗóo Isso ộ um círculo vicioso que tende a ser interrompido medida que a gestóo da informaỗóo cientớca orientada pelo acesso aberto passa a vigorar Quer-se dizer com isso que os institutos de pesquisa devem conscientizar, estimular e instrumentalizar seus pesquisadores a negociarem os direitos de cúpia no momento publicaỗóo de seus trabalhos, quando, evidentemente, estes puderem estar comprometidos Ou mesmo estimular a publicaỗóo em veớculos de acesso aberto, que jỏ preveem tal condiỗóo Alộm e mais que isso, os institutos de pesquisa devem estabelecer normas que prevejam que seus pesquisadores cedam direitos nóo exclusivos de distribuiỗóo de seus trabalhos em formato digital na Internet Para as atividades editoriais sob responsabilidade próprio instituto de pesquisa, como é 63 INVESTIGACIĨN BIBLIOTECOLĨGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 64 o caso da publicaỗóo de periúdicos cientớcos, livros, sộries e outros produtos de informaỗóo, ộ mister que sejam incorporadas licenỗas e permissừes que favoreỗam sua livre circulaỗóo, como que o caso de algumas combinaỗừes de licenỗas Creative Commons ou similares (Suber, 2010) Aspectos desse elemento flexível têm origem nas sentenỗas derivadas da anỏlise e discussóo dos resultados da pesquisa; t Acervo de informaỗóo cientớca institucional: os acervos de informaỗóo cientớca das instituiỗừes devem ser formados em razóo de dois critérios fundamentais elementares recorrentes no modelo proposto: a informaỗóo que ộ necessỏria para fazer pesquisa e a informaỗóo que resulta das atividades de pesquisa (Birdsall, 2005; Lancaster e Smith, 1978; Roosendaal e Geurts, 1997; Shearer e Birdsall, 2002) Historicamente, as bibliotecas e centros de documentaỗóo vinham atuando principalmente no primeiro momento, ou seja, reunindo e permitindo acesso, mal ou bem, aos recursos de informaỗóo necessỏrios realizaỗóo da pesquisa (Søndergaard et al., 2003; UNISIST, 1971) Por outro lado, uma vez que maior parte dos resultados de pesquisa são publicados fora da instituiỗóo, sob a lúgica sistema tradicional de publicaỗóo cientớca, as bibliotecas ou centros de documentaỗóo enfrentavam diculdade para reunir e permitir acesso produỗóo cientớca de autoria de pesquisadores da instituiỗóo A emergờncia acesso aberto, como novo paradigma da comunicaỗóo e certamente tambộm da gestóo da informaỗóo cientớca, transformou determinadas funỗừes e deu esses serviỗos de informaỗóo condiỗừes para gerenciar a informaỗóo cientớca de autoria de pesquisadores da instituiỗóo por meio dos repositúrios institucionais de acesso aberto (Borgman, 2007; Brody et al., 2004; Costa, 2006; Jacobs, 2006; Hurd, 2004; Lagoze e Van de Sompel, 2001; Willinsky, 2006; Suber, 2007) Ou seja, o acervo de informaỗóo cientớca de uma determinada instituiỗóo passa a contar tambộm com processos de gestóo da informaỗóo cientớca que resulta de suas atividades A formaỗóo das coleỗừes repositúrio institucional sóo fundamentais que os resultados de pesquisa, pesquisadores e a própria instituiỗóo tenham sua visibilidade aumentada Aspectos desse elemento exớvel tờm origem nas sentenỗas derivadas da anỏlise e discussóo dos resultados da pesquisa; t Diferenỗas disciplinares na produỗóo conhecimento cientớco: o modo como pesquisadores conduzem suas atividades de pesquisa (Jamali e Nicholas, 2008; Houghton, Steele y Henty, 2003; Katz e Martin, 1997; Swan, 2008) influencia os processos de gestão da informaỗóo cientớca que resulta de tais atividades A satisfaỗóo de necessidades de infor- MODELO GENÉRICO DE GESTÃO DA INFORMÃO CIENTÍFICA maỗóo de pesquisadores cujas atividades de investigaỗóo sóo mais ou menos interdisciplinares requer particularidades dos processos de coleta, recuperaỗóo e disseminaỗóo da informaỗóo cientớca (Houghton, Steele y Henty, 2003) Ou seja, áreas correlatas presentes em determinadas atividades demandam o suporte informacional também nessa perspectiva, o que exige sistemas de informaỗóo mesmo modo mais ou menos interdisciplinares O trabalho colaborativo, por envolver pesquisadores de outras instituiỗừes, tambộm inuencia determinados processos de gestóo da informaỗóo cientớca Isso ocorre porque impactam a geraỗóo da informaỗóo, o que, por sua vez, determina tipo de autoria, decisões de quando, onde, o que publicar e como disseminar Aspectos desse elemento flexível têm origem nas sentenỗas derivadas da anỏlise e discussóo dos resultados da pesquisa; t Diferenỗas disciplinares nas necessidades de informaỗóo: as necessidades de informaỗóo sóo inuenciadas pelos contextos de atuaỗóo dos pesquisadores (Choo, 1998; Davenport, 1998; Rowley, 1998; Shearer e Birdsall, 2002) Como exemplo disso estỏ a constataỗóo, alcanỗada por meio dos levantamentos, de que fớsicos possuem necessidades de informaỗóo diferentes de cientistas sociais e humanistas Evidentemente, nenhum modelo de gestóo da informaỗóo científica poderá ser genérico caso tente explicitar em sua própria constituiỗóo as necessidades especớcas de informaỗóo Contudo, tambộm como foi possível constatar, as atividades de pesquisa de qualquer área conhecimento, invariavelmente, dependem de informaỗóo cientớca e culminam na geraỗóo de informaỗóo cientớca Estes contornos gerais devem ser levados em consideraỗóo e previstos na proposta e estruturaỗóo de um modelo genộrico de gestóo da informaỗóo cientớca Alộm disso, qualquer modelo deve prever que hỏ essas especicidades que variam em funỗóo das diferenỗas disciplinares Aspectos desse elemento exớvel tờm origem nas sentenỗas derivadas da anỏlise e discussóo dos resultados da pesquisa; t Diferenỗas disciplinares na busca, acesso e uso da informaỗóo: os comportamentos associados busca, acesso e uso da informaỗóo, sóo inuenciados pelos contextos de atuaỗóo dos pesquisadores (Choo, 1998; Garvey e Griffith, 1979; Gorraiz et al., 2009; Houghton, Steele y Henty, 2003; Huang e Chang, 2008; Hurd, 2000) Do mesmo modo, como constatado na pesquisa, físicos possuem comportamento de busca, acesso e uso da informaỗóo diferente de cientistas sociais e humanistas Essas diferenỗas inuenciam o desenho de sistemas de informaỗóo cientớca para as ỏreas Contudo, nenhum modelo de gestóo 65 INVESTIGACIÓN BIBLIOTECOLÓGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 da informaỗóo poderỏ ser genộrico caso especique em sua estrutura tais diferenỗas Como se tratam de diferenỗas de natureza contextual, esse elemento estỏ previsto no modelo proposto tendo em vista seu potencial de influência Ou seja, padrừes de busca, acesso e uso da informaỗóo devem ser previstos na implementaỗóo de um modelo dessa natureza Aspectos desse elemento exớvel tờm origem nas sentenỗas derivadas da anỏlise e discussóo dos resultados da pesquisa; t Diferenỗas disciplinares na comunicaỗóo da informaỗóo: os hỏbitos de comunicaỗóo da informaỗóo cientớca tambộm variam em razão das áreas conhecimento (Hurd, 2000; Houghton, Steele y Henty, 2003; Gorraiz et al., 2009; Huang e Chang, 2008) Pelas mesmas razões exploradas anteriormente, os hábitos de comunicaỗóo, que sóo empreendidas por pesquisadores de todas as ỏreas, invariavelmente, constituem um elemento inuenciador da gestóo da informaỗóo cientớca objeto modelo proposto Aspectos desse elemento flexível têm origem nas sentenỗas derivadas da anỏlise e discussóo dos resultados da pesquisa Forỗas externas: elementos da comunidade cientớca Hỏ outro conjunto de elementos que influencia as atividades dos institutos de pesquisa como um todo e também suas atividades de gestão da informaỗóo cientớca Sóo forỗas externas instituiỗóo que representam atores ou mesmo tendências que impactam as atividades previstas no modelo de gestóo da informaỗóo cientớca proposto, principalmente por estar fundamentado na comunicaỗóo cientớca e no acesso aberto Sóo seis grandes forỗas externas, identicadas em diversos modelos (Birdsall, 2005; Mikhailov et al., 1984; Shearer e Birdsall, 2002) e relacionadas com aspectos acesso aberto (Borgman, 2007; Brody et al., 2004; Costa, 2006; Jacobs, 2006; Hurd, 2004; Lagoze e Van de Sompel, 2001; Willinsky, 2006; Suber, 2007), descritas a seguir: 66 t Universidades e instituiỗừes de pesquisa: sóo organizaỗừes que produzem e, por esta razóo, consomem conhecimento e informaỗóo Desse modo, constituem, ao mesmo tempo, fornecedoras e usuỏria da informaỗóo os institutos de pesquisa necessitam e geram, respectivamente Comumente assumem papeis de colaboradoras em atividades de geraỗóo conhecimento, o que, por sua vez, implica em comprometimentos no modelo de gestão da informaỗóo cientớca Seus modelos de gestóo da informaỗóo cientớca devem servir de benchmarking para a os esforỗos de gestóo da informaỗóo cientớca instituto de pesquisa; MODELO GENẫRICO DE GESTO DA INFORMÃO CIENTÍFICA t Sociedades científicas: são entendidas como o agrupamento formal e representativo de pesquisadores que compartilham tópicos de estudo, desenvolvem pesquisas e se reúnem periodicamente Constitui um dos ambientes em que pesquisadores compartilham resultados de suas pesquisas Sua inuờncia sobre o modelo de gestóo da informaỗóo cientớca reside principalmente no fato de que tais sociedades além de representarem pesquisadores, catalisando suas aspiraỗừes, sóo muitas vezes responsỏveis por publicaỗừes cientớcas, de acesso aberto ou restrito; t Editores cientớcos: certamente uma das forỗas externas que mais exerce inuờncia sobre o modelo de gestóo da informaỗóo cientớca Editores cientớcos inuenciam diretamente tanto o uxo da informaỗóo que alimenta as atividades de pesquisa quanto o uxo da informaỗóo que resulta de tais atividades Pesquisadores e suas instituiỗừes sóo produtores e usuỏrios de informaỗóo cientớca A informaỗóo cientớca, por sua vez, depende de editores científicos para poder se manifestar como literatura científica A sua incorporaỗóo aos uxos que alimentam e que resultam das atividades de pesquisa, seja na perspectiva acesso aberto ou não, depende diretamente dos editores científicos, que são responsáveis pela consolidaỗóo dos resultados de pesquisa em informaỗóo cientớca; t Tecnologias de informaỗóo e comunicaỗóo: os desenvolvimentos em tecnologias de informaỗóo e comunicaỗóo inuenciam o prúprio ciclo da informaỗóo, potencializando suas funỗừes desde a geraỗóo atộ a utilizaỗóo da informaỗóo Esses avanỗos proporcionam novas possibilidades e oportunidades para processos informacionais Exemplos claros disso sóo a aplicaỗóo da Internet nos processos de comunicaỗóo cientớca e, mais recentemente, toda a infraestrutura tecnolúgica que viabilizou o prúprio acesso aberto informaỗóo cientớca Nesse contexto, desenvolvimentos em redes de banda larga, dispositivos móveis para acesso informaỗóo, computaỗóo em nuvens, aperfeiỗoamento de experiờncias entre humanos e computadores e de sistemas de recuperaỗóo de informaỗóo são eventos promissores t Agências de fomento: em uma perspectiva ampla, é possível que as agências de fomento sejam os atores que mais poder tenham em contribuir para o funcionamento efetivo de um sistema de gestóo da informaỗóo cientớca fundamentado na comunicaỗóo cientớca e no acesso aberto Sóo muitos os exemplos de agências de fomento em todo o mundo que estabelecem suas políticas de acesso aberto Essas políticas requerem que autores que recebem financiamento para suas pesquisas 67 INVESTIGACIÓN BIBLIOTECOLÓGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 se comprometam em depositar seus resultados publicados ou aceitos para publicaỗóo em repositúrios institucionais de acesso aberto ou que publiquem em periódicos de acesso aberto Por esta razão, as políticas de acesso aberto instituídas por agências de fomento contribuem para a operacionalizaỗóo tanto acesso aberto por meio da via dourada quanto por meio da via verde; t Políticas de informaỗóo cientớca: a articulaỗóo entre atores e variỏveis presentes no contexto da produỗóo e uso da informaỗóo cientớca ộ objeto das polớticas nacionais de informaỗóo em ciờncia e tecnologia Normalmente, os atores constituem os mesmos presentes no sistema de comunicaỗóo cientớca As variỏveis, por outro lado, sóo aquelas relacionadas com a legislaỗóo e regulamentaỗóo, interesses dos diferentes atores e os contextos político- governamental, econơmico e educacional As políticas de informaỗóo cientớca sóo as responsỏveis por provocar a sinergia entre os diferentes atores e variáveis Por esta razão o estabelecimento de polớticas de informaỗóo cientớca inuenciam o funcionamento de um sistema de gestóo da informaỗóo cientớca em qualquer contexto Um exemplo de polớtica de informaỗóo cientớca foi aquela em que a Coordenaỗóo de Aperfeiỗoamento de Pessoal de Nớvel Superior (CAPES) em encerrar recursos para que bibliotecas mantivessem suas assinaturas de periódicos científicos e passou a promover o acesso eletrơnico a um acervo de periódicos no modelo consórcio Conclusões 68 A ciờncia depende de uxos de informaỗóo livres e desimpedidos para que possa se desenvolver efetivamente O sistema de comunicaỗóo cientớca ộ responsỏvel pelo uxo da informaỗóo que alimenta e que resulta das atividades de pesquisa Por esta razão, a comunicaỗóo rỏpida, adequada e eciente dos resultados de pesquisas, transformados em informaỗóo, inuencia diretamente o desempenho dos institutos de pesquisa, um dos atores que tem como principal funỗóo a geraỗóo de novos conhecimento científicos Quanto mais rápida e completamente pesquisadores receberem a informaỗóo cientớca necessỏria s suas atividades, mais produtos científicos ele gerará a custos menores Entretanto, como discutido ao longo deste trabalho, as funỗừes da comunicaỗóo cientớca jỏ nóo sóo alcanỗadas em razóo de inỳmeros desaos que sóo colocados no cenário informacional em que se inserem os institutos de pesquisa MODELO GENÉRICO DE GESTÃO DA INFORMÃO CIENTÍFICA Tendo em vista tais desafios, o modelo de gestão da informaỗóo cientớca tendo por base a comunicaỗóo cientớca e o acesso aberto foi proposto, visando a contribuir para que institutos de pesquisa possam responder de modo efetivo demandas emergentes de acesso, circulaỗóo e uso da informaỗóo cientớca A soluỗóo, como indicado, perpassa pela intersecỗóo de aspectos da gestóo da informaỗóo, da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto informaỗóo cientớca, atuando de forma integrada Nenhuma dessas perspectivas isoladamente dispõe de instrumental teórico e metodológico para tratar dos problemas informacionais discutidos Portanto, considera-se que o modelo proposto, alộm de um avanỗo no reconhecimento de como tais fenômenos podem ser observados e explicados, constitui um conjunto robusto de diretrizes norteadoras para a implementaỗóo da gestóo da informaỗóo cientớca integrada comunicaỗóo cientớca e ao acesso aberto ẫ importante frisar que a construỗóo modelo proposto contou com diferentes estratộgias para geraỗóo de dados que o sustentam (análise da literatura, análise e discussão de dados quantitativos e qualitativos) cujos resultados são apresentados por Leite (2011) É importante também mencionar a perspectiva genérica modelo proposto, uma vez que seu delineamento considerou aqueles elementos gerais e necessỏrios a qualquer modelo de gestóo da informaỗóo cientớca e previu em sua constituiỗóo alguns elementos exớveis, que acomodam possớveis diferenỗas contextuais que variam de instituto para instituto Referências Antelman, K 2004 “Do open access articles have a greater research impact?” College and Research Libraries 65 (5), set 2006 “Self-archiving practice and the influence of publisher policies in the social sciences” Learned Publishing 19: 85-95 Bailey, C W 2006 “What is open access?”, N Jacobs, ed., Open access: key strategic, technical and economic aspects Oxford: Chandos Publishing, 13-26 Birdsall, W F 2005 Towards an integrated knowledge ecosystem: a canadian research strategy Report submitted to the Canadian Association of Research Libraries/L’Association des bibliothèques de recherche du Canada (CARL/ABRC) Borgman, C L 2007 Scholarship in the digital age: information, infrastructure, and the internet Cambridge, Londres: MIT Press Brody, T et al 2004 “The effect of open access on citation impact”, National Policies on Open Access (OA) Provision for University Research Output: an International meeting Southampton UK: Southampton University 69 INVESTIGACIÓN BIBLIOTECOLÓGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 70 Carr, L et al 2006 Repositories for institutional open access: mandated deposit policies Documento não publicado Disponível em: https://core.ac.uk/download/files/34/1506254.pdf Choo, C W 1998 Information management for the intelligent organization: the art of scanning the environment ed Medford: ASIS/ Information Today Costa, S 2006 “Filosofia aberta, modelos de negócios e agências de fomento: elementos essenciais a uma discussóo sobre o Acesso Livre informaỗóo cientớca Ciờncia da Informaỗóo 35 (2): 39-50 Cresswell, J W 2010 Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto ed Porto Alegre: Artmed Crow, R 2002 “The case for institutional repositories: A SPARC position paper” ARL Bimonthly Report 223 Davenport, T H 1998 Ecologia da informaỗóo: por que sú a tecnologia nóo basta para o sucesso na Era da Informaỗóo Sóo Paulo: Futura Declaraỗóo de Berlin 2003 Conference on Open Access to Knowledge in the Sciences and Humanities Berlin: Outubro Detlor, B 2009 “Information management” International Journal of Information Management 30 (2): 103-108 Diener, R A V 1992 “Strategic, analytic and operational domains of information management” Bulletin of the American Society for Information Science 19 (1): 18-19 Fairer-Wessels, F A 1997 “Information management education: towards a holistic perspective” South African Journal of Library and Information Science 65 (2): 93-102 Fry, J 2006 “Scholarly research and information practices: a domain analytic approach” Information Processing and Management 42 (1): 299-316 Garvey, W D e B C Griffith 1979 “Communication and information process within scientific disciplines, empirical findings for psychology” W D Garvey, Communication: the essence of science: facilitating information among librarians, scientists, engineers and students Oxford: Pergamon, 127-147 Goffman, W e K S Warren 1980 Scientific information systems and the principle of selectivity New York: Praeger Gorraiz, J et al 2009 “International publication output and research impact in social sciences: comparison of the Universities of Vienna, Zurich and Oslo” Research Evaluation 18 (3): 221-232 Haridasan, S e M Khan 2009 “Impact and use of e-resources by social scientists in National Social Science Documentation Centre (NASSDOC), India” The Electronic Library 27 (1): 117-133 Harnad, S 2006 Optimizing OA self-archiving mandates: what? where? when? why? how? Technical Report, ECS, University of Southampton Harnad, S e T Brody 2004 “Comparing the Impact of Open Access (OA) vs Non- OA Articles in the Same Journals” D-Lib Magazine 10 (6) MODELO GENÉRICO DE GESTÃO DA INFORMÃO CIENTÍFICA Hills, P J 1983 “The scholarly communication process” Annual Review of Information Science and Technology 8: 99-125 Hine, C M., ed 2006 New infrastructure for knowledge production: understanding e-science Hershey: Information Science Publishing Houghton, H W., C Steele e M Henty 2003 Changing research practices in the digital information and communication environment Canberra: Department of Education, Science and Training Houghton, J et al 2009 Economic implications of alternative scholarly publishing models: exploring the costs and benefits JISC EI-ASPM project A report to the joint information systems committee ( JISC) London: JISC Huang, M e Y Chang 2008 “Characteristics of research output in social sciences and humanities: from a research evaluation perspective” Journal of the American Society for Information Science and Technology 59 (11): 1819-1828 Hurd, J M 2004 “Scientific communication: new roles and new players” Science & Technology Libraries 25 (1): 5-22 2000 “The transformation of scientific communication: a model for 2020” Journal of the American Society for Information Science 51 (14): 1279-1283 1996 “Models of scientific communication systems” S Y Crawford, H M Hurd e A C Weller From print to electronic: the transformation of scientific information Medford: Asis, 9-33 Jacobs, N., ed 2006 Open access: key strategic, technical and economic aspects Chandos Publishing: Oxford Jaeger, P T et al 2005 “Information management” Encyclopedia of Social Measurement, v Jamali, H R e D Nicholas 2008 “Information-seeking behavior of physicists and astronomers” Aslib Proceedings: New Information Perspectives 60 (5): 444-462 Katz, J S e B R Martin 1997 “What is research collaboration?” Research Policy 26 Lagoze, C e H Van de Sompel 2001 “The open archives initiative: building a low-barrier interoperability framework” ACM/IEEE Joint Conference on Digital Libraries, Roanoke, Virginia, 54-62 Lancaster, F W e L C Smith 1978 “Science, scholarship and the communication of knowledge” Library Trends 27 (3): 367-387 Leite, F C L 2011 Modelo genérico de gestóo da informaỗóo cientớca para instituiỗừes de pesquisa na perspectiva da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto Tese (Doutorado em Ciờncia da Informaỗóo), Brasớlia: Universidade de Brasớlia Lynch, C A 2003 “Institutional repositories: essential infrastructure for scholarship in the digital age” ARL Bimonthly Report 26 Maron, N L e K K Smith 2008 Current models of digital scholarly communication Washington, DC: Association of Research Libraries 71 INVESTIGACIÓN BIBLIOTECOLÓGICA, Vol 30, Núm 69, mayo/agosto, 2016, México, ISSN: 0187-358X, pp 43-73 72 Meadows, A J 1999 A comunicaỗóo cientớca Brasớlia: Briquet de Lemos Middleton, M R 2002 Information management: a consolidation of operations analysis and strategy WaggaWagga: Charles Sturt University Mikhailov, A I et al 1984 Scientific communications and informatics Arlington: Information Resources Moore, G 2011 Survey of University of Toronto Faculty Awareness, Attitudes, and Practices Regarding Scholarly Communication: A Preliminary Report Toronto: University of Toronto Odlyzko, A 2006 “Economic costs of toll access” N Jacobs, ed Open access: key strategic, technical and economic aspects Oxford: Chandos Publishing Olson, G M et al., ed 2008 Scientific colaboration on the internet Cambridge: MIT Press Roosendaal, H e P Geurts 1997 “Forces and functions in scientific communication: an analysis of their interplay” Cooperative Research Information Systems in Physics, August 31-September 4, Oldenburg, Germany Rowley, J 1998 “Towards a framework for information management” International Journal of Information Management (5): 359-369 Shearer, K e B Birdsall 2002 The Transition of Scholarly Communication in Canada CARL/ABRC Backgrounder Ottawa: CARL/ABRC Søndergaard, T F et al 2003 “Documents and the communication of scientific and scholarly information: revising and updating the UNISIST model” Journal of Documentation 59 (3): 278-320 Suber, P 2010 Open access overview: focusing on open access to peer-reviewed research articles and their preprints Disponível em: http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/overview.htm 2007 Timeline of the Open Access Movement Disponível em: http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/timeline.htm Swan, A 2004 Journal authors survey: report Cornwall: Key Perspectives 2008 Key concerns within the scholarly communication process: report to the JISC Scholarly Communications Group Truro: Key Perspectives Ltd 2006 “The culture of open access: researchers’ views and responses” N Jacobs, ed Open access: Key strategic, technical and economic aspects Oxford: Chandos 2010 The open access citation advantage: studies and results to date Technical Report Southampton: University of Southampton Swan, A e S Brown 2004 “Authors and open access publishing” Learned Publishing 17: 219-224 2005 Open access self-archiving: an author study Cornwall: Key Perspectives MODELO GENÉRICO DE GESTÃO DA INFORMÃO CIENTÍFICA UNISIST 1971 Study report on the feasibility of a world science infor- mation system Paris: Unesco Vickers, P 1985 “Information management: selling a concept” B Cronin, Information management: from strategies to action Londres: Aslib, 151-160 White, M 1985 “Intelligence management” B Cronin, ed Information management: from strategies to action Londres: Aslib, 21-35 Willinsky, J 2006 The access principle: the case for open access to research and scholarship Massachusetts: MIT Press Wilson, T D 2002 “Information management” J Feather e P Sturges, ed International Encyclopedia of Information and Library Science Londres: Routleg Para citar este artículo: Lima Leite, Fernando César y Sely Maria de Souza Costa 2016 “Modelo genộrico de gestóo da informaỗóo cientớca para instituiỗừes de pesquisa na perspectiva da comunicaỗóo cientớca e acesso aberto. Investigaciún Bibliotecológica: Archivonomía, Bibliotecología e Información 69: 43-73 http://dx.doi.org/10.1016/j.ibbai.2016.04.012 73

Ngày đăng: 04/12/2022, 15:40

Tài liệu cùng người dùng

Tài liệu liên quan