Tài liệu Crônicas Para Ler Depois do Fim do Mundo por pdf

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Crônicas Para Ler Depois do Fim do Mundo por Mario Persona Smashwords Edition ISBN: * * * * * Publicado por: Mario Persona no Smashwords Copyright © 2013 by Mario Persona www.mariopersona.com.br contato@mariopersona.com.br Este livro pode ser reproduzido, copiado e distribuído sem fins comerciais, desde que o livro permaneça na sua forma original. Apreciamos seu apoio e respeito a esta propriedade intelectual. * * * * * Outros livros por Mario Persona: Crônicas de uma Internet de Verão Receitas de Grandes Negócios Marketing Tutti-Frutti Gestão de Mudanças em Tempos de Oportunidades Marketing de Gente Dia de Mudança Moving ON (inglês) Capa: Stephan Dirck Klaes Imagens: Darren Hester, Gabriele Bianco e “natep182” em SXC.hu - stock.xchng Versão impressa sob demanda em www.bookess.com * * * * * Sumário Prefácio O que fazer quando o mundo não acaba Ela, Robô Lá fora é melhor Se oriente rapaz Sou mineiro Humor líquido Máquina sinistra Minha bicicleta high-tech Alter ego virtual Upgrade Para preservar a imagem Maravilha tecnológica O peru de dona Gertrudes Pratos em extinção Um avatar no meu quintal A hora do Abreu As 110 lâmpadas A expansão do ser humano Ai, que fome! Santa Maria! Minha vida esportiva O Maverick de Hildebrando O velho sobrado A Bruxa da portinhola Máquinas, pescadores e top models Tudo azul Dinheiro eletrônico A nuvem Hábitos tecnológicos O inventor da economia Cérebro líquido Inventores Acabou o papel! Anos Dobrados Prêmio Mr. Bean de comunicação Eu sei que vou a Marte Os “Caçoadores de Mitos” Diversidade à flor da pele Flexibilidade feminina Invenção feminina Banana, menina, tem vitamina Yes, nós temos cana Depois do fim do mundo * * * * * Prefácio Espero que o título “Crônicas para ler depois do fim do mundo” não tenha levado você a pensar que eu esteja falando literalmente do fim do mundo. Não é desse fim cabal e literal do planeta terra que estou falando, pois aí seria impossível ler, seja em papel, que não resiste ao fogo, seja em e-book por não ter sobrado uma tomada sequer para recarregar. Meu assunto aqui é o fim do mundo que acontece cada vez que tudo parece começar de novo e somos obrigados a reaprender. Depois de mais de meio século de idade já vi o mundo acabar algumas vezes. E para a moçada que vive esperando uma nova era, vocês nem imaginam quantas eras novas eu precisei experimentar. E quando penso que uma é nova, já era. (Ui!) Portanto é deste mundo que acaba a cada esquina da vida que vou tratar aqui. Ao ler você pode até me achar saudosista, de tanto que falo de diferentes passados, mas não sou assim. Ao contrário, estou sempre procurando novas sarnas para me coçar e o nome disto é vontade de criar. A cada fim do mundo como o conhecemos ficamos diante de novos desafios e o jeito é reciclar antes de sermos reciclados. Neste livro de coisas velhas você vai ler de muita coisa nova, como a nova consciência de preservação ambiental ao conhecer “O peru de Dona Gertrudes” e os “Pratos em Extinção”. Em “Acabou o papel” levo você a um passeio pelo passado do papel, o qual bem ou mal passamos todos os dias. Você viajará comigo no “Maverick de Hildebrando” e verá a paisagem das mudanças acontecendo a duzentos por hora. No caso deste Maverick, duzentos passos. O impacto das novas tecnologias eu apresento em “Máquina sinistra” e a criatividade que precisamos ter para enfrentar tantas mudanças está em meu “Cérebro líquido”, o que só tenho porque “Sou mineiro”. “Santa Maria!” – você irá exclamar, quando souber que o mundo já acabou muitas vezes nos séculos passados, e talvez até queira tentar a sorte fora do país quando souber que “Melhor é lá fora”. Mas aceite meu conselho: “Se oriente rapaz” ou vai ficar falando sozinho. Caso você esteja envolvido na “Expansão do ser humano”, exercite-se comigo em “Minha vida esportiva” para perder uns quilinhos. Mas isto irá exigir que você passe “Fome, muita fome!”. Mas isto é apenas um aperitivo, pois tem muito mais assuntos aqui. Boa leitura e, e gostar, espalhe logo antes que este mundo se acabe. Mario Persona Janeiro de 2013 * * * * * O que fazer quando o mundo não acaba Muita gente esperava pelo fim do mundo que não veio na data marcada. Sim, digo muita gente, porque existe um desejo secreto em cada um de nós de não precisarmos voltar a trabalhar na segunda-feira. Ou você não reparou que o fim do mundo da profecia Maia caiu numa sexta? E agora, o que fazer já que o mundo não acabou? Bem, segunda-feira você volta a pegar no batente, seu carnê do crediário continua uma brochura e seu salário continua terminando no dia 21, bem antes do fim do mês e do mundo. Mas pense nas coisas boas que ainda podem acontecer! Quais? Bem, não sei fazer previsões, mas sei que você ainda pode recomeçar com uma nova configuração. Para tanto sugiro a leitura de “Mind Set! – Eleven Ways to Change the Way You See – and Create – the Future”, de John Naisbitt (autor de “Megatrends”), lançado no Brasil há alguns anos com o pasteurizado título de “O Líder do Futuro – 11 conceitos essenciais para ter clareza num mundo confuso e se antecipar às novas tendências”. A ideia do título original em inglês é de uma nova configuração mental para você enxergar o futuro com maior clareza e preparar-se para ele. O autor propõe uma espécie de “reset” e a instalação de 11 “mindsets”, que não vou traduzir porque se você ainda não saiu da lição do “the book is on the table” é melhor incluir um “mindset zero” do tipo “Aprender inglês”: 1. Most Things Remain Constant 2. The Future Is Embedded In The Present 3. Focus On The Score Of The Game 4. Understand How Powerful It Is Not To Have To Be Right 5. See The Future As A Picture Puzzle 6. Don't Get So Far Ahead Of The Parade That They Don't Know You Are In It 7. Resistance To Change Falls For Benefits 8. Things That We Expect To Happen Always Happen More Slowly 9. You Don't Get Results By Solving Problems, But By Exploiting Opportunities 10. Don't Add Unless You Subtract 11. Consider The Ecology Of Technology Agora vamos à minha paráfrase nem um pouco canônica, enriquecida com palpites de minha autoria. 1 - Na vida tudo é passageiro, menos o cobrador e o motorista. Apesar de muita coisa mudar, há coisas que não mudam. As pessoas continuarão a comprar, vender, trabalhar, criar filhos etc. Invente algo para as pessoas fazerem o que já costumam fazer. Só que diferente. 2 - O futuro é uma azeitona na empada presente. Conhecer história e acompanhar o presente é essencial para se entender o futuro. O segredo é saber filtrar opiniões – inclusive as minhas – e parar de engolir tudo o que a sociedade e a mídia derramam em sua mente. Apesar do ditado popular, a voz do povo nunca foi a voz de Deus. 3 - Fique de olho no placar. Empresas dizem que vão fazer isso e faturar aquilo. Não acredite. O garoto que vende balas no semáforo lucra mais que aquele CEO que a capa da revista diz ser a última bolacha do pacote. No fim do dia o garoto volta pra casa com 100% de lucro. O CEO volta devendo mais para os bancos. 4 - Fazer xixi fora do penico nem sempre é ruim. Inovadores são os que desafiam o “status quo” e ousam fazer aquilo que ninguém acredita dar certo. Não se preocupe em estar 100% nos trilhos. Nem o professor que ensinava matemática a Einstein acreditava nele. É por isso que nem eu acredito em mim. Quem sabe assim dá certo! 5 - O futuro é um quebra-cabeça. Esqueça o pensamento sequencial, lógico, racional. Pense aleatoriamente. Dois mais dois pode dar quatro, mas não precisa deixar o segundo dois assim montado no primeiro. Deixe um pouquinho mais longe e o resultado é melhor: vinte e dois. 6 - Nem o porta-bandeira fica longe do bloco. Grandes ideias fracassaram por estarem muito à frente de seu tempo. Mantenha-se numa posição em que possa ser visto pelo mercado. Não siga este conselho se estiver devendo na praça. 7 - Se a macarronada for boa a gente até gosta da sogra. A resistência à mudança desaparece quando os benefícios são visíveis. Se as pessoas que você lidera não estiverem aceitando benefícios que são claros para você, o problema pode estar na sua comunicação. 8 - Devagar com o andor que o santo é de barro. Aquilo que você espera acontecer sempre demora mais do que você espera. Sua casa ainda não é no estilo Jetsons e seu carro ainda não voa. O videofone foi inventado há quarenta anos, mas foi só com a Internet que ele começou a fazer sentido. 9 - Quem resolve problemas ganha salário; quem explora oportunidades ganha comissão. Resolver problemas é trabalhar no ontem, mas buscar oportunidades é viver o amanhã. Uau! Esta eu vou emoldurar! 10 - Um é pouco, dois é bom, três é demais. Você só pode acrescentar um novo craque no time se tirar alguém ruim. Quando eu era menino, o professor de educação física me colocava no gol para completar onze. Depois me tirava quando chegava qualquer um. Na empresa não vai ser diferente. 11 - Não se esqueça da ecologia da tecnologia. Nem tente inventar um par de sapatos modelo único para todas as mulheres. A tecnologia possibilita muitas coisas, mas elas não farão sentido se não levarem em conta os anseios da natureza humana. Pronto, espero que estes onze “mindsets” ajudem você a se preparar para o futuro. Se não ajudarem, um eu tenho certeza de que irá ajudar. O “mindset zero”. * * * * * Ela, Robô Lá em casa tem um robô. Mas não é um robô chato, como o de Perdidos no Espaço, ou ameaçador como o “Eu, Robô” de Isaac Asimov que no filme ficou amigo do Will Smith. Nem é divertido, como a dupla C3PO e R2D2 de Guerra nas Estrelas. Meu robô é comum. É um robô fêmea. Sim, fêmea, mas chamá-la de “roboa” soaria estranho, por isso eu a chamo de “Ela, Robô”. Não tinha o “He-Man”, a “She-Ra” e a “Ella Fitzgerald”? Então “Ela Robô” também pode. Gorda, grande e barulhenta, “Ela” não faz o gênero futurista de Hollywood. Inteligência? Só se for artificial. Capacidade de memória? Esqueça. “Ela” perde feio para qualquer calculadora. “Ela” só serve para uma coisa: fazer o trabalho sujo. O curioso é que quem me convenceu a ter um robô foi um hippie. Verdade, um cara muito zen, vestido de um imaculado branco-algodão e com os cabelos bem cuidados, presos com uma fita atravessada na testa. Hippie de butique. Sua vidinha de fiscal de praia só era possível porque, além de morar numa praia, sua mulher trabalhava na prefeitura da cidadezinha litorânea. Enquanto isso ele ficava em casa cuidando das crianças. A mulher também era hippie, mas não estava hippie por trabalhar numa repartição pública. Você conhece algum hippie funcionário público? O sonho dela era largar o emprego e ser hippie de tempo integral no sítio do avô em Visconde de Mauá. Criar os filhos longe da influência nefasta do progresso e da TV do vizinho, que enchia a cabeça dos pequenos com as músicas do Balão Mágico. Sim, estamos falando aqui dos anos 1980. O casal não tinha TV, mas tinha um monte de filhos. Sem TV e com um controle apenas remoto, a taxa de natalidade do casal estava acima da média do IBOPE. De nossa conversa deduzi que o hippie só sabia fazer filhos e criticar o progresso. Enquanto conversávamos, minha filhinha, ainda bebê, dormia aninhada em meu colo. Fiquei curioso quando o hippie contou que, se quisessem, já poderiam se mudar para o sítio e viver bem só com a poupança da mulher. Era ele quem vinha adiando a mudança, pelo menos até as crianças deixarem as fraldas. Só depois pretendiam se mudar para o mato e viver comendo inhame e tomando banho gelado. Sim, pois no sítio não tinha chuveiro elétrico. Lá a eletricidade só chegava quando caía raio. Mas seu problema não estava em abrir mão do chuveiro elétrico. Ou refrigerador, liquidificador, batedeira e ferro de passar. Ele podia viver sem. Até o secador, amigão dos cabelos amarrados com fita, podia ser trocado pelo vento da Serra da Mantiqueira. Só um eletrodoméstico era essencial, só um! Eu estava louco para saber, e você deve estar também. – Cara – o hippie começou a explicar naquela velocidade que hippie explica –, a mulher trabalha fora e eu fico o dia todo em casa com as crianças, sacou? Faço o rango, dou banho, lavo a roupa Cara, você já lavou fraldas? Fiz que sim com a cabeça e sorri um sorriso paterno para o bebê que dormia em meu colo. – Cara, já viu os adesivos que esses carinhas são capazes de produzir? Fiz que sim outra vez, mas desta vez não sorri para o bebê em meu colo. Naquele tempo fralda descartável ainda era ficção científica orçamentária, e no sorteio das tarefas domésticas o azar era meu. Conhecia adesivos de diferentes cores, consistências e poder de aderência. – Pois é cara – o hippie falava de cara em cara –, sou capaz de abrir mão de tudo; luz elétrica, refrigerador até o Jimi Hendrix eu aceito tocar na vitrola de pilha. Mas não mudo para o sítio com criança pequena sem meu robô. Fiz cara de quem não entendeu, porque não tinha entendido mesmo. – A máquina de lavar roupas, cara! É meu robozinho, não vivo sem ela! Naquele momento o bebê em meu colo gemeu e pareceu ter aumentado de peso e volume. Foi quando decidi ter um robô. * * * * * Lá fora é melhor Está mais que provado: brasileiro é melhor lá fora. Há anos venho observando isso aqui e lá. Deve ter algo a ver com aquela história de santo de casa não fazer milagre. Nem o santo quando está em casa acredita que pode fazer, então precisa sair para acabar fazendo. E faz. Às vezes é preciso sair do país para se valorizar e ser valorizado. Hoje milhares de brasileiros lá fora mandam dólares cá para dentro. Será que é porque encontraram melhores oportunidades no além- mar? Nem sempre. Alguns se sujeitaram a fazer lá o que teriam vergonha de fazer aqui. Como o engenheiro desempregado aqui que se sujeita a lavar privadas lá, até virar empresário de sucesso lá e investir aqui. Se o profissional parece acreditar mais em si quando sai do ninho, o mesmo acontece com quem o vê de fora. É o caso do técnico que aqui não é contratado nem para treinar time de futebol de botão de várzea. É só sair para treinar um timeco qualquer no exterior e sai na primeira página. Aqui teria que esperar a vida toda para sair no obituário de um canto de página. Palestrante também é assim. Sou convidado para falar em todo o país, mas posso contar em metade dos dedos da mão esquerda o número de vezes que falei em minha própria cidade. É compreensível. Espera-se do palestrante que traga novidades. Como alguém pode trazer novidades se sempre morou logo ali na esquina? O mesmo acontece com artistas, cientistas, produtos e empresas. Só damos valor ao que o Brasil tem bem debaixo do nosso nariz quando levamos o nariz para passear no exterior. Ao escolher o melhor jogo de toalhas numa loja nos EUA, sem perceber acabei comprando toalhas fabricadas em Santa Catarina. E já vi gente se gabando do sapato italiano comprado em Roma, sem saber que foi feito em Franca, no interior de São Paulo. Somos atraídos pelo que vem de fora, pelo incomum, pelo excêntrico. Quando jovem eu via garotos de fora, feios de dar dó, que faziam o maior sucesso nos bailes de minha cidade. Só por serem de fora as meninas os achavam mais interessantes do que os nativos. E veja que naquele tempo no Brasil ainda não havia festas de Halloween. Mas nenhuma experiência de valorização se compara ao encontro de brasileiros no exterior. Na fila de embarque em Londres, o americano que viajava comigo achou muita coincidência eu encontrar uma amiga bem ali, com quem conversei animadamente até entrarmos no avião. A verdade é que eu sequer a conhecia, só conversamos porque um viu a capa do passaporte do outro. Brasileiros são assim mesmo quando se encontram lá fora, amigos desde o descobrimento. Um casal da melhor idade, sentado dois bancos atrás de mim, em um voo de Lisboa a Barcelona, ficou eufórico depois de escutar eu falar “Brasil” sem “z” para o passageiro ao meu lado. Ouvi os gritos que vinham lá de trás: – Você é brasileiro? De onde? Para onde vai? Admirei-me do entusiasmo do casal, conversando animados por sobre as cabeças dos outros passageiros enquanto aguardávamos pelo desembarque no corredor do avião. No saguão do aeroporto conversamos mais um montão, trocamos endereços e nos despedimos. Deu para ver os olhos marejados daqueles queridos brasileiros depois do abraço apertado de despedida. Meses depois passei pela cidade onde moravam e decidi procurar pelo endereço. Toquei a campainha e o homem apareceu, surpreso, acenando da porta entreaberta e dizendo que era um prazer me ver de novo. Depois, pediu licença, se despediu e fechou a porta. Percebi que ele também achava que brasileiro era melhor lá fora. * * * * * Se oriente rapaz Bem que o Gil previu. Em 1972 ele já cantava o “Oriente”. Tudo bem que então ele só pensou no Japão e nem imaginou que o negócio da China seria a própria. Afinal, ela só acordou depois de o sol nascer na terra do sol nascente. Agora somos nós que acordamos. No ano em que Gil orientava para o Oriente, fui viver no mais ocidental Ocidente, numa típica família americana – ele “made in USA”, ela na América Central. Apesar de não ser a China, o contato alienígena me ensinou que é importante aprender a língua. Agora oriento os mais jovens para que aprendam chinês – ou mandarim, se achar mais fácil. Se eu sei? Nadinha. De China sou zero à esquerda, apesar de meu primeiro radinho de infância ter sido um Mitsubishi. A Mitsubishi é japonesa? Eu avisei, sou zero à esquerda. Mas se quiser negociar e vender na China aprenda a língua. Como assim? Vender o quê? Ora, qualquer coisa que eles ainda não vendam aqui! Ok, esqueça este argumento. Vou tentar outro. Um país com mais de 20% da população mundial deve querer comprar alguma coisa. Mais de um bilhão de pessoas! Um mercado com gente que não acaba mais. Pílulas anticoncepcionais? Isso eles já têm. Quando as estatísticas apontavam que a cada segundo uma chinesa dava à luz uma criança, alguém sugeriu que encontrassem essa mulher e a fizessem parar. Não encontraram. Então impuseram o limite de uma gestação por casal. Olha aí uma oportunidade de negócio: vender sofás de três lugares para essas famílias. Mas produza alguns de quatro, porque as autoridades ainda não conseguiram resolver a questão dos gêmeos. Outra ideia? Vá para a China vender tratamento para LER, a Lesão por Esforço Repetitivo. Se existe mercado para isso? Oras, se aqui o pessoal já sofre com um alfabeto de 23 letras imagine o que é digitar num teclado com mais de seis mil caracteres! Entenda, porém, que começar um negócio lá exige paciência. O povo chinês é assim. Outro dia ouvi um locutor noticiar: “O embaixador chinês demonstrou impaciência com a demora da resolução tal e tal”. Esse locutor está por fora. Já viu chinês impaciente? Por ser brasileiro, você pode até perder a paciência de vez em quando lá na China. Só não solte os cachorros e nem diga cobras e lagartos em algum restaurante chinês. O garçom pode perguntar se vai querer frito ou cozido. Minha orientação? Aprenda a língua para proteger seu paladar. Sei disso porque me dei mal nos EUA vivendo numa família norte-americana como estudante de intercâmbio que não fez a lição de inglês em casa. Adolescente e obediente, durante um mês engoli de breakfast aquelas panquecas doces e meladas. Um mês foi o tempo que levei para aprender e dizer “I hate pancakes!”. – Como pode detestar se comeu todo esse tempo e nunca disse nada? – perguntou a mother de lá, em inglês curto e grosso. A conversa morreu ali por absoluta falta de vocabulário. Comi panquecas todos os dias por mais cinco meses até voltar ao Brasil. Desde então oriento quem quiser se aventurar pelo Oriente, de avião ou, como sugere o Gil, “num cargueiro do Lloyd lavando o porão”: Aprenda a língua! * * * * * Sou mineiro Sou mineiro. Não do tipo nascido nas Gerais, matuto e matreiro. Também não sou do tipo que invade as entranhas da terra ou peneira rios em busca de estranhos tesouros. Mas tenho um pouco de cada: do mineiro que matuta e do mineiro de bateia. Desde criança sou assim, explorador de veios do cérebro e minas do pensamento, sempre errante nas galerias das fantasias. Até a mãe e a professora conheciam meu olhar vidrado. Nem adiantava chamar, que suas vozes só iriam ecoar sob a crosta craniana. Eu vivia em permanente viagem ao centro da terra dos pensamentos. Era para lá que ia, é para lá que vou quando quero encontrar a pepita dourada de uma ideia brilhante. Ao contrário do mineiro de verdade, vou com a lanterna do capacete virada para a testa e vou quietinho. Como faz o mineirinho. Não sei se é personalidade ou consequência de minha imensa falta de memória, uma vaga do tamanho de um elefante. Sou esquecido demais, por isso nunca me dei bem decorando. Tem gente que bebe para esquecer. Eu decoro. Esqueci de me preocupar quando descobri que minha falta de memória era o que lapidava minha criatividade. Se não consigo lembrar, o jeito é reinventar. Mitomaníaco? Acho que não. O mitomaníaco inventa e acha que é real. Eu, ao contrário, tenho certeza. Li um artigo que explicava que não gravamos as coisas na memória como um texto grava no computador, o qual você puxa e ele vem do jeitinho que você guardou. Se fosse assim conosco, já pensou que fossa seria? Lembrar-se de alguém que partiu sentindo a mesma dor que sentiu? O que a gente faz mesmo é recriar. Um pouquinho do que aconteceu, uma pincelada do que veio depois, uma pitada de criatividade aqui, uma opinião alheia colada ali Pronto! O quadro que você pinta agora tem mais tintas e é mais belo e real que a própria realidade de outrora. É este o segredo do sorriso de Mona Lisa. Freud explicava que era por causa de uma atração erótica de Da Vinci pela mãe, mas nem tudo Freud explica. Prefiro a explicação do filme “O Falcão Está à Solta”, com Bruce Willis. Se valer a cena do ateliê de Leonardo, Mona Lisa não era assim. No filme, a Mona Lisa do passado sorri um sorriso cariado. No quadro ela esconde sua triste realidade sob seu sorriso enigmático pintado. Toda criatividade é uma viagem ao reino do faz de conta, trazendo de lá coisas que poderão ou não se tornar reais. Quem cria curte mais a viagem do que a bagagem, daí inconsequência e arte andarem sempre de mãos dadas. Para o criativo, o valor não é medido em cifrões tangíveis, mas em sensações nem sempre mensuráveis. Dentre os efeitos colaterais da criatividade está a alienação, considerada boa por alguns, mas por outros não. Há pessoas que têm pavio curto. O que tenho de curto é o fio da tomada da realidade. É só entrar na mina dos meus pensamentos que o fio estica e se desliga da tomada da superfície. Isso é bom? Isso é ótimo. Mas nem sempre. É perigoso viajar desligado. Tem gente que dorme dirigindo, eu dirigindo viajo. Bastam alguns quilômetros de asfalto para meu carro começar a ranger sob toneladas de ideias extraídas da rocha cinzenta encravada nas profundas das minas do pensamento. Viajo pensando e penso viajando. Às vezes consigo anotar ideias sem sentido em um papel qualquer, ou tento ditar para um gravador digital o resultado mental que não quero esquecer. Mas, quando a viagem é interessante demais e o elevador dos pensamentos desce a profundidades em que homem algum jamais chegou, perco o interesse pelo real e acabo entretido pelo imaginário. Foi num estado assim, entorpecido pela narcose que bamboleia mineiros e mergulhadores, que parei num pedágio na estrada. Foi tudo muito rápido e nem sei se o cobrador percebeu quando abri o vidro e apontei o controle remoto do portão de minha garagem em direção ao seu nariz, mas a cancela não abriu. Voltei depressa à superfície disfarçando que procurava pela carteira. * * * * * Humor líquido Todas as noites repito um mesmo ritual de ervas e sangue da terra. Nada macabro ou vampiresco. Meu ritual resume-se a um prato de salada e um cálice de vinho, que Plínio chamava de “sangue da terra” e Eurípides dizia servir “para acalmar as fadigas”. É minha recarga de bateria no fim do dia. Mas não culpe o álcool se achar que escrevo por mal traçadas linhas. Nunca passa de um cálice, e sempre vinho, jamais bebida destilada. O vinho é vivo, envelhece; é como um gênio da garrafa, que atende os desejos do meu paladar quando liberto. Galileu Galilei dizia que o vinho é feito de “humor líquido e luz”. Não há nada melhor para acompanhar uma salada fresca, leve e contente, e tem a vantagem de conter antioxidantes. Não me pergunte o que é e porque de repente todo mundo ficou contra os oxidantes, mas acho que o vinho serve para desenferrujar. Li que combatem os radicais livres. Eu também odeio radicalismos. Morte aos radicais! Antioxidante virou moda. Uma hora é o vinho que é bom, outra hora é o café, dependendo do jabá pago pelos fabricantes aos jornais, ou do lobby nos laboratórios de pesquisa. Ontem na TV disseram que adoçantes artificiais engordam. Quase pude ver o doce sorriso dos usineiros. Mas antioxidante deve funcionar mesmo, pois faz tempo que não vejo uma ruiva. E a lista não para no vinho ou café. Têm o chá verde, que saiu do esquecimento do armário, e seu irmão mais novo, o chá branco, que comprei e de branco não tem nada. Mesmo assim procuro tomar, principalmente depois que descobri que meu plano de saúde agora é “Pré-Idoso”. Uma tremenda mancada da área de comunicação da empresa, que devia dar nomes mais motivacionais aos planos. Para mim “Super Sênior” ficaria de bom tamanho. Faz tempo que os laboratórios farmacêuticos perceberam a importância do nome. Por exemplo, descobri que o Ômega-3 que agora eu tomo eu já tomava na infância, quando minha mãe me fazia engolir as intragáveis colheradas de “Óleo de Fígado de Bacalhau” ou “Emulsão Scott”. Eu tomava a contragosto, só porque ela dizia que eu ficaria forte como o homem do rótulo, que carregava um bacalhau nas costas. Mas se chamasse Ômega-3 eu teria tomado com prazer. Que garoto não tomaria um troço com nome de espaçonave? Voltando ao remédio que acompanha minha salada, não entendo de vinho, por isso posso beber o tinto sem ficar vermelho. Mas os entendidos mandam o branco para acompanhar saladas. O que fazer? O jeito é não convidar entendidos para o jantar. Alguns são chatos demais. Quer ver? Uns amigos fizeram um jantar e convidaram um connoisseur, que é como os entendidos gostam de ser chamados. Começou torcendo o nariz quando viu o rótulo da garrafa. – Nacional – pensou em voz alta, pegando o cálice pela base e enfiando o nariz torcido nele. Todos pensaram que ele queria beber de canudinho usando as narinas, mas era só para cheirar. Depois deixou o vinho tonto de tanto rodopiar o cálice erguido contra a luz. Não fez cara boa. Tomou um gole e parou. Não engoliu enquanto o vinho não cumprimentou cada uma de suas dez mil papilas gustativas. Aquilo não era vinho, era político em velório em véspera de eleição. Após um discreto bochecho, engoliu e começou a produzir uns estalidos estranhos, enquanto o laboratório de análises clínicas de seu cérebro destrinchava o sabor. Aí veio a melhor parte. Se você convidar um connoisseur para jantar, aproveite esta parte dos adjetivos. Esqueça a uva. Ele vai dizer que o vinho tem um bouquet misto de pimentão e ameixa. Vai falar do corpo, insinuar que é adamado, aveludado ou untuoso. Se disser que é chato, sápido ou foxado, não se preocupe. Não é contagioso. Enquanto a comida esfriava, o connoisseur viajava no vinho e os comensais babavam na maionese. De repente saiu de seu transe e deu o veredito. Curto e grosso. Mais grosso do que curto, em se tratando de um convidado que devia ser mais delicado. – Deixa a desejar. Os importados são melhores. – sentenciou com olhar de desdém. O anfitrião não se fez de rogado. Correu para a cozinha e logo apareceu com uma garrafa de vinho francês, dos caros. Só o rótulo já iluminou os olhos do connoisseur. Enquanto os outros decidiam meter o garfo na comida fria antes que ficasse gelada, o connoisseur recomeçou seu ritual de degustação. Nariz no cálice, rodopiada, bochecho, estalidos e adjetivos, tudo igual. Então veio um sorriso do mais puro êxtase: – Grand vin! Magnifique! – arriscou em francês, para combinar com o rótulo. O anfitrião ficou tinto de tanto rir. – Que magnífico o quê, cara? Peguei uma garrafa vazia e enchi de vinho de garrafão. – Então deu sorte. É uma boa safra. – concluiu o connoisseur sem perder a fleuma. * * * * * Máquina sinistra Nasci na era das máquinas. Quem lê vai achar que sou moderno, mas é de máquina de escrever que estou falando. Pertenço a uma geração que só conseguia emprego decente se soubesse datilografar., de preferência usando os dez dedos e sem olhar. O sujeito podia até ser analfabeto, mas se tivesse datilografia era contratado. A máquina de escrever reinava absoluta nos escritórios e sua batucada só eventualmente era descompassada pelo girar da manivela de alguma máquina de calcular. Sim, as máquinas de calcular tinham manivela, como nos carros antigos. Acho que servia para dar partida em seu cérebro mecânico. Eu era adolescente quando aprendi datilografia em um colégio norte-americano. Era estudante de intercâmbio e aprendi a datilografar só em inglês, por isso até hoje preciso olhar para as teclas na hora dos acentos. Também faltei na aula dos números, daí minha maior familiaridade com as letras. Já crescido, fiz vários trabalhos de tradução usando uma máquina de escrever portátil, o equivalente dos atuais notebooks. Se era rápida? Muito. Não parava quieta na escrivaninha. Levíssima, a maquininha deslizava de um lado para o outro enquanto meus dedos trotavam perseguindo suas teclas. Como não existia a tecla do arrependimento, que hoje chamamos de “Delete”, às vezes eu tinha de datilografar o documento inteiro de novo só para entregá-lo sem rasuras. Também era comum eu achar que o texto estava bom do jeito medíocre que saiu na primeira tentativa, só para evitar escrever tudo de novo e tropeçar na última palavra. Muitos dos grandes romances daquela época teriam outro desfecho se fossem escritos em um computador com processador de textos. A geração mais nova pode achar que no tempo da máquina de escrever a vida era complicada. Não era. Complicada mesmo ficou depois, quando apareceu aquele objeto estranho nas mesas de algumas empresas: o computador pessoal. Quando dizem que os computadores causaram uma revolução, eu concordo. Éramos nós contra eles. Qualquer pessoa da minha idade sabe o que é sentir pavor diante da novidade. Minha geração só descobriu que a convivência seria possível quando começou a tratar o computador como se fosse mulher. Era só não tentar entender como funcionava que tudo dava certo, com a vantagem de se poder clicar “Mute” no ícone do alto-falante e um botão para ligar e desligar a máquina quando necessário. A chegada do computador na empresa era sempre cercada de descrédito, piadas e risadas nervosas, como as pessoas costumam fazer em velórios e momentos de profundo estresse e medo. Em algumas empresas ocorriam manifestações, revoltas ou bolsões de resistência. Sim, porque o que não faltava eram as teorias conspiratórias. Uma era que os jogos que vinham de brinde serviam para distrair os usuários enquanto os computadores tomavam seus empregos. Seriam a versão moderna dos espelhinhos e contas que os colonizadores davam aos índios para distraí-los e tomar suas terras. Como se não bastasse a dificuldade de ser tudo em inglês, os computadores despertavam também suspeitas das mais sinistras. Alguns acreditavam existir um poder oculto por detrás do cursor, prova inequívoca de um batimento cardíaco, e uma câmara secreta para onde eram levados presos os documentos que desapareciam misteriosamente quando faltava luz. Tudo isso preocupou um amigo quando comprou um dos primeiros computadores que desembarcaram aqui. Era um Apple que custava quase o preço de um carro. Meu amigo examinou com cuidado o que vinha na caixa e ligou apavorado: – Não estou gostando nada disso tem um disquete aqui que não parece ser coisa boa tenho medo de usar – O que diz a etiqueta? – Demo! * * * * * Minha bicicleta high-tech Quando vi pela primeira vez aquele tudo-em-um do iPhone, fiquei com um pé atrás. Será que me acostumo com esse negócio de cineminha e telefone no mesmo aparelho? Se existe uma coisa que detesto é telefone tocando no meio do filme. Você já correu atender um telefone que tocou no filme da TV? Eu também. Outra coisa me preocupa. Quando todo mundo tiver um iPhone, vai ficar todo mundo igual, como aconteceu com o iPod e seu fonezinho branco. Massificou. Com o iPhone ninguém mais será diferente. Além disso, o que fazer com aquele monte de apetrechos que hoje carrego? Sim, minha coleção só [...]... torno do gravador torcendo Quando o computador conseguia finalmente ler o programa, era uma explosóo de gritos e aplausos Jỏ saớamos jogando em clima de gol, depois de esperar pelo menos dois tempos de 45 minutos com direito a um intervalo para limpeza do cabeỗote do gravador com um cotonete Devolvi o TK-2000 quando chegou a conta dos cotonetes Cansado daquilo tudo, comprei um computador MSX usado que... biscoito doce tinha mais súdio que a batata salgada Meus pensamentos foram interrompidos quando o casal wide-body parou no corredor do avióo para conferir seus lugares: a mulher iria para a poltroninha do meio, ao meu lado, e o homem ficaria do outro lado do corredor Quando percebi, levantei-me de um salto Viajam juntos? Nóo ộ justo que fiquem separados O senhor pode ficar com meu lugar ao lado de sua... gente pesquisando aproveitar o que sobra do boi para produzir biodiesel Bem, neste caso da tecnologia do aproveitamento do boi devo admitir que o carro do Hildebrando jỏ estava frente de sua ộpoca Uma vez, passando pela regióo do sớtio do comprador do Maverick, encontrei-o parado na estrada poeirenta com um pneu furado e sem macaco Emprestei o meu e atộ ajudei a trocar o pneu, observado por mais de meia... perder dez quilos e ganhar dez anos Dou-me por feliz por nóo fumar, nóo ter fớgado flex e nem ser viciado em doces Portanto ộ sú diminuir a quantidade do que entra pela boca e aumentar o que sai pelos poros Para isso faỗo caminhada de vez muito em quando ouvindo meu iPobre, uma versóo barata do iPod Assim como jỏ tem empresa aộrea cobrando mais para quem pesa o dobro, daqui a pouco vai ser preciso... nos cavalos de seis pernas de Pandora, ou voando em seus dragừes alados E ainda que pudesse, nóo seria diferente dos habitantes de lỏ Afinal, no filme eles tambộm sú conseguem viajar quando estóo com o rabo preso ***** A hora do Abreu O tropel de trezentos cavalos ecoou pelo vale quando o pedal do acelerador sentiu o toque da espora do dono O motor do SUV respondeu rỏpido e os enormes pneus obedeceram... principalmente se vocờ pensar que os gases liberados na atmosfera pelo seu carro podem derreter o gelo do rtico por causa do tal efeito estufa E ộ por isso que nóo consigo dormir Estou me sentindo estufado e temo causar uma catỏstrofe em algum ponto do planeta Estỏ tudo interligado, tudo interconectado Vivo num imenso condomớnio mundial Se seguro o elevador, meu vizinho de cima pode perder o emprego... pedidos em blocos de papel, que eram xerocados e enviados todos os dias via fax para as suas trờs filiais regionais Em cada filial alguộm digitava os dados em uma planilha, a qual era impressa e enviada para a matriz, tambộm por fax Lỏ os pedidos eram reunidos e outra vez digitados, agora em um arquivo no formato aceito pelo sistema do fornecedor Depois um disquete viajava de carro atộ o fornecedor... os Estados Unidos decidiram desarmar os desalmados, o Brasil fez isso hỏ anos, comeỗando com o dito referendo Mas meu faro de comunicador revelou que tinha o dedo do Mr Bean naquilo tudo Sú podia ser Sempre desconfiei Por quờ? Ora, Mr Bean faz tudo ao contrỏrio daquilo que reza o bom senso Ele ộ britõnico, nóo ộ? Ele ộ do paớs de Alice Atravộs do Espelho de Lewis Carroll, onde tudo ộ invertido Jỏ tentou... era uma verdadeira revoluỗóo tecnolúgica para um menino naquela idade Mas nóo pense que todo mundo sabia usar a nova tecnologia Nóo sabia, do mesmo modo como muita empresa ainda hoje nóo sabe usar todo o potencial do computador e da rede O menino ao meu lado, por exemplo, era muito parecido com alguns empresỏrios de hoje, que tờm um computador no escritúrio para servir de abajur Antes mesmo que a professora... fila do banco para pagar contas, deve estar estranhando este meu papo "De que nuvem esse cara estỏ falando?!" Oras, ộ fỏcil descobrir Faỗa uma busca por "nuvem" em qualquer um dos buscadores que funcionam na nuvem Enquanto para algumas empresas usar a nuvem ộ voar em cộu de brigadeiro, para outras a ideia de exportar seus dados para fora de sua 'sede prúpria' estỏ fora de cogitaỗóo Mesmo assim, ộ para . Crônicas Para Ler Depois do Fim do Mundo por Mario Persona Smashwords Edition ISBN: * * * * * Publicado por: Mario Persona no Smashwords Copyright. fim do mundo * * * * * Prefácio Espero que o título Crônicas para ler depois do fim do mundo não tenha levado você a pensar que eu esteja falando literalmente

Ngày đăng: 21/02/2014, 14:20

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